O MEDO E OS PORTAIS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

E se, de repente, abrisse um portal para outra dimensão,  com outra vida, você se candidataria para entrar no túnel, deixando tudo para trás e iniciar um novo ciclo?

Neste local existe trabalho, mas distribuído de forma digna e justa, onde não há salário. Todos trabalham para o bem comum, com casas iguais, alimento farto e descanso em locais limpos e lindos. Ou quem sabe, o portal levaria para um outro planeta, com seres diferentes, com os quais você deveria se ajustar.

O medo da morte consiste em duas coisas:
Desapego: deixar tudo para trás, desde pessoas até o material. Coisas que nos dedicamos, arrumamos, deixamos a nossa cara, para ser usado, dividido ou jogado fora.
O Desconhecido: não querer desaparecer, ser esquecido, ir para algum lugar sinistro e pagar por erros cometidos.

Mas, voltando ao início,  se pudesse ver o outro lado, você ainda assim se apegaria ao aqui e agora, ou se colocaria na fila para atravessar o portal, sem se preocupar com o que fica e deixa? Queremos o melhor para nós sempre, mas decidir por uma nova vida, mesmo que seja mais vantajosa é uma difícil decisão por causa do famoso apego. Talvez, se os que amamos fossem juntos, ficaria mais fácil iniciar a incógnita jornada.

Alguns de nós não suportam a própria carga de suas vidas e buscam o livramento antes do destino marcado, crendo que tudo será amenizado. Li num livro, onde um guia espiritual informa que temos uma visão equivocada da morte. A morte acontece justamente quando nos esquecemos realmente de quem somos. Que na passagem para outra dimensão lembraremos nossa identidade e aí sim, estaremos vivos.

Falamos tanto em portais que se abrem e muitos nem entendem o que isso significa. É toda uma combinação de energias e eventos que abrem conexões com outras dimensões. Quem lê e assiste documentários sabe que estes assuntos são alvos de estudos científicos e já foram confirmados. Existem mesmo portais em diversos locais do mundo. Algumas pessoas, inclusive, já desapareceram e nunca mais voltaram.

Talvez pelo medo do desconhecido, muitos não querem se informar sobre todos os mistérios que estão sendo revelados. Mas eu sempre me senti magnetizada por tudo que precisa ser melhor explicado. Fato é que Shakespeare já sentia dentro de si que " há mais mistérios entre o céu e a terra, do que possa imaginar nossa vã filosofia".

E, assim como tem os que dão de ombros e riem de tudo que não podem explicar,  a tribo curiosa está cada vez maior, buscando, se unindo e investigando. Seria isso um chamado interior para quem quiser ouvir e trabalhar seu próprio despertar? Talvez, mas enquanto isso, vamos vivendo dia a dia, esperando ou procurando um meio de termos a coragem ou o acaso de entrarmos em algum portal. E que possamos encontrar nossos entes queridos novamente e "viver" talvez, a real realidade.

NAMASTÊ 

INTOLERÂNCIAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tenho visto nos jornais, diversos casos de pessoas morrendo estupidamente, vítimas da intolerância alheia. Fiquei pensando sobre isso, sobre o mundo, as pessoas, a pandemia que passamos e parece que nada foi aprendido. Ao contrário, parece que algo maligno penetrou o coração de alguns e os transformou em seres sem nenhuma paciência e tolerância.

O mundo passa por crises de fome, guerra, pobreza, doenças, crimes e, mesmo assim, o ser humano não se une, não busca ajudar e tentar fazer algo para tornar este mundo um pouco melhor. Brigas por discriminações, bullyings, times de futebol, vagas de estacionamento, descaso com atendimento a doentes e, ao mesmo tempo, impaciência pela vez de atendimento, não se satisfazer com o que tem e divergência de opiniões são alguns, dos muitos motivos que causam brigas. Qual seria a razão disto tudo? Seria egoísmo, educação, falta de vergonha na cara ou de amor no coração? Estariam as pessoas desacreditadas desse amor, por conta da sua própria ganância e inatividade?

O desespero acaba provocando atos errados, mas nada justifica a falta de compaixão, de raciocinar e definir nossas vidas, sem destruir outras. A arrogância chegou num ponto tal, que pedir desculpas ou ceder a vez é ser humilhado. Estamos caminhando para o caos, definitivamente.

Eu acredito em Deus e me ajoelho a fim de ajudar a minha alma, quando em desespero. Também agradeço todas as manhãs o meu dia e busco aliviar meus anseios através da oração e da fé. Seja lá como cada um faz para poder ter paz, faça-o com mais frequência.  Eleve seus pensamentos e entenda a energia que te enlaça. Quando tiveres seu autoconhecimento, poderá saber o que está te deixando irritado, infeliz ou desanimado.

