EU NÃO ERA ASSIM

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

É...

Eu não era assim. O tempo muda as pessoas fisicamente por fora, mas o autoconhecimento nos muda por dentro. Batalhei durante anos estudando, meditando e buscando mudanças que descobri serem necessárias para a minha vida. E sinto que mudei!

Deixei para trás o que hoje considero superficial e investi no profundo. Evoluir como ser humano dentro do que considero espiritual é cada vez mais minha meta. É necessário ser caridoso e amável com os outros, mas isso só não nos faz crescer como espíritos. Precisamos dar chance à nossa alma e, para isto, é imprescindível nos conhecer, saber quem somos, o que queremos e limpar o próprio caminho das pedras que fomos amontoando.

O que adianta ter dores internas que não sanamos e viver a vida trabalhando em prol dos outros, esquecendo de nós? Carregamos sorrisos amarelos, doenças inesperadas e insatisfações, puramente porque queremos tampar o sol com a peneira. Compreendi que nosso trabalho será mais recompensador, se o fizermos, não para preencher vazios, mas para somar virtudes às nossas vidas. 

Um mentor meu me disse: " feliz daquele que coloca vida em seu trabalho, usando todo seu coração"! Isso diz muito sobre fazer as coisas só para nos sentirmos bem perante os outros, para mostrar que fazemos, e não sobre realizar algo com prazer de levar amor e vida ao que recebe. Quando vamos nos aprofundando em nós mesmos, descobrimos sentimentos diferentes e conseguimos ir, aos poucos, exterminando aqueles que nos fazem ansiosos, magoados ou infelizes. 

Vamos lidando melhor com tais emoções e nos preocupamos realmente com nossa vida, não só física, como emocional e racional. Paramos para pensar antes de agir desenfreadamente. Analisamos os resultados antecipadamente e decidimos melhor sobre o que fazer. Não, não viramos super-heróis, nem pessoas inatingíveis! Sabemos de nossas falhas e erros mas, ao contrário do que éramos, nos esforçamos para limpar da mente o que fica corroendo e enferrujando a vida.

Enfim, é bom ouvir "você não era assim", principalmente quando se trata de fazer por nós, sem esperar e julgar o que o outro não faz. Aprendi que eu mesma preciso decidir como viver e fazer o melhor por isso. E, se deixar o tempo ser meu dono, ele somente me dará o que ele acha que mereço. E sei que meu esforço e vontade me diz que mereço mais. Então resolvi ser realmente transformação a cada dia!

NAMASTÊ 

MEMÓRIAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Se eu olhar para trás, vou ver tantas histórias, cada uma delas cheias de personagens, lugares e sentimentos diversos. Às vezes, isso distrai, me faz sorrir e pensar.

Pensar em quanto fui desatenta e ao mesmo tempo esperta. O quanto tive medo, mas o venci com coragem suficiente para explorar a vida sozinha.

As memórias são como objetos num baú, deixado no sótão por longo tempo. E, ao remexer ali, o vento sopra e se misturam fantasias e realidades. Frases exatas já se apagaram e o que se sabe é o essencial. Aquilo que nos fez mudar, sair daquele lugar ou caminho.

Muitos já me contaram suas histórias várias vezes, porém de diversas formas. Talvez o que imaginamos ou o que criamos na mente seja um elixir suave para perdoar o que nos causa culpa. E é assim que uns conseguem sobreviver e tentar mudar a si mesmos, caso percebam que o caminho foi errado.

Conforme a idade, a bagagem vai atolando o baú. Muitas, ninguém saberá que existiram. Elas ficam nos lugares mais profundos, onde só mergulhamos quando um turbilhão acontece. Preferimos esquecer. Mas, são exatamente estas que mexem com nossa consciência e nos transformam.

Há muita beleza nas memórias, muitos risos, carinhos e companheirismo. Vivemos muitas festas, muitos abraços, muitos beijos. Sentimos tantas emoções, rostos corados, pernas bambas e lágrimas, tanto de alegrias, quanto tristezas. Cada um de nós é um filme de gêneros multi categorias. E cada um guarda sua lembrança, conforme a importância que teve naquele momento da vida.

