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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 28 de junho de 2018

COMPARANDO O AMOR

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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O amor é palpável, é visual ou algo que podemos guardar?
O amor é sentimento, é imaginação ou qualquer coisa que não se explica?

Pois o amor é como a lama,
se entrar nela vai sentir ela colar em você, 
e por mais que tente sair dela, gruda.
Mas ela massageia, é, até certo ponto, saudável e nos faz parecer crianças.

Pois o amor é como uma grande árvore,
vai acolher-nos contra o sol forte, 
abrigar-nos de ventos e tempestades,
e deixar-nos descansar e refazer energias encostados em seu tronco.

Pois o amor é como uma borboleta,
que voa livre, buscando a seiva em cada flor.
E de cada flor recebe o suficiente para sobreviver,
para poder abrir asas e mostrar toda sua beleza.

Pois o amor é como a mata fechada,
sinistra, silenciosa, mas causa enorme curiosidade.
E ao entrarmos nela, poderemos sentir seu perfume,
observar sua diversidade e nos encontrarmos em paz.

Pois o amor é como um passeio de barco,
onde podemos ter medo do mar, do rio ou do lago.
Mas conhecer a sensação nos faz testar a viagem,
e nela, sentiremos que o brilho do sol na água e o frescor da brisa,
fazem a perfeita combinação de felicidade.

Pois o amor é como o soldado na guerra,
morrendo de medo do que possa surgir de repente,
mas confiante de que está dando o melhor de si,
para que alguém no mundo se sinta seguro.

Pois o amor é como uma viagem ao espaço,
uma contagem regressiva que perturba qualquer mente,
o medo tomando conta de todo corpo,
mas ao estar lá, visualizando a vida, deve ser magnificamente recompensador.

Pois o amor é como o todo no nada,
onde nos vemos perdidos nos encontrando,
nos sentimos doentes na cura,
nos percebemos cegos olhando para tudo,
nos alimentamos do que não nos engorda,
nos refrescamos no calor da sensualidade,
nos perfumamos no cheiro de alguém.

O amor é assim..
O paradoxo do que tentamos definir.

NAMASTÊ

sexta-feira, 22 de junho de 2018

PELO AMOR OU PELA DOR

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Escolhas podem ser fáceis, como também difíceis. No contexto, temos que analisar o que nos fará mais ou menos felizes, mais ou menos satisfeitos, mais ou menos orgulhosos de nós e assim por diante. Quando ouvimos histórias das pessoas e suas vidas e nos perguntamos por que agiu de tal forma, ou por que fez aquilo ao invés de fazer isso, estamos julgando as escolhas de cada um. Talvez nossa escolha em determinado processo pudesse surtir um efeito melhor do que o daquela pessoa. Mas, como saber?

Parece que o mundo vai se ajustando como uma engrenagem, conforme os produtos nela colocados. Ora esmagam e destroem, ora se harmonizam perfeitamente. Então, as ações de cada um podem tanto se encaixar, quanto estraçalhar todo o processo.

O que é interessante é que algumas pessoas reclamam de suas vidas, mas não percebem que estão num caminho de dor. Não é que suas escolhas sejam erradas. O que não está funcionando talvez seja a forma de lidar com as situações e os meios pelos quais agem para se chegar na solução. A escolha pela dor envolve sempre uma responsabilidade maior pelos seus pensamentos e atos. E o desfecho, até pode ser o buscado, mas a trilha escolhida é cheia de espinhos, tristezas e dores. 

Essa dor compreende atitudes que possam prejudicar tanto a si, quanto aos outros. É tipo o caminhão carregado de pedras, que despenca ladeira abaixo levando tudo pela frente, não se importando com que ou quem está no caminho. A única coisa que quer é chegar no fim, mesmo perdendo algumas pedras. Só que ao chegar e olhar para trás, deixou um rastro de dor, perdas e infelicidade. Quem não liga para seus rastros, continua errando a cada novo caminho.

Podemos agir pelo amor e aí, tomando o mesmo exemplo do caminhão, agiríamos da seguinte forma: desceríamos a ladeira bem devagar, observando tudo ao nosso redor para que nada, nem ninguém esteja no caminho e possa ser atropelado, freamos quando houver necessidade e até paramos um pouco se algo cruzar de repente. Acenamos para alguns, sorrimos para outros e percebemos o mundo à nossa volta. 

Será que conseguimos sentir a diferença? Tome esses casos apenas como figurativos e os transporte para suas vidas profissionais, amorosas e pessoais. E analise como está carregando seus pesos. Se tem vontade de jogar tudo nas costas de outros, ou se apesar de pesado e cansativo, ainda se esforça para que seu mundo seja melhor e menos penoso.