Cada pessoa que trata mal outra, causa  no universo uma sequência de efeitos em cadeia e esta vibração atinge muitas pessoas. Precisamos ser aqueles que têm tanto amor no coração, que ao chegar em nós essa vibração,  ela transmute e siga com outro intuito. Não importa se nos chamam de idiotas por não reagirmos. Se estivermos verdadeiramente preparados, o que temos dentro de nós é tão grande que a paz e o consolo se fazem através do amor. Revidar é tão pequeno, fazer o outro sofrer é tão imoral! A pessoa infeliz, que não se aceita é que tem essas atitudes, achando que isso funciona como auto-estima. Porém, ela nunca encontra a felicidade e a paz e isso só cresce, caso não se perceba.

Portanto, você que lê este texto hoje, busque refletir sobre seus atos e como tem tratado as pessoas que estão ao seu redor ou até aquelas, que sem querer cruzam seu caminho. É melhor voltar para seu aconchego com a certeza do crescimento interior, do que passar a vida incomodado com seus erros. O mundo não precisa seguir em direção ao terror, pois temos um planeta incrivelmente lindo, onde podemos florescer juntos, lutando sim pela vida feliz, sem ferir nada, nem ninguém. Aprendamos a agradecer, a doar, a ser gentis, a ter o que a nós compete pelo nosso trabalho. Quem sabe assim, nosso travesseiro comece a ser mais confortável à noite.

NAMASTÊ 

O SEGREDO DE VIVER

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não sei onde eu estava antes de chegar aqui. Não sei se tinha luz ou era escuridão.  Não sei se tinha cachoeiras e rios ou um amontoado de ossos e carnes apodrecidas. Não há em mim nenhuma lembrança. E se há, devo ter um compartimento secreto, fechado a cadeado, esperando que eu passe algumas fases para ele se abrir.

Isso me irrita um pouco, essa maneira de sermos convocados a participar de experiências,  ensinamentos ou seja lá o que queiram denominar isso. Devíamos saber algo, darem uma dica ao menos do que representamos para as pessoas que fazem conosco, um jogo de xadrez. Estaria isso embutido em nossas entranhas, conspirando a todo momento contra nós? Esforçamo-nos tanto, para então sermos julgados e subjulgados. A loucura talvez seja o estágio em que quase desvendamos tudo.

É um mundo cheio de ignorância e maldade, de pessoas egoístas e sem escrúpulos. Não sou melhor que ninguém, mas não destruo, machuco ou atrapalho a vida dos outros. Busco viver, se viver é enfrentar os desafios que nos são impostos a cada dia, a cada etapa de nossas vidas. Algumas comédias ou dramas, terror e até romances. Tudo o que precisamos é estar vivos e o espetáculo abre as cortinas para nós.

E o que é isso, então, cujo amor se vê enlaçado nas garras afiadas da injustiça ou do abandono? Precisamos erguer a cabeça e sair saltitando,  com sorrisos externos, mas moídos por dentro, dizendo que acreditamos no amanhã. Procriamos, mas precisamos libertar. Amamos, mas precisamos libertar. E os únicos encarcerados somos nós  mesmos, dentro das incertezas e da solidão.

Monstros, anjos e demônios escondidos em suas máscaras cruzam por nós. Sem saber, sorrimos para desajustados, ignoramos os sábios. Muitos acabam pagando por sua bondade, outros morrendo por acreditarem. A justiça é, da mesma forma, patética e, por causa disso, o mundo se transforma em um lugar perigoso.

Dia após dia esperamos pela nossa morte, sem saber como será, rezando para que haja ao menos a sorte de compreender este momento. E querendo acreditar que iremos voltar para algum lugar lindo, cheio de compaixão e que nos faça, finalmente, ter um cheque mate.

NAMASTÊ 

ENVELHECER COM ORGULHO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Ao chegar numa certa idade,  não nos sentimos tão confiantes quanto a nós. É mentira quando dizemos que não nos importamos ou que aceitamos plenamente as mudanças no corpo. Afinal, perdemos cabelo, engordamos, a pele fica flácida e até o formato do rosto modifica. Isso acontece com todos, mas alguns conseguem mascarar com muita dieta, exercícios e até cirurgias. Lembrando que estas últimas, às vezes não melhoram, mas descaracterizam, principalmente, os rostos. Alguns mudam tanto, que perdem sua essência. 