Nossa alma, guardiã de nossa consciência, desde o início se alimenta de cada decisão e acontecimento que tivemos. É uma mistura de comédia, drama, suspense, romance e terror. Alguns, certamente, devem envergonhar-nos, se olharmos de fora e observarmos nossas atitudes. Outros, por sua vez, nos dão tanto orgulho que nos fazem caminhar buscando a direção certa, conforme aprendemos.

Se não fosse para pesquisarmos, não teríamos memórias. As lembranças são freios, incentivos e formas de transformações que precisamos enfrentar, explorando as certezas de como agir no presente e nos preparar para um possível e melhor futuro. Mesmo que elas pareçam empoeiradas, com esforço serão recuperadas. Pelo menos aquelas necessárias para nossa ação imediata e, quem sabe, nosso despertar.

NAMASTÊ 

MORRER EM SILÊNCIO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Só lamento

E deixo o vento

Carregar o pensamento.

Espero a aurora

Sem ligar para o agora

E o meu corpo chora.

É na agonia

De uma noite fria

Que acontece a alquimia.

Não tem despertar

Há um silêncio divino

E minh'alma foi para outro lugar.

Adeus...

ACOLHIMENTO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

As pessoas estão ficando cada vez mais frias. O calor humano está diminuindo e são poucos os que pensam e se importam realmente com o mundo ao seu redor. E as desculpas são de que não há lugar para mais um, preciso de espaço ou não quero mais responsabilidades.

O tempo está sem tempo para longas conversas, observar a vida dos nossos, lembrar o que foi importante e bom. Tudo se resume em olhar para telas e acreditar que as "curtidas" são fontes de que somos visíveis e importantes, escondendo a própria frustração e carência.

Ao notar a quantidade de pessoas que nos feriados ou finais de semana vão em busca da natureza, entendemos a ânsia pela  busca da paz e desta conexão. Isto fortalece nosso sistema e, o humor e a felicidade tendem a aumentar nossa imunidade. Nosso emocional acalma e dormimos melhor. Nosso mental relaxa e reduzimos o estresse e a ansiedade.

Contudo, a solidão escondida entre paredes tanto físicas, quanto emocionais, continua aumentando.   Apesar das ferramentas disponíveis no mundo, as condições financeiras, materiais e físicas acabam minando possibilidades para grande parte da população. E, na esperança de serem lembradas, ajudadas e mimadas, esperam que alguém as acolha. 

Por outro lado, tal acolhimento pode significar obrigações e regras que elas já não se habituam, pois apenas querem aproveitar a liberdade e serem elas mesmas, sem perder a identidade, nem trocando papéis. Quando isto acontece, é preferível estar só do que sofrer com certos tratamentos nada amorosos, implicando em condições limitantes.

A lição aqui é a de aproveitarmos as pessoas enquanto estão vivas, sem tirar delas suas essências, seu modo de ser e entender que elas precisam falar e ouvir sobre a vida e contar suas histórias. Deixemos leves os encontros, saibamos criar espaços para que todos tenham opiniões e o melhor: olhemos com os olhos da alma e ouçamos com atenção. Talvez nos surpreenda a quantidade de histórias que não sabíamos sobre a vida desta pessoa e do quanto ela foi forte e passou por tanta coisa, sozinha! Lembrando que a solidão interior tem se expandido em qualquer idade. Acolhimento é um grande passo na evolução.

NAMASTÊ 

FECHANDO PORTAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Influenciados pelas informações de que as energias de inveja ou de pensamentos que afetam nossos sonhos acabam prejudicando a vida, estamos nos fechando cada vez mais e deixando de ter a satisfação de contar e pedir opinião sobre o que vamos fazer. 

O tempo todo lemos e ouvimos sobre a influência da energia na vida de todos, seja ela boa ou ruim. Por conta disso, até que ponto precisamos fechar as portas e manter segredos sobre o que pensamos fazer e viver? Acredito que a nossa intuição sabe bem em quem confiar. Isto não tem a ver com relações mais íntimas, mas com a certeza de que aquela pessoa nos ama a ponto de realmente querer nossa felicidade, sem comparar com a dela.

