Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Ao longo da vida já me deparei com diversos tipos de pessoas que cuidam de alguém doente e posso dizer que a doença é uma forma de trabalhar o sentimento de empatia e solidariedade. Alguns são tão amorosos e pacientes, que a cura se faz mais rápido pela própria energia recebida. Outros, no entanto, tornam-se ríspidos e impacientes, como se o doente tivesse culpa de estar doente.
Acredito que cuidar de alguém que necessita de todo tipo de atenção é realmente cansativo e precisa ser revezado por outras pessoas. No entanto, nem sempre é possível e o trabalho precisa ser de colaboração recíproca, onde tanto doente, quanto cuidador se ajudem nas tarefas.
A doença é uma maneira de mostrar que, de alguma forma, se está desatento às suas emoções e cuidados com o próprio corpo, sofrendo em demasia por algum motivo ou tendo sentimentos como raiva, mágoas, inveja e outros. E, quando precisamos cuidar de alguém doente, é a vida que nos proporciona a oportunidade de trabalhar empatia, amorosidade, zelo, carinho e compaixão. Talvez essa chance seja a de nos ensinar algo que esteja faltando em nós, como a visão de que o amor se faz em qualquer hora e não só quando tudo esteja perfeito e bom.
Existem pessoas que até culpam os doentes pelo seu cansaço, por terem ficado doentes ou por não colaborarem, assim como também existem doentes abusivos e nada colaborativos. Percebam que triste é tal situação, onde ninguém aprende nada, a não ser manipular o outro. Se pensarmos que uma flor morre antecipadamente se não receber água, ter doentes na família sem observação e atenção é deixá-los morrer.
O trabalho de cuidar de alguém necessitado de ajuda é de uma enorme grandeza perante o universo. Tal pessoa que, com resiliência e paciência fica ao lado de alguém que esteja sofrendo, tem uma alma iluminada e com certeza será abençoada. Ninguém tem culpa dos sintomas de uma doença que muitas vezes causam enjôo ou repulsão. Nesta hora, precisar de alguém que limpe nossa sujeira é difícil, porém trabalhará humildade de um lado e solicitude do outro.
Se estivermos como cuidadores, que não humilhemos quem está vulnerável. E se estivermos doentes, que possamos usar nosso esforço para não sermos um fardo maior para quem está disponível a nos auxiliar. Ambos os lados têm um trabalho espiritual que está sendo solicitado e cabe a cada um fazê-lo da melhor forma possível, buscando a consciência íntegra e a paz. Prestemos atenção nisso, pois a doença se instala primeiro no corpo mental e emocional, depois no etérico e finalmente no físico. Há um grande caminho antes de adoecermos, vindo de situações e emoções muito traumáticas. Caso aconteça, que saibamos ser colaborativos ou atenciosos, se estivermos do lado saudável. Nunca se sabe o dia de amanhã.
NAMASTÊ

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