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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 7 de abril de 2016

ACREDITAR EM QUALQUER BESTEIRA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Talvez o texto que escreverei agora, afete alguns corações e opiniões. Mas estou certa de escrevê-lo e de lançar nos pensamentos novas buscas interiores.

Tenho estudado a história de alguns mestres e lhes digo que isso é fantástico. Mas, um em especial me chamou a atenção. Primeiro, porque nunca tinha ouvido falar nele e também porque o que li realmente mexeu comigo. Ele viveu por volta de 1.200a.C. Não entrarei na particularidade de quem é e de sua história, mas sim do que descobri nos seus legados.

E mais uma vez (posso até estar sendo inocente em sabedoria), algumas coisas mostram um caminho novo para mim. Ele fala nas vias sagradas: fé, amor e esperança que deveriam ser o real propósito de todos os seres terrestres. Mas, que devido a algumas modificações ocorridas em nós, esses três fatores, apesar de existirem, são de modo peculiar, principalmente por desenvolvermos vaidades, amor-próprio, orgulho, auto-importância, etc. E como consequência disso, nós estamos sujeitos a percepções de todos os tipos, "acreditando em qualquer besteira" - palavras do próprio mestre.

Quando li isso, lembrei-me de um texto que escrevi a um tempo atrás neste mesmo blog, intitulado "Quem estamos Ouvindo e Seguindo" e me dei conta de que as informações são tantas, vindas de tantos seres e lugares, que acabamos numa ânsia de conhecimento para nos sentirmos como parte do que está acontecendo no planeta. Mas, que filtrar todas as informações, seria de grande auxílio para nós mesmos, visto que muitas delas tem apenas um cunho financeiro de uma forma ou outra, para alguém sair na vantagem, pode-se dizer.

Uma análise profunda de quem estão sendo nossos mentores, mestres e professores na vida, talvez seja de grande valia. Este mesmo mestre cita que "é muito fácil convencer-nos de qualquer coisa que se queira", pois temos arraigados, resquícios de propriedades de um certo órgão (que não quero citar) ativado em nós num tempo universal e que formou nossa subjetividade como orgulho, arrogância, presunção, vaidade, etc.

Como vemos, nossas sombras são poderosas. E, a menos que saibamos exatamente o caminho a ser seguido, muitas névoas ainda poderão obtruir nosso conhecimento real de quem somos e para onde vamos.

Creio que um tempo de valores e escolas do bem devem ser cultivados e alimentados. A união de diversas pessoas decididas à busca da "consciência objetiva" parece ser o que levará o ser humano a uma nova dimensão.

Devemos ter mais atenção aqueles que insistem, veementemente, em se fazer acreditar de todas as formas e até vestem a pele de cordeiros evocando o sagrado e o amor, a fim de conduzir "seu rebanho" para o caminho que pode vir a lhe dar prazeres, mas decepcionar o próprio rebanho. Nós falamos sobre o Amor Verdadeiro a todo o momento, mas devido a essas cristalizações, ainda não o sentimos de forma genuína, imparcial e não-egoísta (também usei as palavras do mestre para descrever isso).

E vejam que interessante: " graças a esperança anormal que criamos em nós, desenvolveu-se uma doença chamada AMANHÃ". E, devido à esta doença, nós quase sempre deixamos tudo para o "amanhã", convencidos de que iremos fazer melhor."

A partir deste texto, que você pode ou não acreditar pelo seu próprio lívre arbítrio, gostaria de lhe pedir que daqui para frente tome seu coração como partida para qualquer decisão e não deixe para amanhã, mesmo que isso venha a afetar o seu agora. E, quando ouvir algo de qualquer pessoa, busque mais informações ao invés de simplesmente acreditar ou "entrar para o grupo". Muitos fazem isso porque precisam se sentir aceitos e glorificados. Ou porque se sentem sós, infelizes e sem rumo. Ou ainda, para que possam manipular outros seres.

Ouvir, buscar, entender e não se aventurar ainda é o melhor caminho para o autoconhecimento.

Namastê

terça-feira, 5 de abril de 2016

BUSCANDO O CAMINHO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Todos os dias, ao abrir os olhos vou em busca do meu Eu. E quem será este Eu, de que todos falam?
Percorro diversos caminhos e neles posso apreciar novas telas, novas falas, novas pessoas. O que se percebe é que nos dias que o movimento da energia se faz presente dentro de nós, através do nosso esforço, da nossa caçada ao interior, conhecemos coisas novas, que nas sincronicidades da vida, são testadas dentro do nosso coração.