O interior de cada um é um imenso poço de emoções e, normalmente comparamos nossas vidas com a dos outros. De certo modo, isto nos estimula a querer ser melhor e ter processos de crescimento. Nem sempre tem a ver com inveja. Às vezes, somos instrumentos de admiração e exemplos para mudarmos de vida.

Não há dúvida de que temos vontade de contar o que vamos fazer, pela própria alegria. E existem pessoas que torcem realmente por nós e querem ver nosso bem e saúde emocional. Outros, no entanto, podem demonstrar satisfação, mas imediatamente ficam com aquele ar de dúvidas, com palavras prontas a nos deixar na mesma situação.

O que precisamos é cuidar cada vez mais da relação mente/coração, onde esta conexão afeta diretamente nossa intuição e podemos ter segurança a quem abrir as portas. É sadio ter alguém em quem confiar e é importante sentir quem são estas pessoas. Faz bem saber que somos protegidos pela energia de apoio, de carinho e de compreensão.

Estas são as pessoas que sabem bem o que querem de suas vidas e não se importam de ver os outros no seu próprio crescimento e despertar. Tristes são aquelas que não fazem nada para melhorar a si mesmas, vivem numa bolha de conforto e mesmo assim, invejam como os outros são e mudam suas vidas. São as que sorriem quando contamos algo, mas por dentro ficam com ciúmes e juízos, ainda presas em si mesmas.

O mundo precisa de mais aconchego, mais relações humanas e mais contatos. Estamos sendo bombardeados com medos e fechando as portas, sem perceber que a verdadeira vida está nas amizades sinceras e na força interior de cada um para mudar radicalmente sua forma de pensar, seus sentimentos e, consequentemente, suas vidas. Devemos dar oportunidade de encontros de confiança, pois saibam que existem muitas almas prontas a ver nossa evolução.

Namaste

APESAR DE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Apesar de ouvir o que não queria, Deus me deu pessoas que sabem dizer belas palavras.

Apesar de sentir o coração apertado, o anjo colocou suas mãos sobre ele e curou minhas mágoas.

Apesar de ter dúvidas sobre o que fazer, sinto Jesus me mostrando o caminho.

Apesar de duvidar da minha força, tem sempre "alguém" que não me deixa cair.

Apesar das dificuldades nos trabalhos espirituais, sei que os mestres não me deixam desistir.

Apesar das dúvidas que o mundo consegue incutir na minha alma, minha fé se renova a cada oração.

Apesar de muitas vezes me sentir sem chão, sinto o conforto de ser espiritualista e ouvir as lições que "eles" me dão.

Apesar de não compreender muitas atitudes, busco enxergar o melhor que cada pessoa tem.

Apesar de saber que nem todos os sonhos serão realizados, compreendo a proteção sobre o comprometimento de meu espírito.

Apesar de nada saber, sinto as informações sempre dentro de mim.

Apesar da chuva, é o sol que brilha forte trazendo a claridade para um novo dia 

NAMASTÊ 

UMA SIMPLES PESSOA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

As pessoas podem ser luz ou escuridão. Podem trazer alegria ou derrubar humores. E, às vezes, nem tomam conhecimento do que fazem e transformam. 

Uma simples pessoa é capaz de destruir mentes e corações dentro de um lar, de escritórios, de grupos. Ela é a pessoa que só ao chegar ou estar perto dela, angustia a alma. É aquela que não sorri para nada, que vai contra qualquer sugestão e opinião, que sempre tem algo contra ou terrível para dizer sobre as pessoas ou sobre o mundo. 

Essa pessoa é escuridão, ou pela própria essência da alma, ou por estar se envolvendo com energias espirituais baixas, causando todo esse jeito meio maligno de ser e ver as coisas. Quanto mais mal humorados são, mais atraem este tipo de frequência e a elevação espiritual e até material ficam dificultadas pelo livre arbítrio. E vão criando um campo energético coletivo onde não deixam os outros serem felizes, caso estes não tenham suporte suficiente para saírem disto.

