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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 4 de maio de 2017

NADA MENOS DO QUE MINHA MÃE

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Esse é o meu espaço, meu cantinho, meu lugar de ser feliz sem que ninguém interfira. E escrevo e falo o que penso. E como dediquei um espaço para "O Cara", quero dedicar um espaço para a "Grande Mulher", que na semana que vem estará completando mais um ano que festejará seu título de Mãe.

Antes de mais nada ela sempre teve uma força absurda, onde dedicou toda sua vida para que seu lar, sua família e sua vida tivessem sentido e fossem organizadas de tal forma que ela pudesse olhar para trás e sempre se orgulhar da sua grande luta. Minha mãe sempre foi exigente demais com ela mesma e conosco. Mas foi isso que fez com que nunca desistíssemos dos nossos ideais e sonhos. Como não se espelhar em alguém que faz tudo para dar certo?

Mulher linda desde sua juventude, de maravilhosos olhos cor de mel, pele clarinha e corpo violão, conquistou "o cara" e uniu-se a ele numa jornada com todos os tipos de sentimentos dentro dela. Sua grande capacidade de resolver, mesmo não tendo muito estudo, fez dela uma mulher de opinião. 

Dos tempos de outrora, sempre me recordarei do seu jeito felino de ditar ordens, da maneira amorosa com que trata sua cozinha, servindo sempre refeições variadas e de sabores sem igual. A gente sempre teve problemas em resolver o peso, já que nunca houve preocupação em ser light.

Como mãe, passou para todos os cinco filhos, inclusive o único homem, o dom de cozinhar, de ter uma casa em ordem e limpa e de saber administrá-la. Eu aprendi a costurar, a fazer tricô, a lavar roupa, a me vestir e cuidar da aparência com ela. Pois não tem um dia, desde que me lembro, que minha mãe não passa seus cremes no rosto ou seu lápis de olho para não ter uma aparência "de doente", como ela mesma diz.

Hoje, ela tem quase setenta e sete anos, usa seus cabelos naturalmente brancos, com cortes modernos, tem seus brincos e colares sempre à mão para andar na moda e bonita. Chama a atenção onde quer que vá, tanto pelos brancos cabelos, quanto pela beleza aflorada na idade. Continua firme, mas as forças talvez estejam precisando ser resgatadas, já que os últimos anos dedicou-se aos cuidados necessários para que nosso pai tivesse o conforto indispensável.

Essa grande mulher, esposa, mãe, amiga, também guarda em seu coração sonhos não realizados, momentos de tristeza e dor, de mágoas e medos. Mas não se deixa abalar por pouco e gosta mesmo é de ter alguém para dividir uma xícara de café e um pedaço de bolo quentinho, saído do forno naquela hora. É bem verdade que é meticulosa, orgulhosa e cheia de manias, mas aprendemos a aceitar, contrariar ou silenciar esses momentos em que todos se sentem irritados.

Apesar de termos todos mais de quarenta anos, como toda mãe, para ela, teremos dez para sempre. Se chegarmos na casa dela desarrumados, dará um jeito de falar que devemos ser mais vaidosos. E se demoramos para aparecer, nos cobra a ausência. Gosta de se atualizar e de fazer parte do mundo, com whatsup e facebook. E através deles mantém os contatos de amizades. Ela quer viver! Ama a vida! Sempre amou! É fervorosa, mas teimosa. E uma das coisas mais lindas é sua gargalhada que contagia imediatamente quem está ao seu lado. Depois de uns copos de vinho, então, fazemos a festa.

Não vou dizer que não tenho minhas diferenças com ela, pois quem não tem com sua mãe? Afinal, Freud explica! Mas quando a gente consegue um colo, um abraço, uma sopinha gostosa ou um olhar na hora certa, aprende imediatamente a relevar tudo e agradecer a Deus por ter escolhido tão bem onde nos colocar.

Muita gratidão, mãe por existir e nos ensinar a ser quem somos! Deus te abençoe. Amo você aqui, agora e sempre.

NAMASTÊ

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