Autoria: Josianne
Amend
Um passarinho bateu suas asas em
minha janela e me chamou para anunciar isso: homens não são de marte, nem
mulheres de Vênus! Não lembro quem inventou isso, mas esqueceu de que somos
seres exclusivos da Terra, com apenas uma diferença marcante: o sexo.
Todos procuram amor, compreensão,
carinho e felicidade. Todos são feitos de carne e osso, possuem os mesmos
sentimentos iluminados e obscuros e procuram viver da melhor maneira que podem.
Acontece que por causa de anatomia e
fisiologia encontrou-se uma boa desculpa para se dizer: ele pode, ela não
pode...
Ora, porque alguns conseguem viver
melhor, superar melhor, entender melhor, julgar melhor... Porque escolheram
fazer isso. Nem a mulher, nem o homem precisam guerrear, apenas respeitar
certas aptidões, certos desejos, certas vontades de cada um.
Ninguém é menos homem porque
resolveu servir o café no escritório, porque trocou a fralda do bebê ou porque
foi extremamente gentil e amoroso. Ninguém é menos mulher porque joga futebol,
porque trabalha de pedreiro ou porque dirige caminhão.
Se cada um, ao tomar uma atitude de
deboche ou de preconceito, pudesse sair de seu próprio corpo e ser apenas um espectador,
talvez desse risada de si mesmo ou chorasse por própria pena.
Homens são tão sensíveis quanto as
mulheres. Mulheres são tão lutadoras quanto os homens.
Homens são tão capazes de observar
quanto as mulheres. Mulheres são tão inteligentes quanto os homens.
Prestar atenção não pode ser tarefa
tão difícil e nem pode ser desculpa hormonal, pois que ambos têm um coração
batendo no peito. Dizer palavras carinhosas e agradecer sempre a companhia não
é nada difícil para seres que precisam um do outro. Classificar tarefas como
masculinas ou femininas, sem tentar ao menos fazê-las, é digno de um ser menos
evoluído que não quer crescer, nem aprender e que achou uma justificativa infeliz
para não fazer.
O mundo evolui, a tecnologia evolui
e o ser humano continua com a desculpa de que dividindo os sexos em frágil e
forte poderá ou impor ou ser vítima.
E por isso os relacionamentos estão
cada vez mais infelizes. Porque tanto homem, quanto mulher esqueceram de ser
amáveis, engraçados, surpreendentes, admiráveis. Esqueceram de olhar e
enxergar, de tocar e sentir, de falar e traduzir, de observar e elogiar, de
lembrar e celebrar.
Culpar o sexo oposto não é a saída.
A saída é a própria mudança, é olhar para dentro de si mesmo e perceber que se
quiser viver com pessoas de ambos os sexos terá que respeitar. E isso cabe a
todos os tipos de relacionamentos: homem-mulher, pais e filhos, amigos e
companheiros do dia-a-dia...
Ninguém é vencedor humilhando outro,
nem pensando que é melhor e mais sábio. Vencedor é aquele que sente paz no
coração, alegria na mente e amor em todas as células. É aquele que respeita
quem lhe ajuda, quem lhe ouve, quem lhe ama, quem faz por você.
Classificar as atitudes dos homens e
das mulheres para justificar seus erros é por demais antiquado. Todos têm que
agir e não esperar atitude melhor do outro, pois que cada um deve pensar no seu
crescimento. Triste é ver que seres da Terra procuram viver em mundos
diferentes, estando no mesmo mundo.
Homens e Mulheres devem parar de
achar que não compreendem as atitudes do sexo oposto. Todos compreendem sim,
mas é mais fácil falarmos de hormônios do que realmente termos tempo para
sentar, conversar, ouvir e chegar num acordo. Fugir às respostas tem sido uma
boa escapatória. Muitos têm preferido acumular seu tempo de tarefas para não
ter tempo de dialogar, nem de ouvir.
E tudo isso não tem nada a ver com
quem é mais ou menos, pois que em ambos os sexos existem pessoas maravilhosas e
bem resolvidas, que sabem admirar o trabalho e o talento do sexo oposto, sem
que para isso se sintam diminuídas.
Talvez elas não tenham perdido tanto
tempo em lutar, mas em aprender. Mude, procure ajuda, se resolva.
Só não deixe isso para o último
momento das pessoas que amamos ou curtimos. Não acumule erros, conserte-os!
CONCORDO EM NÚMERO, GÊNERO E GRAU...
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