Alguns não conseguem se separar do seu mau humor. Não fazem nada para melhorar a si mesmos como pessoas, nem o mundo ao seu redor. Isso é escolher a dor, pois a empatia se fará com pessoas também mau humoradas, chatas e sem paciência. É assim que transformamos nossos filhos e família num grande mar de pessoas infelizes. Ao passo que se estivermos com um problema pessoal, cansados, mas tratarmos quem está ao nosso redor de forma amorosa e paciente, teremos apoio e amizades suficientes para sermos ajudados, amados e até mimados. Simplesmente porque as pessoas não tem culpa das nossas escolhas.

Estamos num mundo de dualidades: céu - inferno, homem - mulher, amor - dor. Temos escolhas, pois somos seres livres. Acontece que nem todos se importam em melhorar a si mesmos. Só querem saber de ter uma vida boa, seja lá como for ou por que meios consigam isso. Como disse anteriormente, pode-se chegar ao objetivo das duas formas. Mas dormiremos melhor se, ao olhar para trás, virmos um caminho de luz, alegria e limpo. 

E não consigo entender como alguns seres humanos ainda não acordaram. Estão na sua caixinha escura, não se importando com ninguém, nem com o mundo ao seu redor. E agem em uníssono com a dor de prejudicar, de maltratar e de trazer para si toda consequência envolvendo sofrimento e medos.
Mas o que me alegra e me dá paz é que, por outro lado, tantos e tantos estão na busca de seu próprio conhecimento, externando sentimentos de grandeza e dignidade, transformando não só a si mesmos, mas todos aqueles que cruzarem seus caminhos.

Pois, escolhas, meus queridos leitores, são as mais belas ou terríveis ações que podemos demonstrar do que nós somos. E estas são como estampas em nossas almas.

NAMASTÊ


terça-feira, 19 de junho de 2018

ACHO QUE SEI

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Não sei exatamente se sei,
mas talvez nem saiba.
E o que importa, afinal?
Saber tudo ou de nada saber?

Acho que sei um pouco,
mas perto do tudo não sei nada.
Acabo sem saber se um dia saberei
como o todo é muito para mim.

Mania de querer saber de coisas que não me dizem respeito!
Ou será que dizem?
Como saber cada vez mais,
se não ousar saber do que para mim é obscuro e complicado?

Acho que sei como é o final da história,
talvez nem acabe, talvez seja só reticências.
E como saber se o que eu vivo é real,
ou apenas parte de um plano imaginário?

Acho que sei...
Talvez seja um vulcão dentro de nós com erupções periódicas, 
que nos faz acordar.
Acordar para a vida, para o amor, para nós!

E talvez o saber seja só parte, ou seja arte
engajada em abrir portas para outras dimensões.
Acho que sei que nunca terá fim, sempre será eterno.

Mas não sei se isso é relevante,
para a vida que se abre em nós.
Talvez seja só um momento, 
talvez um pensamento
ou quem sabe, apenas renascimento.

Não sei.... ou acho que sei,
mas agora, prefiro não saber.
Só viver!


NAMASTÊ



sexta-feira, 15 de junho de 2018

DESCARREGANDO ERRADAMENTE

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Todos nós somos energia e nosso pobre corpo físico vai se sobrecarregando dela, conforme as situações em nossas vidas. Ao entender e aceitar que existem formas simples e saudáveis de descarregar essas energias, que às vezes não são nada simpáticas à nossa saúde, estaremos nos protegendo de surtos e estresses desnecessários.

Ontem o dia foi cheio dessas energias que aparecem do nada e que bloqueiam nossa respiração e pensamento. Quando isso acontece, a vontade mesmo é de gritar, sair correndo ou pior, extravasar na primeira pessoa que, inocentemente, aparece em nosso caminho. E quantas vezes fazemos, sem pensar, essa última opção?

Uma das melhores coisas, senão a melhor, que precisamos aprender, é respirar. E como é difícil se concentrar na própria respiração, quando o sistema nervoso entra em ebulição. Porém, se conseguirmos mentalizar isso, já um bom caminho andado. Porque sem oxigênio, nosso cérebro deixa de trabalhar corretamente, jogando excesso de adrenalina para o corpo e excitando cada vez mais nossos pensamentos e atitudes. E isso é mal, tanto para nós, quanto para a pobre criatura que se colocar em nosso caminho.