Ao contrário, existem pessoas luz, que não precisam se esforçar para serem amadas. A presença delas acalma e faz o ambiente alegre, proporcionando esperança e paz para os que estão ao redor. São cheias de vida, amam ajudar e a proporcionar aos outros aprendizado. Infelizmente, muitas vezes são deixadas de lado, pois a frequência delas incomoda quem ainda não vibra igual. E, apesar delas fazerem de tudo para ajudar o crescimento dos outros, são como luz de lanterna diretamente nos olhos, o que faz os outros quererem sair de perto pelo incômodo na alma.

Enquanto as de frequência baixa dominam o ambiente transformando pessoas em medrosas, irritadas e nervosas, as de frequência alta tranquilizam, atraindo espíritos que querem aprender e se iluminar. As duas num mesmo ambiente imediatamente causam atrito, pois o lado escuro faz de tudo para que a luz não brilhe e em contrapartida, a luz irrita mais ainda a escuridão.

Em muitos casos, quando há boa vontade e humildade do lado ruim, a luz consegue abrir seus olhos, penetrar seu coração e ajudar com orações, palavras ou até trabalhos espirituais, conforme a necessidade. Mas, este precisa ter consciência sobre o que está causando no ambiente em que vive e trabalha, chegando num ponto insuportável de viver, pedindo ajuda. Olhar para si mesmo e parar de culpar a todos  pela própria irritação, cansaço ou falta de energia, já que ele  mesmo se coloca nesta frequência através de pensamentos ruins, palavras toscas e medos absurdos. Esses últimos, vindos das informações negativas ou abertura de aura, onde qualquer energia está apta a chegar, já que lhe falta preparo para sua própria proteção.

É triste pensar que tantas pessoas parecem gostar desta posição que "acham" ser de poder, pois na verdade quem experimenta a verdadeira liberdade através da luz, é quem tem esse poder sobre si mesmo, ficando longe de tudo que não tem importância na vida.

Infelizmente, há muitas pessoas cegas e que não ouvem também, a não ser a si mesmas. O grande problema é o carma que causam a si pela responsabilidade de transformar vidas ainda em desenvolvimento ou que seguem junto o mesmo caminho, seja pelo amor, família, trabalho ou pelas amizades.

Essas simples pessoas, sejam elas luz ou escuridão, precisam de orações e aconchego, sejam para continuarem fortes, sejam para saírem da baixa frequência. Portanto, cabe a cada um que encontrar estas pessoas, ajudar de uma ou outra forma para que o mundo também se transforme num lugar melhor.

NAMASTÊ 

É AMOR?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quem amou de verdade pelo menos uma vez na vida pode se achar sortudo. Conhecer o amor é um aprendizado difícil. Decoramos, não páginas de um livro, mas a imagem, o cheiro, o olhar, o toque de quem vira nossa fonte de inspiração.

O amor não é único, como muitos pensam. Podemos sim, amar muitas pessoas na vida. O que acontece é que, como qualquer sentimento, ele pode ir se diluindo, conforme atitudes e acontecimentos no decorrer do processo. Talvez jamais um coração consiga deixar de amar quem realmente foi importante, mesmo que já não exista mais. Pois, o que fica é a ligação espiritual entre as almas.

Se pensarmos que cada pessoa que entra em nossas vidas não vem por acaso e traz aprendizado, nos fazendo enxergar melhor o que realmente queremos e precisamos, isso é uma forma de evoluir. Porém, há muito o que se pensar sobre a responsabilidade que temos sobre a vida de quem confia e nos ama. Não podemos simplesmente brincar de amar.

O amor não é um jogo de egos, mas uma união de sonhos. Não é um comando sobre o outro, mas a solidariedade, a ajuda mútua. Não é exibir alguém como um bibelô, mas acolher quem está por trás do físico. E também não é ser dono de alguém, pois isso é apenas medo e falta de confiança em si mesmo.

Nem sempre amar significa reciprocidade. E quem realmente ama, apenas espera ou tenta viver sem cobrar ou reagir ao desprezo.

