Autora: Josianne Luise Amend
Somos tão prisioneiros do tempo, que é difícil numa conversa não observar frases como "se der tempo", eu vou, eu faço, eu ajeito. Interessante perceber como cada vez mais esse tempo nos torna mecanizados e psicologicamente dependentes. Nossas vidas são cronometradas para haver ordem e disciplina.
O próprio corpo está configurado para ter um tempo de resistir ao esforço, à fome, ao sono e tantas outras sensações. Porém, com o passar dos anos vamos alinhando nosso tempo com o físico e o mental. Ficamos até mais tempo pensando em como fazer as coisas, sem tanta impulsividade da juventude.
O tempo é um companheiro de todas as horas e o levamos para cima e para baixo. Como o mundo gira em torno dele, se nos desconectarmos, perderemos o rumo, caso haja a necessidade de definir onde e como ir. E, mesmo estando solitários no alto da montanha, sem tempo para nada, lá está ele controlando nosso corpo e a natureza.
Como todos já devem ter ouvido a frase " tem tempo para tudo", temos que observar se dentro disso tudo, estamos aproveitando para encaixar o que é importante antes que ele esgote as oportunidades, tirando de nós amores, vidas, trabalhos e lazer. O " queria ter tido mais tempo" também é uma frase clichê, dita quando percebemos que muitas vezes usamos o tempo erroneamente.
E, apesar de vivermos numa dimensão temporal, controlar pelo menos parte do que somos e fazemos é a grande lição de trabalhar com este que é, ao mesmo tempo, um professor e um algoz. Precisamos usar nosso tempo com sabedoria e, com certeza, tornaremos nossas vidas menos doloridas e mais satisfatórias. Afinal, nosso tempo é precioso demais para nos deitarmos com o desprezível.
NAMASTÊ

Vamos achar tempo na nossa vida
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