Encontrar um ex-amigo ou namorado pode nos deixar desconsertados, tímidos e nada confiantes, se a vida nos foi ingrata, exigindo demais do nosso corpo. Sim, porque temos que lembrar que nossos sentimentos, problemas, doenças e esforços são motivos para termos mais rugas, dores, gorduras corporais e mudanças no corpo. Mas também precisamos lembrar que o tempo passa para todos e não só para nós.

Precisamos ter em mente que só o fato de chegarmos numa idade avançada, já é uma dádiva. Tanto alguns homens  como mulheres parecem ficar ainda mais charmosos, quando se assumem na idade em que se encontram. Outros, de tantos enfeites e remédios para tentar burlar a idade, acabam piores do que poderiam ser, se apenas se aceitassem. E muito disto tudo está em nossa cabeça,  com a forma que deixamos nos afetar pela mídia e como aceitamos ou não o tempo.

Não devemos julgar o velho amigo ou companheiro por estar tão diferente. A vida dele pode ter sido mais difícil,  triste ou complicada que a nossa. E devemos tentar, ao menos, ser mais sábios,  ao ponto de olharmos também com o coração e não só com os olhos físicos, buscando o que nos fez sermos amigos ou ter uma relação com aquela pessoa. Provavelmente, ela tem ainda dentro de si o que nos chamou a atenção. Talvez tenha melhorado ou até piorado no caráter,  infelizmente.

Com tudo isso, só nos lembramos que já temos tal idade, quando as dores chegam e os jovens nos chamam de tio ou avô. Sem isso, nos sentimos ainda vivos, buscando mais lentamente, nosso lugar no mundo, aproveitando o que podemos, com a companhia que escolhemos ou simplesmente solitários. Às vezes, esquecemos o tempo e nos aventuramos, sem muito juízo, em destinos que possam ainda trazer o prazer de estarmos vívidos. E quanto mais medo temos de envelhecer, mais sofrida e penosa se torna a vida. Nos tornamos rudes, arrogantes e intragáveis. Nada nos alegra.

Envelhecer faz parte de um ciclo. O ciclo de toda a natureza. E julgar alguém pela sua idade é desrespeito não só ao idoso, mas ao seu próprio futuro,  se é que terá a oportunidade de ver a vida com tais olhos.

Namastê 

CORAÇÃO SOLITÁRIO

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

 Tantas vezes tentei...

Tentei amar,
Tentei entender,
Tentei ajudar.

Muitas vezes busquei,
Busquei compreender,
Busquei presença,
Busquei soluções.

Algumas vezes me recolhi,
Me recolhi na tristeza,
Me recolhi na dor e até
Me recolhi nas vontades.

Achei que na vida encontraria,
Encontraria a felicidade,
Encontraria o carinho,
Encontraria compaixão.

Mas a vida passou,
Meu momento se foi.
E tudo que tentei, busquei, escondi e me pus a encontrar,
Não era para mim. Foi dado a outro.

Fui castigada, magoada, deixada de lado.
Ouvi palavras duras que rasgaram minh'alma.
Fui mal interpretada e até usada.
Fiz pessoas crescerem e se libertarem, quando eu fui aprisionada na minha própria vida.

Agora, meus sonhos são a minha verdadeira vida. Quando durmo, eu vivo. Lá, as pessoas se encontram, riem sendo verdadeiras e eu viajo, passeio, encontro lugares incríveis. E o melhor, é que ninguém me fere, nem julga, nem me culpa por suas vidas e suas loucuras.

NAMASTÊ 

A CARÊNCIA E AS AMIZADES

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Algumas pessoas parecem gostar de você, mas no fundo elas precisam do que você dá a elas. Repare que se você é sempre presente, elogiando e se interessando pela vida desta pessoa, ela se mostra sua amiga. Mas, se você se afastar ou disser uma verdade que ela não está pronta a ouvir, ela deixará de te procurar ou estar por perto.

Essas pessoas precisam daquelas que estão constantemente "puxando o saco" e elogiando suas atitudes. O problema é justamente essa relação sugadora e meio nociva, já que tanto uma, quanto outra se beneficiam das bajulações, achando que formam laços cheios de beleza. Mas é uma falsa amizade, pois apenas depende do que enaltece o ego.

Enquanto as duas vêem a outra como uma platéia pronta a aplaudir qualquer coisa, então está tudo bem. Acontece que em algum momento, uma delas tirará a máscara e se mostrará na real, surpreendendo quem vivia a protegendo. A mais fraca desmonta ou também acaba usando o orgulho como proteção. E o que era lindo, se transforma numa real situação da humanidade que é a disputa de poder.

