Autora: Josianne L. Amend (Josilua)
No meio da noite, tomada pelo cansaço,
sou névoa, perdida em pensamentos.
O sono se foi pelos caminhos do mundo
e pareço sem vontade de encontrá-lo.
No teto, arranjos estranhos se formam na madeira,
sombras dançam com a luz e o vento nas árvores.
Meus olhos param e por vezes minha respiração também,
que volta rápido num suspiro intenso e assustado.
O silêncio só é interrompido pelo cachorro irritado,
que volta ao ninho e ao sono tranquilo.
Nesta hora um breve registro da vida se faz presente,
e encaro meu corpo como algo palpável e verossímil.
Volto ao estado de transe e me intoxico nos pensamentos.
Quanto mais eles surgem, o vazio toma conta de mim,
pois que a sensação de impotência perante a vida,
é áspera e inadequada para seguir em frente.
Agarro-me ao travesseiro, esfrego os pés no lençol.
Vejo um pássaro nas formas da madeira e me imagino alçando vôo.
Vejo dois olhos nos nós a me observar com certa malícia
e resolvo sorrir para eles, escondendo meu temor.
Nada geme, nada se ouve...
sou só eu no mundo neste momento,
sentindo como se toda a Terra quisesse me abraçar.
Mas o sentimento de vazio insiste no meu peito com tanta veemência,
que nem todo o Planeta poderia, nesta hora, me libertar.
Olho o relógio e já se passaram três horas de indagações.
Quantas mais estão por vir?
Fecho os olhos e me encolho, abraçando-me com carinho
e nesta hora...adormeço...!
Namastê
No meio da noite, tomada pelo cansaço,
sou névoa, perdida em pensamentos.
O sono se foi pelos caminhos do mundo
e pareço sem vontade de encontrá-lo.
No teto, arranjos estranhos se formam na madeira,
sombras dançam com a luz e o vento nas árvores.
Meus olhos param e por vezes minha respiração também,
que volta rápido num suspiro intenso e assustado.
O silêncio só é interrompido pelo cachorro irritado,
que volta ao ninho e ao sono tranquilo.
Nesta hora um breve registro da vida se faz presente,
e encaro meu corpo como algo palpável e verossímil.
Volto ao estado de transe e me intoxico nos pensamentos.
Quanto mais eles surgem, o vazio toma conta de mim,
pois que a sensação de impotência perante a vida,
é áspera e inadequada para seguir em frente.
Agarro-me ao travesseiro, esfrego os pés no lençol.
Vejo um pássaro nas formas da madeira e me imagino alçando vôo.
Vejo dois olhos nos nós a me observar com certa malícia
e resolvo sorrir para eles, escondendo meu temor.
Nada geme, nada se ouve...
sou só eu no mundo neste momento,
sentindo como se toda a Terra quisesse me abraçar.
Mas o sentimento de vazio insiste no meu peito com tanta veemência,
que nem todo o Planeta poderia, nesta hora, me libertar.
Olho o relógio e já se passaram três horas de indagações.
Quantas mais estão por vir?
Fecho os olhos e me encolho, abraçando-me com carinho
e nesta hora...adormeço...!
Namastê
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