MUITAS PERGUNTAS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Tantas  perguntas navegam em minha mente!

Sei que tem pessoas que não ligam, não se fazem perguntas sobre a vida, o universo, as pessoas. Só vivem o que elas passam no dia-a-dia. Outras, entram de cabeça no mundo do esoterismo, das crenças, da busca pelo entendimento da vida e, algumas vezes, transformam suas vidas completamente.

A pergunta é: - Quem é mais feliz, afinal?

Talvez a resposta seja: "Mais feliz é aquele que faz o que gosta e com prazer. Que acredita no que faz e procura fazer o melhor"!

Tenho assistido programas que comentam sobre a vida das pessoas, filmes que mostram um lado tanto capitalista, quanto esotérico e sempre acabo por me questionar quem são os mais felizes. Alguns tentam unir a religiosidade ao capitalismo usando da credibilidade de uns para enriquecerem.

Não se pode confundir felicidade com esperteza. A felicidade é um sentimento tão intenso dentro de nossa alma, que ao senti-la, todo nosso corpo vibra energia de amor e saúde. A esperteza em enriquecer, achando que com isso será feliz, é pura ilusão. O sorriso é externo e não interno, o sentimento é momentâneo e não sincero. E sempre haverá uma consciência cutucando e perturbando de alguma forma, pois o universo é sábio.

Já ouvi muito a frase: " Nem tanto ao céu, nem tanto à Terra"! O universo procura o equilíbrio em tudo e é isso que a frase quer dizer. Se você vive na Terra é para viver como um terráqueo. Mas, onde estão as regras? Quem as ditou? A isso se chama comunidade ou sociedade. Alguém dita regras para viver em conjunto com os outros, mesmo que você não goste das regras.

Na verdade, seguimos um propósito em nossas vidas: nascer, crescer, sobreviver e morrer. E nossa luta é justamente sobreviver. Isto implica sustento, trabalho, satisfações que muitas vezes vêm através do dinheiro, alimento, vestuário, saúde. Conseguiríamos sobreviver sem algum desses? Sim, sobreviveríamos determinado tempo.

Quem tem tudo e muito, é mais feliz do que aquele que se libertou das coisas materiais e vive com menos? Quem se agarra aos seus bens, tem ciúmes de suas coisas, é mais feliz do que aquele que vive numa cabana, planta sua comida e não se preocupa com shoppings ou estilo de vida?

Quem é mais feliz afinal? Aquele que viaja para a praia, ou quem faz um cruzeiro? Aquele que compra um carrão, ou quem anda de ônibus? Aquele que vive uma vida de regalias, festas e diversões ou quem vive tomando banhos de cachoeira, anda de pé no chão e come fruta da árvore?

Estou falando em ser feliz e não em ter prazeres que te façam se sentir importante. Eis uma grande diferença!

Eu sei que uma pessoa pode fazer tudo isso se tiver dinheiro, mas será que ela quer? Será que ela gosta mesmo disso? Ou será que ela prefere ser paparicada em hotéis cinco estrelas?

Acho que a resposta continua sendo: Mais feliz é aquele que faz o que gosta e com prazer! Sem ser fingido, mas porque gosta realmente.Sem invejar, sem querer projetar-se na vida do outro, sem querer ser mais do que pode ser, sem querer ser invejado. Quem quer ser invejado não consegue alcançar a felicidade verdadeira. Está sempre em busca de se sobressair, não para si mesmo, mas para os outros.

Conheci pessoas que largaram toda uma vida para viver a calma, a tranquilidade e a despreocupação com as coisas materiais e são extremamente felizes. E escolheram lugares abençoados para viver. E nestes lugares encontraram os verdadeiros amigos, pois são pessoas que pensam e vivem como elas e não disputam sua qualidade de vida.

Em contrapartida, conheço pessoas que jamais largarão o que conseguiram, porque encalacraram sua pele junto dos seus bens materiais e não trocam a vida de luxo por uma vida simples. Mas elas são felizes assim. Gostam desse mundo de riqueza e poder.

Seria muito importante as pessoas pararem em algum momento de suas vidas e analisarem como realmente querem viver. E não viver pura e simplesmente como se fizessem parte de uma corrente marítima, onde quem cai na corrente é levado por longos caminhos, exaustivamente, sem ao menos poder observar a sua verdadeira missão nesta vida. Os que conseguem nadar para fora da corrente, quase sempre encontram uma maneira de respirar e descobrir novos mundos.

Pena que muitos só se dão conta no seu leito de morte. Eu te pergunto: - Você é realmente feliz com o que você é, com o que faz, onde mora, com o que trabalha? Você tem medo de nadar contra a corrente para encontrar a felicidade?

Só deve decidir por algo antes que seja tarde demais...

NAMASTÊ!