O amor é livre e se identifica pelas atitudes. Se não for algo que faça o outro feliz, não é amor. 

Então, precisamos ter cuidado ao dizer que amamos. No mínimo gostamos de ter a pessoa ao lado porque é confortável, seguro e benéfico. Mas enganar alguém pode ser um grande carma que teremos que resolver um dia. E estaremos deixando também de permitir novidades e experiências na vida. 

NAMASTÊ 

COMO É A SOLIDÃO

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A flor que nasce na fenda da rocha,

O doente sem família num hospital,

O filho ignorado,

O companheiro que só ouve, mas que não encontra brecha para falar de si,

O indigente que estende a mão e ninguém vê,

O aluno que sofre bullying.

Quem pensa que solidão quer dizer estar sozinho, não sabe dimensionar a extensão da verdadeira solidão. A maior solidão está dentro de nós, causada pelo sentimento de tristeza com o tratamento recebido das pessoas. E os adjetivos que podem explicar tal sentimento são "ignorado", "abandonado" e "frustrado".

Estar sozinho, porém feliz e bem, não desenvolve a sensação da solidão, porque a solitude é algo bom. Mas, ao contrário, estar com companhias, alheias à nossa presença, ignorando nossas vontades, falas e sonhos, isso sim causa a dor da solidão. Aos poucos, perdemos o interesse e o estímulo de nos fazer presentes podendo levar à depressão ou afastamentos.

Todos queremos ter momentos de paz e sossego, ficar sozinhos para simplesmente pensar, recobrar energia e aproveitar um pouco de nós mesmos. Acontece que existe uma diferença entre gostar de estar só e ser ignorados por completo. Porque faz parte da vida trocar energia, participar e querer estar no radar das pessoas como família e amigos.

Refletir sobre como devemos olhar mais as pessoas que estão no nosso caminho não é nomeá-las de dramáticas ou irritantes, mas observar suas vidas e dar a elas a chance da inclusão nas nossas vidas. Talvez não queiram, mas este não é o caso aqui. Há muitos olhares gritando por atenção, muitos braços pedindo abraços e muitas bocas querendo sorrir junto conosco.

Hoje, pode ser que vejamos tudo isso com nossas famosas desculpas de falta de tempo, de paciência ou de vontade. Amanhã, quem sabe, serão nossos olhos lacrimejando e a mente perguntando: " o que foi que eu fiz?"

NAMASTÊ 

UM AMOR DE SEMANA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA) 

Hoje inicia a Semana do Amor. Uma semana que deveria durar toda a vida, mas que, infelizmente, foi criada para comercializar. E as pessoas ficam ansiosas, não para compartilhar o amor, mas para receber presentes.

E nesta semana não é só o amor entre os sexos que deveria ser celebrado, mas o amor das pessoas por si mesmas e pelo mundo ao seu redor. Um amor digno de elevar relações e acalmar corações partidos.

Comecemos por cuidar das palavras com intuito secreto de diminuir o outro e baixar a autoestima dele. Quando achamos defeitos nos outros, ou queremos nos colocar acima deles, ou controlar sua luz, porque ninguém pode brilhar mais que nós. Puro egoísmo e arrogância. 

Partir o coração de alguém é uma grande responsabilidade que talvez não tenhamos sabedoria suficiente para consertar. E quem se vê confortável com isso não merece nosso apreço. Precisamos aprender a discernir quem merece e fica, dos que precisam partir de nossas vidas, a fim de que não hajam correntes presas aos nossos pés. Só assim a caminhada poderá ser ampliada, com visões e conhecimentos novos.

Amar não é tão fácil quanto parece. O amor precisa dos cinco sentidos totalmente despertos. Ouvir com paciência, falar o justo, ter tato e sensibilidade para perceber o momento e olhar com compreensão. Mesmo que haja deslize, se houver realmente amor, poderá haver reencontro. 

