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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AS ROUPAS



Autora: Josianne L.Amend

 Já reparou como as roupas
São fantasias para as pessoas?

Dependendo de onde vai,
Escolhe um traje que melhor lhe cai
Para ser aceito no grupo,
Veste algo que combine
E assim sua presença determine!

Para andar de moto, veja só
Tem que ter calça e jaqueta de couro
E andar todo tatuado
Brilhar com tachinhas de prata
Tudo muito abusado
Dessa gente da sucata

Para dançar rebolando
Alguns acham necessário
Vestir saias muito curtas
Ou calças penduradas
Se aparecer de outro jeito
Vai parecer suspeito
Para essa turma fanfarrada

Já no trabalho, que ironia,
Tem que ter muita discrição
Usar gravata e belos sapatos
E terninhos sem decotes
Para não dar má impressão!

Na cidade ninguém arrisca
Andar de maiô pela rua
Que engraçado! Vai até preso
Se for pega quase nua
Já na praia é tão normal
Isso tudo é tão estranho
Parece até um bacanal.

Porque o palhaço então
Tem que usar aquela roupa?
Se a graça está no que faz,
No seu jeito atrapalhado
Ou será que o pobre é incapaz
E sem a roupa, fica acabrunhado?

Para ser da saúde ande de branco
Para ir ao enterro melhor de preto
Se for padre use a batina
E o véu para noiva menina
E a pose da bailarina arteira
Parecendo uma alfineteira

Alguns usam chapéus engraçados
Outros macacões largos e sem vinco
E na hora da justiça
Quem veste a toga tem preguiça
Melhor só depois das cinco.

Outros ainda se enfeitam
com roupas extravagantes
Tentando firmar seu caráter
Ainda não bom o bastante.

Culturas também se estilizam
Para dar melhor destaque
Usam calças engraçadas,
Botas largas e amassadas
Flores da cabeça aos pés
Até bandeiras penduradas
Parecendo um convés.

Mas depois de contradizerem
Criando impacto profundo
E satisfazer seus egos
As pessoas voltam ao lar
E nos próximos segundos
Precisam se aceitar.

Retornam à realidade
E no seu quarto se despem
De qualquer máscara ou fantasia
Todos perdem a magia
Era tudo ventania

Talvez por isso os ETS
Sempre aparecem desnudos
Porque a sabedoria e evolução
Está dentro de cada um
Não importando sua roupa
Pois que o hábito não faz o monge
Eis a real seleção!

Se você entendeu isso
Comece a ver as pessoas
Não como cadernos encapados
Mas como seres de corpo e alma
Mesmo se camuflados
Observe com muita calma
Que seus olhos lhe dirão
Como realmente é seu coração!

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