Comigo aconteceu uma vez ontem, e vi outras pessoas na mesma situação. Como já medito a anos, lembrei-me imediatamente de respirar profundamente e tentar não me alterar. O problema é que o provocador, se é que podemos chamar assim, na insistência de ter razão, vai minando nossa paciência. E parece querer mostrar a ele mesmo, não parando de falar, que acredita que é o mais certo, sem ao menos cogitar acalmar-se e deixar que o coração analise os fatos mais profundamente, do que seu cérebro colérico. 

Eu mentalizava, enquanto ouvia, minha respiração e tentava controlar meus nervos. Como sou chorona, não consegui dominar o sentimentalismo e algumas lágrimas acabaram escorrendo dos olhos. Dizia para mim mesma em pensamento: - Pare já de chorar, se controle"! 

Mas até que ponto devemos segurar nossos sentimentos? Talvez isso seja orgulho, talvez seja porque não queremos demonstrar fraquezas ou simplesmente porque nossa criança interior deve aquietar-se e agirmos como adultos. Adultos não choram! Acho que os adultos são muito infelizes por isso. Deixam-se enfraquecer pelo ego de que ter força é sinônimo de poder e quem mostra isso (controle), pode estar mais preparado para situações de estresse e cargas emocionais. Talvez sim, mas até o dia do próprio enfarto ou úlcera que rompeu-se no estômago.

Então, a vida nos dá escolhas. E, se diariamente somos testados por problemas no trabalho, nas relações sociais e familiares e quaisquer outras situações, temos que encontrar um momento só nosso para aliviar essas tensões e descarregar energias estagnadas que possam estar causando toda forma de ansiedade e raiva. Se não fizermos isso, acabaremos descarregando na pessoa que menos merece. Muitas vezes ela fica sem saber o por que de tal tratamento agressivo. E machucamos profundamente alguém querido. 

Existem diversas formas de aliviar essa energia, muitas delas já citei aqui em meus textos. Podem ser: respiração consciente ( prestar atenção no fluxo do ar ), pisar descalço na terra (como se fosse o fio terra), fazer uma oração num local tranquilo como uma igreja, meditar (entrando em contato com seu Deus interior, se perdoando), tomar um belo banho de cachoeira ou mergulhar numa onda, caminhar na mata e até exercitar-se o suficiente para eliminar as toxinas do corpo. Talvez existam mais formas, mas essas são muito boas. 

Diariamente, vamos ouvindo desaforos ou críticas que não são bem digeridas e tudo isso vai se acumulando dentro de nós. O que temos que evitar é descarregar erradamente e na hora imprópria. Porque se o acúmulo é grande e não estamos tomando certas atitudes para eliminá-lo constantemente, com certeza, explodiremos com um start tão idiota que deixaremos alguém boquiaberto, sem saber o por que de tanta estupidez e agressividade. Existem diversas situações que vemos isso.

O pior é que a pessoa que afetamos poderá, além de ferir-se e magoar-se, mudar completamente a atitude em relação a nós. Estas coisas acontecem a todo momento. E leva tempo para absorver, algumas vezes o perdão não se faz. Noutras, podemos pegar a outra pessoa sobrecarregada da mesma maneira, ocasionando brigas físicas e até morte. 

Portanto, para terminar esse texto, respiremos e busquemos mais do que tudo sermos terapeutas de nós mesmos, aliviando nossa carga de maneira sadia e ajudando, com certeza, às nossas relações. E, não se espante se você descobrir o real significado do que é uma vida leve.

NAMASTÊ

terça-feira, 12 de junho de 2018

AMAR...

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


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" Em homenagem ao dia dos namorados, dos amores, dos corações apaixonados..!"


Não toque minh'alma, se não for para deixá-la mais suave;
Não fleche meu coração, se não for para que o veneno seja curador;
Não alimente meu ego com tuas palavras, se não forem verdades;
Não feche minha visão, obrigando-me a olhar só numa direção.

Amar não é sinônimo de gaiola. Pessoas egoístas fazem pássaros cantarem só para si.
Amar não pode prender, pois o encarcerado não expande seus horizontes.
E quem encontra um amor, encontrou-o no mundo, solto, livre e foi isso que o fez se apaixonar.

Amor é suave, é libertador. Quem ama de verdade, por mais livre que seja, sempre irá amar com respeito, com suavidade, com atenção. Se amamos, amamos e ponto final.

Amar não significa aceitar os defeitos, porque não vemos defeitos como os outros vêem.
Amar não significa obrigar a nada, porque se você também é amado, não precisa implorar.
E se você não for amado, não se obrigue a uma vida obcecada. Busque alguém que possa te amar, ou apenas seja amor.