Parece que já está tudo exatamente programado e, quem percorre o caminho vai se surpreendendo com as similaridades. Alguns não se dão conta, porque não carregam consigo os ensinamentos, nem se importam com eles. Apenas ainda vivem mais o mundo material ao seu redor, do que o seu mundo interno.

Não estou aqui para julgar o momento de ninguém, mas falar das particularidades do caminho do meio. E, hoje ao ler algo sobre a história de Gautama, pude compreender o que é este caminho. Simplesmente porque ele mesmo, ao buscar sua iluminação, percebe que nem mortificando o corpo, retesando ao extremo os limites do organismo, nem entregando-se aos prazeres, conseguiria a sua compreensão de existência corpórea.

Então, percebo pessoas numa busca frenética em compreender-se, jogando-se em todos os tipos de filosofias e ensinamentos, mas mesmo assim continuam na própria dúvida. Alguns mudam seus nomes, outros se vestem de maneira contrária à sua própria maneira de viver, como se isso fosse resolver problemas internos.

Cada vez mais, tenho percebido pessoas da cidade virarem indígenas ou indianos, acreditando que suas vestimentas e mudanças de alimentação irão fazer com que transcendam. Não é só isso. Aliás, isso pouco importa. O que é necessário é a busca interior e como você reagirá ao mundo externo.

Budha teve a coragem de se interiorizar e descobrir aquilo que, para ele, seria o mais correto para a vida que ele achava, intuitivamente, iluminada. Seguiu apenas seu coração. E acabou organizando sua própria filosofia.

Quando essa intuição se fortalece em nós, muitos sentimentos começam a aflorar: medo, dúvidas e desconfiança. Mas ele superou os seus demônios que o atormentaram e confiou na voz interior. Se o sucesso vem ou não nesta vida, não sabemos. Confúcio não conseguiu seu intento. Mas deixou o legado e talvez seja esta a questão da vida.

Buscar o caminho é uma tarefa disciplinada. Ouvi uma mensagem de Mestre Seraphis Bey que falou algo sobre a oração. Que muitas vezes rezamos e não somos atendidos e nossa fé vai embora. Mas que a oração pode ser comparada ao preparo físico de um atleta. Se ele só se lança na corrida, sem exercícios diários e treinos constantes, provavelmente não conseguirá chegar no seu objetivo. A oração  constante e disciplinada faz com que o nosso caminho seja alcançado com mais probabilidade.

Eu realmente preciso falar estas coisas, pois faz um tempo que elas estão "pipocando" em minha mente e querendo que eu escrevesse para leitura. Não é fácil encontrar o caminho, principalmente porque, quando achamos que estamos quase lá, aparecem diversos desvios ou encruzilhadas, fazendo com que novamente tenhamos que nos testar.

E quanto mais nos aprofundamos na imensidão do que somos, mais escura é a floresta, mais densa é a vegetação e mais curiosos nos tornamos, com toda a sede de conhecimento. Isso tudo nos faz crescer na espiritualidade e descobrir, aos poucos, todo nosso potencial.

Quem inicia o caminho, parece não ter retorno. O chamado é insistente e, mesmo tentando sair dele, algo em nós nos aflige e atormenta. E acabamos por buscar novamente, mesmo que através de outras estradas. 

Quanto mais profundo vamos, mais conscientes da necessidade de saber sobre nosso Eu interior estaremos. E talvez, por isso, hoje, existam tantos terapeutas prontos a auxiliar neste processo.


Namastê



segunda-feira, 4 de abril de 2016

INCOMPREENSÃO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Talvez eu tenha sido incompreendida na vida,
por isso meus amigos se afastaram,
meus amores me deixaram,
minha família não me procura.

Ou talvez, eu tenha agido de forma que,
minhas atitudes tenham sido grosseiras,
meus sentimentos tenham sido pequenos,
minha paciência tenha se esgotado com o tempo.

Quem me compreende, não o faz pelo verbo,
mas pelo ato em si, para ser aceito.
Não sei onde errei, nem sei como o faço,
mas sei que a incompreensão me acompanha,
doendo na alma, sufocando minha vida.

Me sinto assim, sem nenhuma chance,
nem tempo para explicações.
Ser incompreendido nos faz buscar outros caminhos.
Caminhos da alma, do pensamento, dos sonhos.

Por mais que você ache que faz o certo,
que deixa de lado suas vontades, para suprir outras,
por mais que seu coração se canse de desdéns,
a incompreensão de ser eternamente cobrada,
de ser injustamente deixada de lado,
te acompanha numa jornada de tristeza e dor.

E, ou você escolhe viver cada dia,
jurando que a felicidade será encontrada em algum lugar,
ou você se entrega e deixa que seu corpo, cansado,
busque apenas respirar até não mais suprir a vida.


Namastê