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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)


Ontem, voltando de um passeio a pé, resolvi parar na Igreja do Cristo Rei, onde sinto uma energia boa e porque sempre converso com São Judas Tadeu, que já me deu muitas graças. Todas as igrejas são o templo de Deus, mas nesta sinto uma vibração maior. Gosto de estar ali.

Depois de rezar, fui para fora sentar-me ao lado do laguinho de peixes, relaxar e ouvir o som da água. Quem, hoje em dia, se dá o direito de parar um pouco para rezar, pensar sobre a vida e buscar um pouco mais de espiritualidade? Adoro fazer isso!

Quieta ali no banco, de repente ouvi atrás de mim "não se assuste, só vim sentar um pouco ouvir o som da água e relaxar". Eu simplesmente disse: - Fique à vontade! Quem sou eu para impedir outras pessoas de desfrutar do ambiente de paz?

Era um belo rapaz, forte, alto, porém com visíveis sequelas. Ele, imediatamente, puxou conversa tentando explicar porque estava ali. Contou-me que tinha 37 anos e que tinha sofrido um AVC aos 35, quando então morava em Camboriú. Falou da sua juventude e do quanto tinha sido inconsequente, envolvendo-se com pessoas irresponsáveis e maldosas. Entrou nas drogas, usando praticamente todas. Confessou-me que se achava bonito, bem de vida e que o mundo era seu.

Nisto, deixou de estudar, perdeu-se totalmente e levou, inclusive, um tiro nas costas, foi preso e sua vida desandou. Tem dois filhos de mães diferentes e o mais velho perdeu o contato, devido a estrutura de sua vida. Precisou ser internado para curar as drogas e o AVC. E hoje, voltou a estudar, cursando Direito.Fiquei ouvindo sem entender muito bem porque ele se abria com uma estranha. Percebi que eu atraio, normalmente, pessoas em conflitos internos e entendi porque Deus me pediu que fosse à Igreja. Eu precisava ser um apoio, um ouvido e tentar usar o dom da palavra.

Conversamos algum tempo, disse a ele que era terapeuta, fiz algumas perguntas e ele fez questão de frisar várias vezes que hoje estava melhor, buscando o esporte e os treinos de artes marciais, apesar de ter ainda seu lado direito com problemas visíveis. E isto tudo, diz ele, graças ter encontrado Jesus. Ele procurou se encontrar em várias religiões, até que seguiu as palavras de Jesus, lê a Bíblia e tenta ser melhor.

Seria eu que estava ali para dar apoio, ou ele veio para me ensinar mais alguma coisa? Obviamente, nosso encontro não foi à toa e ambos puderam levar algo de bom no coração. Considero isto um encontro espiritual, de aprendizado, atenção e caridade. Às vezes, somos só um alicerce para alguém que precisa ser ouvido, num mundo onde as pessoas esqueceram de olhar, ouvir e respeitar. 

Precisei vir embora, então me despedi dele e o abençoei desejando muita força para aquela alma que realmente tocou meu coração. E é a ele que dedico este texto, cabendo a cada um encaixar esta história de superação na sua própria vida.

NAMASTÊ 

2 comentários:

  1. Que encontro tocante , seu relato, nada acontece por acaso.

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