De tudo isto, amar é um sentimento nobre. O mais nobre que há em alguém. Uns acham que amam, outros querem muito amar e outros ainda vivem a vida enganando seus corações. Mas o amor é quase indecifrável, sentido no âmago e que realmente chega a doer no coração. É transpessoal, transformador e transcendental.

Amar é a força que nos move passo a passo na vida. Todos queremos ser amados, mas nem todos se entregam ao amor. E, estar com o coração em paz, mesmo solitário, não significa falta de amor. Significa que já se chegou num estágio onde não precisamos mais suprir necessidades, porque transbordamos. E este "transbordar" é sentir amor pela vida e por tudo que venha dentro dela. Este é o verdadeiro amor incondicional.  E quando isso acontece, viramos essência divina!

Soltemos o amor pelos poros nesta semana, sendo carinhosos, gentis, sorrindo e acolhendo a todos. E o mundo ganhará uma energia tão preciosa e tão necessária hoje, aqui e agora.

NAMASTÊ 

SOMOS ESTAÇÕES

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Fazemos parte da natureza e, como tal, também temos estações dentro de nós.

Somos primavera quando estamos iluminados, cheios de vida, com vontade de fazer as coisas e de despertar para amizades. Gostamos de nos vestir com roupas coloridas, o emocional fica em alta e parece até que temos mais paciência com tudo. Nos enfeitamos mais, os olhos até brilham e sentimos vontade de encontrar o amor.

Somos verão quando tudo parece acalorado, não temos muita paciência e respondemos com agressividade. Em contrapartida, ficamos cheios de auto-estima, achando que todos precisam nos ver, nos apreciar. Perante o espelho, nos achamos perfeitos, ou no mínimo mais bonitos. O problema é o excesso de confiança que acaba por nos frustrar.

Somos outono quando nos sentimos meio melancólicos e cansados, sem vontade de sair. Queremos mais a nossa própria companhia, aproveitando para nos aprofundar em leituras e comidas gostosas. Uma boa música pode ser ouvida, trazendo lembranças de um tempo bom. 

Somos inverno quando nos fechamos para o mundo, pois tudo parece frio e irritante. O que os outros falam ou fazem nos desagrada e preferimos nos afastar e silenciar para pensar sobre as relações. Sentimos vontade de comidas mais pesadas, com o intuito de nos aquecer ou adoçar a vida. E, sutilmente, nos afastamos de contatos. Sem notar, usamos roupas mais escuras, definindo um estado meio depressivo.

Assim somos nós e nossas estações. Uns com mais predicados que outros, mas com muitas semelhanças sobre nosso emocional. E estas estações podem mudar do dia para a noite, bastando um simples desejo ou vontade de fazer algo diferente. 

Não ficamos três meses numa estação, mas caso aconteça, dependendo da qual estivermos, podemos ser mais felizes ou depressivos. E, o problema maior é que nem sempre as estações combinam e acabamos perdendo contatos por um tempo, até que finalmente elas coincidam e as pessoas consigam se entender.

NAMASTÊ 

RECONHEÇA A SUA LONGEVIDADE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A juventude é incrível! Nos divertimos, aprontamos, erramos demais e acertamos algumas vezes. Somos meio maria-vai-com-as-outras, nos inspirando nas pessoas que admiramos e nos submetendo às idéias idiotas para nos sentirmos aceitos. Tudo parte de hormônios e da falta de maturidade. E todos passam por isso! E, quando não passam, acabam precisando de outras formas de liberar esta energia, que podem causar problemas emocionais para a vida.

Porém, a sorte de viver e atingir uma idade avançada regula o hormonal e baixa certas euforias, trazendo o sossego das atitudes impulsivas. E a gente vai aprendendo a respeitar nossos limites e nossas novas vontades. E cada fase tem sim sua beleza e importância, a fim de podermos atingir uma consciência necessária, alimentada por tudo que fomos e somos.

Acontece que estão tirando nosso direito de viver e ser o que queremos com tanta informação focada na longevidade. Chega a ser cansativo e emocionalmente perturbador a insistência sobre como e o que comer, fazer ou não exercícios, esticar a pele, emagrecer para parecer mais jovem, tentar ser o que não se é. No fundo, estamos tão desesperados em sermos lindos e jovens, que esquecemos de saborear, de olhar com profundidade e nos divertir realmente.