Infelizmente, estamos propensos a ser um ou outro, dependendo da necessidade de auto-estima ou carência afetiva. Nem nos damos conta quando entramos em tais relacionamentos. O carente quer ser amado pelo influenciador que, de alguma forma, quer chamar a atenção para si. Na verdade, ambos tem carência e se satisfazem pelos confetes um do outro.

Enquanto essa relação fica nisso, até pode ser levada numa certa tranquilidade. O problema é quando um dos lados resolve evoluir e sai de toda essa doçura,  buscando um mundo mais real. Literalmente, a corda arrebenta e acaba afetando a outra parte. É daí que vem a agressividade, transformada em vingança,  orgulho e mesquinhez. Precisamos ser honestos conosco e parar de querer que o mundo se jogue a nossos pés ou que todos gostem de nós. Afinidades existem, mas são alicerçadas em respeito, verdade e amor. Quem não está pronto a não ser aplaudido, tem receio de subir no palco. Sua vida ficará restrita às cochias, onde poderá observar e ser aquele que aplaude e beija os pés do ator. Mas não precisa ser assim. Pode haver uma multidão que te aplaude, mas amanhã já te esqueceu. Ou uma única pessoa que sempre estará contigo.

Todos temos capacidade de amar e sermos amados. De aplaudir e sermos aplaudidos. Não importa se por uma grande atitude ou um pequeno gesto, tudo movimenta o universo. Mas enriqueçamos nossas vidas o suficiente, para que os verdadeiros amigos estejam sempre ao nosso lado. Nos dias de sol ou chuva, no bom ou no mau humor. 

NAMASTÊ 

TUDO É EQUILIBRIO! ATÉ O FRIO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Vamos falar do frio, do ar gelado, do nariz escorrendo, do corpo contraído,  da dor nas costas, das mãos congeladas, da grama umedecida,  dos vidros embaçados e do sumiço dos passarinhos.

Vamos falar da beleza das manhãs,  onde o sol brilha sem ser abrasador, onde o ar denso e frio inunda os pulmões, onde as árvores se enchem de frutas da época.

Tudo tem a beleza do equilíbrio, se soubermos sentir e enxergar. Resta abrirmos a mente e vivermos cada ciclo com o que ele nos oferece, aproveitando para as novas idéias e atitudes que possam ajudar de alguma forma, alguém.

Nosso corpo sofre com as alterações do clima, mas aos poucos vamos nos adaptando. E, com isso, a beleza de cada estação nos traz a diversidade de comidas, passeios e idéias.

Estamos no outono, mas com jeitinho de inverno. O corpo pede alimentos quentes como o café e a sopa, o nosso pinhão na chapa, o bolinho de fubá, o pão feito em casa, as fogueiras ou lareiras, os cobertores mais pesados, as luvas e polainas. Particularmente, adoro tudo isso! É mais difícil se mexer, mas é tão satisfatório ganhar um abraço ou se enrolar num cobertor e ficar a mercê do próprio calor.

Quem ama a vida, faz dela um laboratório de pesquisas e aprendizado. Sempre está grato e tenta ver beleza no simples. Obviamente, sem ser muito otimista, existe a tristeza e a dor no frio. Mas o calor humano, caso exista em nós,  pode ajudar  a esquentar corações.

NAMASTÊ 

O CAFÉ QUENTINHO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Que bebida é essa que nos faz acordar com vontade de tomá-la? Nem todos apreciam, mas no ocidente é o elixir do bom dia. O cheiro do café sendo preparado, penetra no cérebro e deve provocar a liberação de hormônios de satisfação,  pois quem não gosta de levantar e ingerir seu café quentinho?

Nosso olfato é um dos sentidos mais importante para conscientizar o cérebro de algum prazer. E o café quentinho, sem dúvida, é uma forma solitária ou conjunta deste prazer. Para nós, que vivemos numa cidade onde o outono/inverno é rigoroso, fica ainda melhor esta bebida.

Aproveitando para esquentar as mãos,  seguramos a xícara de café entre elas, observando o dançar suave da fumaça que evapora. E a gente não quer que acabe, principalmente quando acertamos o ponto do sabor. Vamos bebericando e saboreando.
O café é o que aguça a vontade de começar o dia. Talvez porque seja uma bebida estimulante. Conheço muita gente que não gosta nem de falar, se não tiver tomado seu café.  É um ritual para a vida de muitas pessoas.

Talvez seja uma bebida sagrada e que, além de suas propriedades terapêuticas, sirva para unir pessoas, que saem cedo de casa e se sentam nos botecos para beber seu "pingado". É um mar de fumacinhas nos copos de vidro. Algumas notas ou moedas em cima do balcão e a vida começa com esperança.

