Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

QUANDO SE SABE QUE É MESMO AMOR?

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Imagem relacionada


Quantas e quantas relações numa vida! Quantas confusões sobre nossos verdadeiros sentimentos. Afinal, se não nos sentíssemos tão carentes, amaríamos realmente? Estou me referindo ao amor entre duas pessoas que não sejam da família. Aquele amor que buscamos e fantasiamos como perfeito.

Mas, quando se sabe que é mesmo amor o que sentimos por alguém? Talvez porque ficamos aparvalhados, suspirando pelos quatro cantos e sentindo a necessidade de estar próximo o tempo todo daquela pessoa. Será?

O que a gente ouve e vê sobre o amor parece esdrúxulo. Será que quando nos esquecemos de nós mesmos, vivendo em função de outra pessoa é amor? Fazer tudo que ela gosta, nos anularmos só para "agradar", isso é amor?

E amor combina com relação eternizada? Ou seria o amor aquele sentimento calmo, que apenas curtimos e que se desfaz aos poucos, não deixando mágoas, nem raiva, mas um respeito infinito? Parece que o ser humano ainda não definiu completamente o real significado do amor. Misturamos tudo: possessão, violência, submissão, falta de amor próprio, obrigação, companheirismo e até dominação. Isso é o que vemos por ai com o título de amor!

Temos tanto carma enraizado, tanto passado fixado na alma que, sem uma boa auto-análise vamos aceitando todo tipo de pessoas em nossas vidas, sem ao menos saber exatamente de quem se trata e o que ela realmente é. E nos apaixonamos por um corpo, por olhos, pelo jeitinho, pelo andar. E nos entregamos de corpo e alma para alguém que depois, nos fará sofrer e mudará completamente "seu jeitinho".

Calma, o amor existe! E ele pode até se eternizar, mas com pessoas que sabem amar. Que compreendem e respeitam os limites, que colocam entre si a vida em comum, mas que deixam a vida íntima de cada um ainda existir. É óbvio que o maior selo é o respeito pela pessoa que se dedica a você. As brigas constantes por ciúmes são estopins para desgraças e palavras que jamais serão apagadas. E, seria amor querer mudar alguém que a gente conheceu daquele jeito? A palavra mudar pode ser encarada como uma imposição nas ações da outra pessoa. Quem sabe, o amor seja apenas mostrar um caminho, jeito ou maneira mais adequados para se dar bem na vida em diversos setores. 

O amor é sem dúvida querer o bem, seja estando junto ou libertando a outra pessoa para viver seus sonhos e vida. Quem sabe não seja esta a maneira de descobrirmos que estamos realmente amando alguém? Querer ver esta pessoa em paz, escolhendo seu caminho (que até pode ser o mesmo que o nosso), mas podendo viver plenamente, sem que anulemos as vontades e sonhos desta pessoa.

Os relacionamentos hoje são baseados primeiro em tesão e isso passa com o tempo, por diversos fatores. Se não tiver algo a mais que isso, o quadro é ladeira abaixo. Amamos alguém pelo que ela é na sociedade ou pelo que ela é interiormente? Analisemos agora se sentimos falta da presença daquela pessoa em nossa vida ou se respiramos melhor quando ela está ausente. 

Lembrando que amor não significa necessariamente ter um relacionamento com esta pessoa. Podemos amar e apenas amar.  Que tema complicado e discutível este!  Saberíamos gritar a plenos pulmões que realmente amamos? Que jamais faríamos nada que prejudicasse ou magoasse essa pessoa e que, se não fôssemos escolhidos por ela, apenas a amaríamos de longe, até que um dia esse amor fosse transferido a outro?

Constantemente, vemos pessoas "sufocadas" em relacionamentos que se dizem sólidos. Qual a verdade real na vida delas? Medo de seguirem sozinhas, insegurança no futuro, vergonha perante a sociedade? Triste final destas histórias em que a vida é transformada em clausura para ambos. E o pior, dizem que é em nome do amor.

Finalmente, não podemos definir quem ama mais ou menos, quem realmente ama ou medir o tamanho do amor das pessoas, porque cada um se expressa conforme consegue. O que podemos definir é que não devemos dizer que amamos, destruindo a vida ou exterminando qualquer brilho e alegria da outra pessoa.

Mesmo assim, ainda devemos acreditar no amor. Devemos fazer com que o amor seja sinônimo de carinho e não de violência, de liberdade e não de repressão, de companheirismo e não de egoísmo, de respeito e não de desprezo, de observação e não de desleixo. Quando tudo isso se une entre duas pessoas, talvez a vida lhes mostre a leveza e a verdadeira arte de amar.


NAMASTÊ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.