Amar é tão sublime que muda feições, muda atitudes e muda pensamentos.
Amar nos faz andar sobre nuvens, flutuar no caminho e perder-se na alegria.

Se o amor for real, verdadeiro, não necessitamos experimentar outras emoções, porque nosso coração não tem lugar para aventuras. Por carência, acabamos confundindo amor com necessidade de companhia. Daí tanta confusão nos sentimentos das pessoas. Amor não tem a ver com sexo, mas com energia. Com troca, seja lá com o que ou quem for.

Amar é antes de tudo "se amar". E quem se ama, se dá o respeito de deixar entrar em sua vida alguém especial. Cuida de si mesmo. Observa, analisa e não se joga como peteca para cair nas mãos erradas. Isso é desespero, não amor.

Amar não tem explicação plausível. É algo interno que se expande, conforme o equilíbrio de cada um. Sim, depende de nosso equilíbrio, pois só quem tem plena consciência do seu EU, de sua vida, de suas experiências pode entregar seu coração e ajudar outro coração a seguir pelo mesmo equilíbrio.

Não se deve atordoar um coração com a desculpa que se ama. Isso nunca será amor. Aliás, isso vem de pessoas com falta de amor, sufocantes e gananciosas por atenção. Quanto mais apertamos um laço, mais espremido ele fica, podendo inclusive nunca mais ser o mesmo material. Enruga, rasga, amassa.

Se você precisa amar para se sentir de bem com a vida, busque antes de mais nada a satisfação pessoal. Conheça-se, curta-se, apaixone-se pelo que é e pelo que faz. Ande sozinho, conheça lugares, a vida e pessoas. Prepare-se para ser livre. Só assim poderá entender o significado do amor, quando este cruzar em seu caminho. E não se deixe vislumbrar pelo que vê, mas sim pelo que sente dentro de você.

Não se deixe morrer por amor, porque o amor não mata, ele alimenta a vida;
Ame, sem distinção, sem necessidade, sem desespero. Apenas, ame!
Deixe livre esse sentimento e conecte-se com todos que também sabem amar livremente.
E não se surpreenda se o melhor vier para você, pois estará se identificando com o que está ao teu real alcance e compreensão.

NAMASTÊ


segunda-feira, 11 de junho de 2018

VENTO MORNO DE OUTONO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Não se tem certeza da temperatura lá fora.
Aqui dentro, o ar gelado da casa após uma noite fria, nos deixa na dúvida do que vestir.
Espiando pela janela, o vento balança as folhas das árvores sutilmente.
E, ao olhar para o céu de outono, às seis horas da manhã, a escuridão ainda administra as cores.

O jeito é vestir-se para o frio, com perspectiva de sol ou chuva. 
Quem mora em Curitiba, sabe do que estou falando. Ora o tempo abre, ora escurece e esfria.

Mas, ao sair de casa, a claridade da manhã já se faz presente. E posso observar o céu azul claro, com a linda lua minguante ainda a enfeitá-lo. As nuvens rasgam o céu em formatos diversos. São poucas, mas alinhadas de forma interessante. Mas o que me chama a atenção é o vento morno. Não imaginava que estaria tão inefável. A vontade é ficar ao lado do meu cedro, apenas sentindo o balançar dos galhos, envolvendo-me calidamente.

A diversidade de tons e temperaturas da natureza é algo incrível. Temos que nos adaptar a elas. Mas a surpresa de um vento morno de outono, inesperadamente chegou e agradou. Hoje a temperatura não amanheceu tão baixa, estava em 14 graus. Mesmo assim, dentro de casa está mais frio que na rua. É delicioso sentir no rosto o vento morno, quando o corpo treme.

Quisera estar numa planície coberta de flores, ou na montanha ensolarada sentada em uma enorme pedra, apenas sentindo o vento morno de outono. Ouvir o som do universo em suave melodia com o chiado das folhas e o bater de asas dos pássaros dançando no céu. 

Não há nada mais belo que acordar para a vida que está ao nosso redor. Sermos gratos por toda essa abundância natural e bela que temos diante de nós. Não é questão de ir para um local lindo e despejar nosso cansaço e frustrações, mas de nos conectarmos com a essência, com a energia e com a beleza que está ao nosso redor. E respeitar aquele local como um santuário divino. 

É assim que vejo e me conecto com a natureza. Cada ação natural pode ser admirada, seja o sol batendo no mar e o fazendo brilhar, seja os raios cortando o céu numa noite escura e sinistra. Sentir a areia nos pés, o sereno no banco da praça, os cristais de gelo nos galhos das árvores ou o lindo arco-íris que se forma depois da chuva fina alcançada pelo sol. Tudo é incrivelmente belo!