Nos alimentar com medo de ganhar calorias não fará nada pela saúde mental, nem emocional. Olharmos só para beleza física tem criado relações superficiais e que não duram muito. E diversão é sobre o que amamos fazer, seja passear na rua ou viajar para lugares que nos inspiram e pode não ter a ver com levantar pesos ou correr junto com a manada, só para dizer aos outros que estamos nos cuidando.

Fato é que é interessante saber e cuidar da saúde, mas não só do corpo físico. E estão esquecendo que o todo é essencial para uma boa vida. Por isso, a dona "Fulana" viveu até 100 anos, comendo de tudo e nem tinha internet. Ela apenas vivia fazendo suas coisas, cozinhava o que tinha vontade de comer e ria muito. Sim, pode ter tido alguns problemas aqui e ali, que com seus remedinhos caseiros e sua confiança e fé na vida a curou. 

Uma coisa são os cuidados, outra é viver sufocados ou com o mental te acusando a todo momento, causando aflição e medo sobre a vida. Se cada um olhar realmente para si mesmo, saberá exatamente o grau de ansiedade tomando conta de si por duas coisas: por não poder, porque o espelho acusa e por querer e fazer, trazendo nova culpa. Resumindo, o mundo está nos tornando exaustivamente ansiosos e pisando na nossa própria auto-estima. 

O verdadeiro segredo da longevidade não é envelhecer bem, mas viver a vida que temos hoje, aqui e agora com alegria, sorrisos, sonhos e vontades satisfeitas. Não importa em qual idade isso aconteça, pois longa é a vida de quem realmente é feliz! Não comer macarrão não nos fará não ter um câncer, se existe um mundo confuso e triste dentro de nós. E por aí vai...! 

NAMASTÊ 

EDUCACAO AMBIENTAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Dia chuvoso hoje! Esses dias nos remetem a uma introspecção maior, não sei por quê. Pelo menos eu, quando vejo a chuva, ainda mais quando é mais suave, sinto um pouco de melancolia. Não é algo ruim, mas um sentimento diferente dos dias ensolarados.

Hoje se comemora o dia da Educação Ambiental e me pergunto o que se faz sobre isso, principalmente no mundo de hoje, onde a natureza está sumindo diante de nossos olhos. E parece que frear as atividades do progresso têm sido quase inúteis, já que quem está por trás disso se apega na ganância financeira. 

Alguns programas deviam ser proibidos, como "Febre do Ouro" e "Os Últimos Lenhadores". Qual cultura estão querendo passar com tais amostras de destruição? Ontem, ao trocar o canal, vi um lenhador destruindo uma linda árvore secular, enorme, de diversos metros de altura, achando tudo aquilo maravilhoso. Nem consegui ver até o fim, meu peito doeu. Fiquei com raiva!

A consciência humana é tão primitiva ainda, que chega a ser inconcebível. Tudo que importa é o poder humano sobre tudo: animais, plantas e até sobre si mesmo. Esse "poder" está transformando o mundo e nem temos mais certezas do que é ou não real, devido a presença tecnológica.

Quando nos reportamos aos "velhos tempos", não pensamos apenas na liberdade que tínhamos, mas nos seres humanos com menos estudos e riquezas; porém mais próximos, amorosos e com relações intensas. Com todo progresso e ostentações, hoje tudo parece frio e distante. O "eu" é tão evidente que chega a doer nos ouvidos.

Enfim, ainda resta esperança com os que nunca desistem de lutar e amar o melhor deste mundo: a natureza. Mas esse amor que é consciente, não só admira, mas cuida, protege e observa. E, sei que tem aqueles que riem e não se importam, mas acredito que terão suas lições de alguma forma. Depois não digam que a natureza não revida. Infelizmente, muitos que não merecem entrarão nos estragos. Só que a balança está  aos poucos, cada vez mais desequilibrada e se não houver educação ambiental para as novas gerações, quem cuidará desta linda casa?

NAMASTÊ