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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

CARÊNCIA VAMPÍRICA

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Em um ou outro momento, todos nós nos sentimos carentes. Carentes de uma boa conversa, de fazer algo diferente e divertido com quem amamos, daquele abraço que diz tudo que precisamos. Como regra geral, somos seres necessitados de companhia, sempre dando um jeitinho de nos relacionar ou buscarmos interação com alguém.

O problema não é o que acontece ao nosso redor, mas dentro de nós. Quando as relações são amorosas,  podemos ter um equilíbrio nos próprios sentimentos. Mas nem sempre o que recebemos nos satisfaz. Mesmo os outros nos dando a atenção que conseguem, alguns simplesmente querem mais e mais. É nesta hora que entra a carência vampírica. Ela pode existir em pais e filhos, casais, amigos e todo tipo de relação mais íntima. 

Essa carência é desgastante para aqueles que vivem com o carente. Suga energia e nunca o tempo que se está com eles é suficiente. Essas pessoas não entendem o que é qualidade e focam na quantidade de afeto. Parece que lhes falta um bom senso em entender que cada um tem afazeres, outras amizades e suas próprias vidas. Mas, que no momento oportuno, poderão ter o melhor carinho de quem amam.

A carência vampírica ataca pessoas que nunca estão satisfeitas. Sempre arrumam uma maneira de fazer com que os outros se sintam culpados por não estarem dando toda a atenção que gostariam de ter. Isto acaba minando relações que se tornam pesadas e até artificiais. Conhecemos muitas pessoas que acabam depressivas por não se amarem e não entenderem que só seremos felizes se deixarmos os outros poderem ser eles mesmos, demostrando seu amor quando estiverem dispostos a isso.

Tudo que é forçado nesta vida acaba como um fardo. E ninguém aprecia pesos. Obviamente, precisamos nos dar conta, também,  de abraçar,  acariciar e ouvir quem está precisando. A paciência é uma virtude. Meias relações não são sadias. Ignorar sentimentos e pedidos de socorro nos petrifica o coração. Às vezes, é importante parar e olhar para quem demonstra com gestos ou o olhar que quer amor. 

Portanto, para quem se sente carente, talvez buscar amor em outras paragens pode ser uma saída. Lembrarmos de antigos amigos, parentes que não nos falamos a tempos, pode ser um veículo de aliviarmos a pressão da carência. O que é preciso e necessário é seguir em frente, animar a alma com o auto-carinho, realizando, inventando e construindo opções para uma vida mais saudável.

Desnecessário é sugar a vitalidade de outro ser humano, porque não damos importância à nossa própria energia. Criamos carmas e inventamos relacionamentos frustrantes, afastando as pessoas, pois ninguém gosta de ser sufocado. Amamos respirar e poder ser o que de melhor tem em nós. Que sejamos maduros o suficiente para deixar as outras almas fluirem seu amor e sermos grandiosos para recebê -lo sem medir sua intensidade.

NAMASTÊ 

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