Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Ir ou ficar?
Esclarecer ou fingir?
Estar ou ausentar?
Falar ou calar?
Confessar ou mentir?
Verbos que vivem nos perseguindo, criando incertezas e nos tirando o foco da própria paz e felicidade. A dúvida sempre é cruel, pois nela estão os "se nãos" e os "seria melhor". Enquanto pensamos na melhor atitude, a mente vai criando saídas e o coração nos esmaga com sentimentos que poderiam trazer quietude.
Qual seria o melhor momento de ser sincero e esclarecer tantas coisas para as quais fechamos os olhos para não ver, ouvir ou dizer? E o que exatamente é acharmos que somos presentes na vida de alguém? Obviamente, cada um tem uma resposta que possa agradar a si mesmo, mas que talvez não seja a verdade.
Pessoas convivem conosco uma vida toda sem saber exatamente o que realmente pensamos. Vivemos tentando equilibrar as relações andando em corda bamba. Se abrimos o jogo, a corda se rompe, pois estamos despreparados para o real. Precisamos acreditar no que imaginamos, sonhamos ou desenhamos. O mesmo acontece quando muitos nos tratam bem por obrigação e em nossa ausência somos condenados e julgados friamente.
Seríamos todos farsantes ou bons atores, porém nunca dispostos a ouvir e ver os próprios erros de atuação? Ninguém se prepara para as vaias, queremos aplausos e ovações. A dura realidade de não querer ver dedos apontados em nossa direção e encontrar pessoas ávidas por elogios, faz a dupla perfeita do intransigente e do falsário. Ambos são como a concha e o molusco. A concha deixa o molusco em sua vida como companhia, e ele se serve dela como aconchego do próprio ego.
Por que será que as brigas se iniciam quando verdades escapam? O problema é um caminho cheio de curvas, onde a verdade de um, não é a do outro. O que guardamos na mente, não é necessariamente o que o outro guarda na sua. E o bate boca tem início sem um consenso, principalmente quando há bloqueios de proteção, como esquecer memórias incômodas. Insistir parece não ir a lugar algum, sem que ambos reconheçam seus erros e tentem ouvir um ao outro.
Não há como resolver os problemas da vida sem que um ouça e outro fale. Sem respeito pelo direito de cada um, tudo acaba em um amontoado de mágoas e culpas, engolidas às avessas. E o teatro começa novamente ou as cortinas se fecham de vez. Depende da maturidade e boa vontade de cada ator.
NAMASTÊ

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