Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
O que estamos fazendo com nossas vidas? Estamos vivendo, ou apenas deixando ela rolar sobre um trilho monótono, sem muitas paisagens? O pensamento se volta para isso, pois percebemos nossa estagnação ou aproveitamento, se somos lembrados ou apenas deixados de lado, se importamos ou só existimos com um crachá no peito.
Talvez fiquemos apenas seguros em casa e também no coração, já que tudo está turbulento e sem condições de convivência. Parece mesmo que estamos perdidos, ansiosos por amor, desesperados por nos fazermos notar e sem noção do quanto há corações chorando calados. Pessoas importantes estão esquecidas em algum canto sem poder exercer ainda toda sua criatividade e dons. Querer fazer algo não significa apenas ajudar, mas participar da energia do grupo, fortalecendo laços que estejam soltos. Existir é entender nossa importância!
Engana-se quem pensa que elas estão bem, pois o que tem em suas almas, guardado em sete chaves, ninguém sabe. O ser humano aprendeu a se calar para não haver confusão e, com isso, vai sofrendo as dores do abandono, da incompreensão e das incertezas sobre sua própria vida. Acabamos com sorrisos forçados e desviando o olhar, mantendo distância de perguntas e julgamentos.
Nos agarramos a qualquer atividade que, porventura surja, só para nos sentirmos parte. Mas na verdade estamos à parte. E chega a hora em que ficamos tão cansados de esperar por qualquer aconchego, que desistimos de tudo. Resolvemos apenas continuar, buscando abrir trilhas e descobrir oportunidades diferentes para ser feliz. Acontece que há laços espirituais que simplesmente não se soltam e acabamos voltando a tentar relações sadias. Qualquer migalha acaba como um grande jantar, enchendo-nos de esperança.
Há muitas almas sofrendo e pedindo ajuda através do que não vemos, pois estamos nos tornando insensíveis e egoístas. Queremos apenas impor, ao invés de questionar. Estamos ignorando, ao invés de abraçar. Forçamos vínculos, ao invés de amarmos incondicionalmente. Respondemos com apenas uma palavra, sem perceber que a pergunta vem acompanhada do "vamos conversar mais". Mas, no final, queremos provar o afeto através de um belo funeral, sendo que nada mais importa.
Não precisamos criar robôs, porque estamos nos tornando isso. É tudo tão programado e urgente, tudo tão disciplinado e mecânico que abraços não duram muito, visitas ficam no portão, conversas vêm acompanhadas de "só um pouquinho, preciso resolver isso aqui". E acabamos pintados de branco numa parede branca, onde existimos sem sermos notados.
A triste realidade do mundo atual será a nova era, com suas transformações e saltos quânticos, ou apenas desculpas esfarrapadas para nossa falta de evolução mesmo? Tomemos consciência do que realmente acontece ao nosso redor e, no mínimo, acordemos, pois com certeza muitos dormem e nem sabem disso. É só despertar!
NAMASTÊ
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