Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Tenho que escrever sobre esse povo, porque eles são diferentes dos da cidade grande. E, por que será?
A cidade grande também foi pequena um dia. E naqueles dias, o povo era igual. Saía na rua, andava a pé para fazer suas compras, colocava suas cadeiras na frente de casa para "prosear" no final de tarde.
Tive experiências incríveis com o "povo do interior". Vou contar algumas. A primeira foi quando meus pais se mudaram para um bairro afastado do centro de Blumenau em Santa Catarina. Alugaram uma casa na subida de um morro e fomos fazer a mudança. Muita lama para chegar até lá em cima, mas mesmo assim nos surpreendemos ao ver vizinhos levando bandejas com almoço para todos. E que almoço gostoso! Só vejo coisas assim nos filmes norte americanos.
Além disso, muitos convites para participar de festas, bolos que chegavam na hora certa e a amizade sincera, de pessoas queridas e cheias de compaixão. Se havia algum problema, você podia contar com os vizinhos, procedimento pouco acessível nas cidades grandes. Em Curitiba então, todos se fecham às seis da tarde em suas casas e não querem saber de mais nada. Isso também é justificado pelo excesso de tarefas, trânsito e animosidade que tudo isso causa nas pessoas.
Outra grande experiência foi ao morar em Minas Gerais ( diga-se de passagem, um dos melhores estados para se morar no Brasil). Fiquei apenas seis meses na pequena Lagoa Santa, mas ficaria para sempre. Neste pequeno período de tempo, apesar de só ter por perto meu irmão, que viajava o tempo todo, não conhecia mais ninguém. E, com o tempo, conheci tantas pessoas incríveis e gentis que nem lembrava que estava tão longe da família. Vinham me buscar em casa domingo de manhã para me levar tomar café em fazendas, tinha convites para cavalgadas, festas e shows do interior, almoço e encontros em casas esotéricas e prosa o tempo todo com pessoas na rua. Acho que falei e conheci mais pessoas do que em um ano de minha cidade natal.
Quando fui passar um final de semana em Morretes, aqui mesmo no Paraná, a convite de um amigo, é que me dei conta de quanta gente está se mudando para cidades pequenas em busca de paz e verdadeiras amizades. Em apenas três dias tive contato com pessoas animadas, divertidas, engraçadas e prestativas. Um deles nos emprestou seu 4x4 para passeios na mata, outro passava de manhã por nossa porta perguntando se precisávamos que comprasse pão para o café, pois ele estava indo na panificadora, outro oferecia sua casa, caso quisesse retornar para a cidade. Saíamos à noite, caminhando por mais de um quilômetro para chegar ao centro da cidade e a todo momento meu amigo parava para tagarelar com alguém conhecido. Chegava a cansar tantas as vezes que fui apresentada.
Uma vez me perguntaram na fila do caixa se eu era mesmo de Curitiba, pois adoro tagarelar neste momento com as pessoas. Sou descendente de alemães e sei que são um povo fechado, mas não tive essa percepção em Blumenau.
O povo do interior gosta da prosa e é até um pouco enxerido, se for analisar pelo lado que estão sempre de olho em tudo que está acontecendo. Mas são divertidos, prestativos e amigos de verdade. É um jeito carinhoso de recepcionar e acolher. A gente realmente vê coisas que não vê morando na cidade grande.
E esse povo acolhedor merece uma homenagem, com muita gratidão por ainda preservarem o que de mais bonito existe no ser humano: a humildade.
Um grande abraço, povo do interior!!!
NAMASTÊ
Tenho que escrever sobre esse povo, porque eles são diferentes dos da cidade grande. E, por que será?
A cidade grande também foi pequena um dia. E naqueles dias, o povo era igual. Saía na rua, andava a pé para fazer suas compras, colocava suas cadeiras na frente de casa para "prosear" no final de tarde.
Tive experiências incríveis com o "povo do interior". Vou contar algumas. A primeira foi quando meus pais se mudaram para um bairro afastado do centro de Blumenau em Santa Catarina. Alugaram uma casa na subida de um morro e fomos fazer a mudança. Muita lama para chegar até lá em cima, mas mesmo assim nos surpreendemos ao ver vizinhos levando bandejas com almoço para todos. E que almoço gostoso! Só vejo coisas assim nos filmes norte americanos.
Além disso, muitos convites para participar de festas, bolos que chegavam na hora certa e a amizade sincera, de pessoas queridas e cheias de compaixão. Se havia algum problema, você podia contar com os vizinhos, procedimento pouco acessível nas cidades grandes. Em Curitiba então, todos se fecham às seis da tarde em suas casas e não querem saber de mais nada. Isso também é justificado pelo excesso de tarefas, trânsito e animosidade que tudo isso causa nas pessoas.
Outra grande experiência foi ao morar em Minas Gerais ( diga-se de passagem, um dos melhores estados para se morar no Brasil). Fiquei apenas seis meses na pequena Lagoa Santa, mas ficaria para sempre. Neste pequeno período de tempo, apesar de só ter por perto meu irmão, que viajava o tempo todo, não conhecia mais ninguém. E, com o tempo, conheci tantas pessoas incríveis e gentis que nem lembrava que estava tão longe da família. Vinham me buscar em casa domingo de manhã para me levar tomar café em fazendas, tinha convites para cavalgadas, festas e shows do interior, almoço e encontros em casas esotéricas e prosa o tempo todo com pessoas na rua. Acho que falei e conheci mais pessoas do que em um ano de minha cidade natal.
Quando fui passar um final de semana em Morretes, aqui mesmo no Paraná, a convite de um amigo, é que me dei conta de quanta gente está se mudando para cidades pequenas em busca de paz e verdadeiras amizades. Em apenas três dias tive contato com pessoas animadas, divertidas, engraçadas e prestativas. Um deles nos emprestou seu 4x4 para passeios na mata, outro passava de manhã por nossa porta perguntando se precisávamos que comprasse pão para o café, pois ele estava indo na panificadora, outro oferecia sua casa, caso quisesse retornar para a cidade. Saíamos à noite, caminhando por mais de um quilômetro para chegar ao centro da cidade e a todo momento meu amigo parava para tagarelar com alguém conhecido. Chegava a cansar tantas as vezes que fui apresentada.
Uma vez me perguntaram na fila do caixa se eu era mesmo de Curitiba, pois adoro tagarelar neste momento com as pessoas. Sou descendente de alemães e sei que são um povo fechado, mas não tive essa percepção em Blumenau.
O povo do interior gosta da prosa e é até um pouco enxerido, se for analisar pelo lado que estão sempre de olho em tudo que está acontecendo. Mas são divertidos, prestativos e amigos de verdade. É um jeito carinhoso de recepcionar e acolher. A gente realmente vê coisas que não vê morando na cidade grande.
E esse povo acolhedor merece uma homenagem, com muita gratidão por ainda preservarem o que de mais bonito existe no ser humano: a humildade.
Um grande abraço, povo do interior!!!
NAMASTÊ
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