Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Ah, o outono! Que linda estação!
Eu, particularmente, amo as meias-estações. E hoje começa uma delas, trazendo aquele ar mais fresco.
O outono é um pouco melancólico, já que vemos o despir da natureza. Em compensação, as cores se pronunciam. Gradativamente, a temperatura vai diminuindo e o ar fica mais seco. Alguns pássaros migram e já não ouvimos mais seu canto.
Esta é a época da colheita e das frutas. Só por isto já é encantadora. Feliz daquele que cultiva algo, daquele que come fruta do pé e de quem tem o prazer de ver a frutificação. Acompanhar a natureza em seu ciclo é fantástico.
Mas, para nós humanos, o que causa o outono? Perdemos cabelos e começam os problemas respiratórios por conta da baixa umidade do ar. Porém, ficamos mais românticos, observando lindos pores do sol com céus coloridos. Em alguns lugares, aparecem nevoeiros e tudo fica sinistro, mas magicamente belo. Até o gosto pelas comidas vão modificando e escolhemos aquelas com sabores mais quentes.
Emocionalmente, as mudanças de estações podem nos causar alguns desequilíbrios mentais, o que nos causa um pouco de depressão e mudanças no humor. Mas, olhando pelo lado da beleza que o outono tem, precisamos empatizar com ele nas novas maneiras de viver a vida, trazendo para cada amanhecer uma descoberta de ser feliz com o que se apresenta para nós.
As pessoas se aconchegam mais e conseguem realizar melhor suas atividades. Até a incidência dos raios de sol menores, fazem com que passeios ao ar livre sejam mais regulares. Isto nos inspira a observar melhor a vida, fotografar paisagens mais coloridas e as névoas nos campos. No sentido figurado, outonar significa se encaminhar para a velhice. Não essa velhice que muitos acham poder enganar, mas a velhice da alma. Talvez aquela que nos faça ter mais paciência e controle. Talvez a que nos ensine a observar e desfolhar o que não mais nos pertence. Deixar ir...
Portanto, aproveitemos nosso outono para começarmos um processo de transformação, onde o que já não nos serve seja liberto e entregue com gratidão à natureza. Nos preparemos então para receber o novo, o que poderá nos trazer força e sabedoria, alimentando corpo-mente-espírito com o que nos fará florescer.
NAMASTÊ
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