Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Quem decide ter um filho precisa ter em mente a transformação não só física, mas também mental, social e emocional que terá. Normalmente, não se dá conta, até segurar seu filho nos braços, do tamanho do amor e da responsabilidade que isto implica.
Excluindo as mulheres que dão à luz sem se dar conta disso ou que são obrigadas, e as que desdenham a criança, as mães conscientes de seu desejo têm diversos sentimentos que, muitas vezes, são confusos para elas. Quando sentem medo, podem ficar depressivas, sem saber como agir. É um bom momento para familiares as acolherem e ajudarem.
Quando se fala em maternidade, precisamos entender toda a extensão de mudanças que precisam ser avaliadas. A compreensão do companheiro, quando ele existe, é fundamental. Para ser mãe, precisamos estar preparadas para perder amigos, liberdade e a vida social, principalmente no início, quando a criança necessita de toda a atenção.
A mãe é a mulher que fica a maior parte do tempo com os filhos e seu coração precisa estar pronto para receber tanto as alegrias, quanto as preocupações. Para isso, é muito importante ela buscar o equilíbrio emocional de alguma forma, como uma terapia, um hobbie ou praticando uma atividade fisica. Isto a fará existir no mundo e cuidar de si e da sua vida também, pois um filho absorve muita energia.
Mães precisam aprender a delegar tarefas e pedir ajuda das pessoas ao seu redor, principalmente quando precisam de um tempo para se refazerem. Não há como educar um filho quando não se tem o mínimo de forças, equilíbrio mental e muito menos paciência. Isto pode vir a causar sérios danos nas relações mãe-filhos.
Uma mãe feliz e que trata bem seus filhos, não é aquela que tem os filhos perfeitos, pois ela precisa ter consciência que isso não existe. Mas, pode ser aquela que sabe separar a vida profissional, financeira e amorosa da vida materna. Obviamente, quando os filhos vão crescendo e tendo mais maturidade, as mães podem incluí-los nos assuntos familiares, mas não devem transferir, nem sobrecarregá-los do que eles não podem consertar, pois cada idade já têm suas próprias crises para enfrentar.
As mães enfrentam a dura tarefa de libertar seus filhos para o mundo. Depois de tê-los como algo só seu, precisam aprender que eles necessitam de espaço, caso contrário não aprenderão a voar e elas prejudicarão esse aprendizado. Isto se inicia já dentro de casa, onde aprendem a se servir quando têm fome, a se limpar, quando se sentem sujos, a ter um momento só seu, quando se fecham nos quartos. Aos poucos, se esta liberdade for aprendida, eles saberão se comportar no mundo. Precisamos observar a natureza e aprender com os animais.
E, para finalizar este texto, lembramos que todos têm direito à vida e aproveitá-la, direito a erros e às descobertas de como queremos conduzir nossas vidas. Bons conselhos, ambientes equilibrados e muito amor são ingredientes fundamentais para que as mães possam, um dia, observar seu trabalho e terem orgulho de si. Caminhos são escolhidos. Mães podem orientar, mostrar e aconselhar, mas cada ser humano vêm para ter suas próprias aventuras, acertos ou erros, decepções e alegrias e não há muito mais o que se fazer, a não ser deixar voar...
NAMASTÊ
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