HÁ LIMITE PARA SER MACHUCADO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Algo se quebrou!

E quando quebra não tem mais conserto. Quando estilhaça, quando cai ao chão, o recurso é mudar. Muda-se o foco, a paisagem, a fala, o interesse.

Não tem a ver com amar ou deixar de amar, mas com perceber quem ou o que não mais se integra à sua vida. Quando algo se quebra é porque muita energia foi parando no mesmo lugar. Muita coisa foi absorvida e se integrando em nós só para "levar adiante". E aí está o erro! 

Levar adiante significa abrir espaço para que o limite seja novamente ultrapassado. Apenas uma única gota fria pode estilhaçar um coração quente. Quem quer enxergar, enxerga! Quem não se importa em ser desagradável, continua sendo. 

Muita gente acha que dar ordens ou sugerir como os outros devem viver e fazer as coisas é ter um caráter magnânimo, mas suas próprias vidas são descontroladas e frustrantes. E não é sobre ter isso ou fazer aquilo, mas sobre ser dentro de si mesmo.

Quando chega-se no limite é porque já ouvimos demais, sentimos muitas flechadas e fomos ignorados além da medida. E a vida te olha de frente e te pede para se libertar. Ou vai, ou racha! Colar não é opção para relações frustrantes e manipuladoras. Elas voltam a trincar.

Temos que olhar pessoas além do físico e nos perguntar o que esta alma veio fazer em minha vida? Seria para eu aprender a me libertar de situações ou para que eu sentisse o que fiz com ela num passado remoto? Seja lá o que for, nesta vida todos procuram ser felizes e isto precisa ser respeitado por qualquer pessoa, seja ela próxima ou distante.

E, quando isto não acontece, quando não nos sentimos mais à vontade com o que vivemos, não é pecado algum a busca da paz e de outras paragens. Afinal, nossa força se faz ainda maior quando nosso coração está seguro e blindado. Parece injusto pensar que somos obrigados a aceitar laços corrompidos, esburacados e já esfarrapados. É uma questão de sobrevivência e de limpar os parasitas que sugam nossa energia.

NAMASTÊ