Autoea: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Olhe para o céu!
Cheio de estrelas em sua fúria explosiva.
Onde é o céu, afinal? Em cima, embaixo, ao lado? Uma imensidão sem fim, um abismo com vida suficiente para encantar e surpreender.
Seria ele o nada ou o tudo? Palpável ou intangível? Massas flutuantes deslizam num balé ensaiado, rodopiando sem cansar.
Cristais disparados, rochas se cruzando e se violentando em estrondos imperceptíveis. Vemos luz e escuridão, poeira e gases. Uma infinidade de acontecimentos tão próximos e tão longes.
Somos tão pequenos no imensurável. Isso aguça a curiosidade. Onde estarão outros, que como nós buscam algo mais? Como funcionam as regras desta grande lacuna atemporal? O mecanismo é perfeito. Mas algumas engrenagens ainda são incógnitas quanto ao por que de estarem exatamente naquele lugar. É como se tudo se ligasse a tudo e se um simples inexistir fizesse o tudo virar o caos.
Mas numa noite estrelada e enluarada, expandimos algo maior dentro de nós. É como se fosse mais fácil perceber o imperceptível, mas existente. E a expansão, dá força à elasticidade de sentimentos que, numa quase rebeldia se junta ao que ignoramos existir, mas que lá está com todo seu poder e beleza.
Cheio de portas e janelas que se abrem conforme a própria fluência, entram e saem surpresas e o que a nossa capacidade não é capaz de aceitar. Mas lá está o mistério que alenta os sonhos e o romantismo. Somos apenas poeira num deserto sem fim, somos espectadores de nossa própria ilusão, trabalhando o ego para tentar o impossível: ser donos do destino. E o tempo prova que entre ele o espaço não somos nada, além de estrelas em explosão.
NAMASTÊ
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