Se você não desperta com esses sentimentos ao observar a natureza, deve estar faltando sensibilidade em você. E sensibilidade é algo tão bom, pois sentir a vida nos faz mais felizes e satisfeitos com o que temos. 

Um simples vento morno de outono pode tocar nossa alma e coração e é capaz de deixar o dia muito mais inspirador. A força parece tomar conta da gente, a alma fica mais leve e o amor parece brotar dos poros. Talvez o tempo que alguns tem para sentir isso seja curto, mas mesmo assim pode fazer desabrochar sentimentos únicos, que energizam qualquer espírito disposto a aceitar.


NAMASTÊ

terça-feira, 5 de junho de 2018

SEUS OLHOS NÃO VÊEM TUDO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Sabem aquela história de que "o que os olhos não vêem, o coração não sente"? Não sei quem escreveu isso, mas estava corretíssimo. Quantas vezes dizemos às pessoas que estamos bem, mas no fundo há destroços por todo lado?

Me pergunto se somos honestos conosco, quando o assunto é falar o que temos dentro de nós. Evitamos ao máximo criar climas desconcertantes em nossas vidas, então acabamos fingindo sorrisos, quando lágrimas insistem em correr no coração.

As pessoas, para aproveitar melhor o tempo que têm juntas, não costumam usar a cobrança como tema principal em seus diálogos. Isto porque querem transformar os momentos de encontros em situações agradáveis. Mas, às vezes, isso nem sempre é possível e "cutucar a onça com vara curta", pode causar ressentimentos.

Nossos olhos só vêem o que para nós possa ser conveniente, ou seja, simpatia, alegria e receptividade. Alguns, mais sensitivos, sabem que tudo aquilo não passa de máscara e encurtam os encontros por causa da energia estranha e incômoda que se aloja entre as partes. Quantas vezes nos apressamos ou inventamos que precisamos ir embora, só porque não aguentamos mais ficar em determinado lugar? E, ao sair, parece que um grande peso foi tirado de nós e voltamos a respirar.

Mas as pessoas sofrem e muitas vezes, caladas. E os outros enxergam olhos sem brilhos, sorrisos sem esperança ou "amarelos", mas não se atrevem a perguntar. Mas há quem despiste muito bem e só os muito sensíveis notam suas transformações. 

Nossos olhos nem sempre vêem tudo que está ao nosso redor. Restringem-se apenas ao que queremos ver ou quem sabe, saber. Temos tantos sentimentos escondidos, tanto passado sem resolução, tantos choros e medos reprimidos. Mas temos que ser fortes, porque só os fortes conseguem. 

Ontem assisti um filme em que um treinador fazia com que os rapazes fossem estuprados para se tornarem homens e enfrentarem qualquer coisa. O lema dele era " o que não te derruba, te fortalece"! Inacreditável! E pensar que existem pessoas com pensamentos tão semelhantes ou iguais. Alguns pais tem a coragem de dizer que "educam" seus filhos assim. As pessoas não deveriam ter filhos para jogar neles suas próprias más educações e neuras, só para descarregar suas raivas e frustrações.

Enfim, percebo que o mundo é um lugar que não o vemos por completo. Alguns o sentem mais que outros. Existem pessoas que demonstram mais o que sentem. Será que isto as tornam melhores que outras ou são apenas pessoas carentes e frágeis? Talvez seja justamente estes últimos adjetivos que todos querem evitar de ser rotulados. Mas, por quê? Por que temos tanto medo de dizer nossas verdades internas? Porque as pessoas não sabem o que fazer com nossas verdades e acabam fugindo das situações, nos abandonando. Não querem para elas problemas para resolver. Todos vivem buscando lugares melhores, onde possam ser felizes. É do ser humano ir em busca da paz e da felicidade. 

Então, para que tenhamos pessoas ao nosso redor, para que possamos viver na sociedade, em casamentos, em amizades, "engolimos" nossos sapos e reprimimos nossos verdadeiros sentimentos. Tudo por medo da solidão, da incompreensão e dos julgamentos dos outros.

O que dizer de nós, pobres seres cheios de incertezas e dores que jamais serão ouvidos ou entendidos por quem realmente amamos ou simpatizamos? Infelizmente, no dia em que estivermos frios e sendo velados, os que nos olharem não nos verão por completo e levaremos conosco, enterrados, todos os segredos que talvez, um dia, tentamos demonstrar, mas que não encontramos ninguém tão sensível para compreendê-los.


NAMASTÊ