Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Quando olho para o rosto de um idoso que demonstra toda sua vida nos sulcos da pele, sempre me admiro. Aquela pessoa simplesmente vive! Não se importa em aparentar ser mais jovem, mas respeita cada marca que seus choros, alegrias, medos e fracassos o acompanharam.
Talvez muitos rirão do que vou escrever ou não acreditarão, porque ainda não chegaram a absorver a beleza do tempo. Realmente se sentir admirado é incrível, mas algumas pessoas parecem perder a essência. Conheci pessoas tão enrugadas que eram lindíssimas, tanto pelo brilho dos olhos, quanto pela luz.
Da mesma forma, algumas se desmancharam como se perdessem a forma original, a riqueza de suas verdadeiras formas e os contornos que marcavam uma personalidade. Respeito todos que vejo envelhecer com suas rugas, cabelos brancos e formas mais arredondadas no físico.
Também respeito quem tem carinho por si mesmo e acolhe seu corpo com amorosidade, para zelar por ele saudavelmente. Não estamos fazendo inscrição para desfile de pessoas perfeitas, apenas vivendo nossas vidas com o esforço e luta para nos manter felizes.
Sem pensar no fator clínico, mas emocional, olheiras são causas de muita tristeza e choro. Bigode chinês também. Rugas na testa acusam as dúvidas e a raiva. E cada sulco demonstra nossos sentimentos pela vida. É como uma assinatura, da qual temos vergonha de mostrar ao mundo.
Mas existem pessoas que não se importam de deixar-se murchar, porque sabem o poder de se olhar no espelho e reconhecer-se. Perceber cada fase que viveu e as marcas que restaram, como num livro de memórias. A beleza está sendo fixada em nossas mentes com muito propósito, porque pessoas que se aceitam são mais difíceis de serem manipuladas. Pensemos apenas em quem somos e não como o mundo quer que sejamos.
NAMASTÊ
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