Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Não é nada fácil trabalhar a forma com que recebemos e aceitamos os sentimentos que vão surgindo em nós, conforme os acontecimentos em nossas vidas. Às vezes, somos pegos de surpresa e todo um trabalho de paciência, resiliência e aceitação são calcados com o descaso e frustrações.
Acontece que não há como ser feliz o tempo todo. O aprendizado se faz quando percebemos nossos deslizes e até impotências perante a vida. Nestas horas, os pensamentos surgem cheios de questionamentos e, se não estivermos preparados, nos entregamos aos delírios nada consideráveis sobre nós. Nos achamos desnecessários ou usados ao extremo, desprezados e sem amor. Parece que o mundo nem olha nossa existência.
Segurar estes sentimentos, sem trabalhar em si a auto-estima, não ajuda. Apenas camufla algo que nos faz sofrer silenciosamente. Pode haver alguém que nos olhe e veja o quanto estamos desanimados, mas normalmente o orgulho toma as rédeas e diz que está tudo sempre bem. E nos calamos e sofremos, mas sem deixar que esta revolta seja percebida.
Este trabalho com o desapego de algumas contradições que sofremos é árduo, até entendermos que cada pessoa tem seu destino e livre arbítrio, e que todos têm direito de escolher se querem ou não fazer parte daquele momento de nossas vidas. Vamos guardando decepções e divergências de opiniões que acabam por extravasar nas horas mais impróprias. Controlar a mente não é nada fácil, ainda mais quando nos deixamos hipnotizar pelas vidas perfeitas e animadas das redes sociais.
Aos poucos e com muita disciplina, precisamos "deixar ir", mas também "deixar vir". Somos almas perambulando e tentando nos conectar com outras almas. Essa conexão pode ou não ser sadia e depende de nós se abraçamos ou não a causa. Há muitas surpresas nas decisões. Podemos tomá-las por obrigação, já que fomos educados assim, ou podemos decidir outros rumos. Em ambos haverá tanto alegria, quanto decepção. Mas como saber se não enfrentar?
Porém, erros ou acertos deverão ser digeridos com sabedoria e não com raiva e orgulho, porque é assim que o trabalho com os sentimentos é feito. Viver em êxtase ou dor é viver a vida. Contudo, se apaziguarmos a fera dentro de nós, pronta a atacar, deixaremos espaço para que a fênix surja, trazendo uma linda transformação carregada de paz interior.
NAMASTÊ
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