Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Saudades do teu abraço e do teu cheiro só teu.
Saudades do que era simples e até meio sem graça, porque toda a graça estava em estar com você.
Saudades de ter importância na agenda que, com estrelinhas, me colocavam no céu.
Saudades de sentir um frio no estômago, pensando na chegada de um dia especial.
Saudades do que foi coragem, me mostrando paisagens que jamais pensei em ver.
Saudades de ter o controle do que pensava ser o controle, mas que era só força de alguém que precisava viver.
Saudades da algazarra, das falas soltas e das gargalhadas que no final significavam alegria.
Saudades da verdade escondida em abraços sinceros, com tempo suficiente para entregar o melhor de si.
Saudades da vida lá fora, com direito à paz e conquistas importantes de espaço.
Saudades de pessoas antenadas nas palavras, que percebem a vida do outro e não machucam por pura falta de consciência de seus próprios monstros.
Saudades das incertezas cobertas de perspectivas, onde não se deixava passar a oportunidade pelo medo.
Saudades do respeito pela vida, pelo amor, pelo sofrimento e pelo momento de se isolar, sem julgamentos desnecessários.
Seria a saudade uma grande utopia, ou seria ela aquilo que ainda toca os corações, a fim de mudar nosso dia a dia?

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