Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Neste feriado assisti um filme que no inicio parecia ser enfadonho chamado "O que tinha que ser". É de nacionalidade sueca e está nos streamings. Mas é um filme bem interessante se você tiver paciência para entender a crise familiar, pois o final vai surpreender.
Quem, em algum momento, não tem uma dessas crises familiares que afetam casais, filhos, pais e filhos e até os familiares em geral. E o que mais acontece é a falta de conversa e exposição dos verdadeiros sentimentos. Isso não é feito, porque normalmente as pessoas não sabem como fazê-lo. Não ouvem, não digerem a situação e não tentam compreender o que se passa com o outro para estar agindo daquela forma.
Por outro lado, quem está afastado, esquisito ou alheio pode estar passando por problemas que não quer expor, frustrado, agindo com certa proteção ou não querendo incomodar. Como ninguém se manifesta ou se interessa por consertar tudo isso, a fim de "deixar quieto" e não mexer no vespeiro, as relações vão escorrendo por entre os dedos, transformando pessoas e secando corações.
Acontece que esquecemos que estas pessoas são quem amamos, admiramos e nos dedicamos por muito tempo. Porém, com tantas discórdias mal compreendidas, acabamos tão cansados emocionalmente, que preferimos abrir mão do que antes era satisfatório. E nos fechamos cada vez mais, interiorizando o que sentimos para não sermos julgados como dramáticos, quando tudo que queremos ou precisamos é sermos ouvidos e resolver as confusões das palavras na impulsividade dos momentos.
É muito triste e doloroso quando a ficha só cai ao vermos tal pessoa sem vida. Não há mais como saber o sofrimento e a angústia que esta pessoa levou consigo. Precisamos de alguma forma aprender a resolver, tanto nossas questões, quanto as dúvidas que nos assolam. Podem haver surpresas de ambos os lados sobre como temos sido displicentes, egoístas ou orgulhosos, sem entender o real significado de toda atitude ou posicionamento que tivemos.
Ao menos, devemos tentar resolver algo que nos incomoda para ter mais leveza. Esse medo da verdade bloqueia a vida e, ao contrário dos filmes, as oportunidades não são aproveitadas para as resoluções melhorarem como deveriam. E, no final das contas, o fim da história pode ser levar uma carga pesada na consciência e perdermos os melhores momentos, risos e abraços com quem consideramos e amamos.
NAMASTÊ
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