Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Sinto como se estivesse numa falta de mim mesma, onde o eu acabasse de morrer e o mim se esvaziasse por completo. Como preencher o vazio que sugere a morte dos nossos sentimentos, causando infinita carência de mim?
Onde está aquela que soube amar, que soube lutar, que soube situar-se perante todas as adversidades que a própria vida lhe apresentou? Não pode ter simplesmente se diluído no vazio da existência. Estou carente de mim. Da minha incrível força que sempre sustentou a minha base meio insana.
Procuro pelos sonhos, pela esperança e até na imaginação. Eu devo ter me perdido em algum momento. Talvez num momento de extrema lucidez ou, quem sabe, de insensatez. Não me aborreço por ficar longe de mim em episódios do caminho, já que tem vezes que me canso de mim mesma. "Dar um tempo de mim" é até excitante. Acabo por perceber que erro feio, que causo desgosto e que sofro demais por pequenas coisas. E, nesta hora, posso aprender.
Mas não quero deixar de ser eu, mesmo mudando coisas que me aborrecem, afinal, é para isso que estou aqui. A estrada parece confusa, cheia de interrogações e reticências. Devo continuar a me perseguir, pois o tempo que estou longe de mim já ultrapassa os limites do bom senso.
Sinto falta de dizer não, quando quero realmente dizer. Essa pessoa que fica tentando agradar, não agrada quem mais precisa: eu. E eu tenho falta de mim. Meu silêncio, só eu entendo. Minha vontade de estar só comigo mesma é questionada e incompreendida. Mas é a minha vontade e eu preciso estar comigo para me sentir inteira, protegida e na paz.
Se sou privada da minha companhia posso enlouquecer, pois não conseguirei ouvir meu silêncio e isso afeta a minha estrutura. Por isso, me procuro a todo momento, tentando decifrar a minha inquietude. Tenho carência de mim, principalmente quando o ruído ensurdecedor das multidões insiste em destituir do mundo o conhecimento de nós mesmos.
Minha carência é reestruturada quando me volto a mim mesma, encontrando-me na ilusão e me amando na realidade.
Namastê
Sinto como se estivesse numa falta de mim mesma, onde o eu acabasse de morrer e o mim se esvaziasse por completo. Como preencher o vazio que sugere a morte dos nossos sentimentos, causando infinita carência de mim?
Onde está aquela que soube amar, que soube lutar, que soube situar-se perante todas as adversidades que a própria vida lhe apresentou? Não pode ter simplesmente se diluído no vazio da existência. Estou carente de mim. Da minha incrível força que sempre sustentou a minha base meio insana.
Procuro pelos sonhos, pela esperança e até na imaginação. Eu devo ter me perdido em algum momento. Talvez num momento de extrema lucidez ou, quem sabe, de insensatez. Não me aborreço por ficar longe de mim em episódios do caminho, já que tem vezes que me canso de mim mesma. "Dar um tempo de mim" é até excitante. Acabo por perceber que erro feio, que causo desgosto e que sofro demais por pequenas coisas. E, nesta hora, posso aprender.
Mas não quero deixar de ser eu, mesmo mudando coisas que me aborrecem, afinal, é para isso que estou aqui. A estrada parece confusa, cheia de interrogações e reticências. Devo continuar a me perseguir, pois o tempo que estou longe de mim já ultrapassa os limites do bom senso.
Sinto falta de dizer não, quando quero realmente dizer. Essa pessoa que fica tentando agradar, não agrada quem mais precisa: eu. E eu tenho falta de mim. Meu silêncio, só eu entendo. Minha vontade de estar só comigo mesma é questionada e incompreendida. Mas é a minha vontade e eu preciso estar comigo para me sentir inteira, protegida e na paz.
Se sou privada da minha companhia posso enlouquecer, pois não conseguirei ouvir meu silêncio e isso afeta a minha estrutura. Por isso, me procuro a todo momento, tentando decifrar a minha inquietude. Tenho carência de mim, principalmente quando o ruído ensurdecedor das multidões insiste em destituir do mundo o conhecimento de nós mesmos.
Minha carência é reestruturada quando me volto a mim mesma, encontrando-me na ilusão e me amando na realidade.
Namastê