Talvez você aproveite seu café para ler este texto e perceba a importância deste ritual da manhã. Não acorde de mau humor e nem tome seu café triste ou depressivo. Sinta o cheiro, encha o cérebro de prazer e coloque sua armadura de paz e luz, indo em busca do que chamamos prosperidade.

NAMASTÊ 

DESPERTAR DIVINO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Acordei e vi um dia claro. Levantei e fui lá fora. O ar muito fresco do outono e um céu azul me faz pensar na vida, nos que amo. Vou preparar meu café e percebo que o silêncio da manhã é quebrado pelo canto dos pássaros. Sou abençoada! É isto que sinto.

Contemplo meu jardim com a xícara de café nas mãos e meu coração se pergunta por quanto tempo. A razão me diz que pelo tempo que assinalei no calendário. Tic-tac, tic-tac! Falar consigo mesmo, nos faz despertar para dimensões diferentes. Seriam imagens, sonhos, loucuras ou a consciência interior?

Pouco importa agora determinar, apenas quero contemplar. Seja lá o que somos e o que viemos fazer, busco andar sob os trilhos, cujo caminho, me mostrarão uma estrada, seja ela de tijolos amarelos ou de pedras brutas. Nem sempre o mais belo te leva ao melhor. Mas conhecer o que existe fora de mim é, de certa forma, motivador e empolgante.

O vento do outono bate nos galhos da árvore e os vejo dançar para mim. Meu sino de vento acompanha o ritmo. Começo a pensar no que farei neste novo dia que se inicia. Minhas lembranças me remetem aos lugares incríveis que visitei. Quisera poder me teletransportar.

A meia estação nos arranca da loucura e nos faz pousar nos sonhos. Nos afaga o coração de tal forma, que ele se sente determinado a amar sem questionar nada. Só amar! E essa energia aquece o peito de tal forma, que o frio ou gelo que sentimos do clima ou das pessoas não nos afeta. Somos luz!

Um avião tem sua rota definida ao passar acima da minha casa. Lá se vão pessoas para seus destinos, com suas vidas recheadas de sonhos e esperanças. E apesar de não estar sentada numa poltrona a tantos metros de altura, busco praticar essa esperança de sonhar sempre com um mundo melhor. Pois o tic-tac não pára no relógio cósmico e a libertação da carne será mais fácil se eu souber que o que plantei poderá ser colhido com sabor pelos que continuarem aqui.

Meu café terminou, mas meus sonhos não. Agora é unir o que tem de melhor em mim para distribuir aos que ainda precisam despertar a gratidão,  ensinando-os a olhar seu próprio mundo com mais beleza.

NAMASTÊ 

CORREÇÕES DEMAIS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Como somos inseguros! Diariamente, passamos muitos minutos nos olhando em espelhos, nos vidros das lojas e nos comparando a alguém que chama nossa atenção. Para os mais preocupados com o corpo e a vaidade, isso é uma rotina. Estão sempre atrás de espaços para mudar algo, seja pele, cabelo, partes do corpo. Não se importam com valores, pois o motivo é o destaque.

Essa indústria se abastece da insegurança e ganha rios de dinheiro. A vaidade é importante até certo ponto, quando buscamos estar limpos e aparentemente satisfeitos conosco, nossa vida, nosso jeito de ser. O exagero é que é preocupante. Pode ser indícios de transtornos, como o da própria imagem. Algumas pessoas nunca estão felizes consigo mesmas e acabam realizando procedimentos demais. O que elas não percebem é que se tornam "franksteins" da vida, enchendo seus corpos de substâncias ou enxertos, tirando o seu verdadeiro Eu. Ficam transformadas e às vezes, nem se dão conta do quanto eram lindas.

Seria certo passar a vida querendo corrigir o corpo ou tentar combater a velhice? Ou seria mais feliz a pessoa que se aceita, tem auto-estima e confiança não só no que aparenta, mas no que é em personalidade, caráter e ser espiritual. Quem está criticando este posicionamento, busque a vida da maravilhosa atriz Sophia Loren. Ela poderia estar deformada, mas aceitou sua estrela e ainda hoje, na sua idade, continua formosa e bela.

Não tiramos a razão das pessoas quererem se arrumar, ficarem bonitas. Isso é sadio para a vida. O exagero é que se torna doentio. E algumas nem percebem isso.

O assunto traz transtornos reais de imagem, de alimentação,  depressão, melancolia e outros. Precisamos aprender que somos únicos, de uma ou outra forma e que jamais agradaremos a todos. E que merecemos mais do que alguém que só olhe para o invólucro. O presente pode vir cheio de laços e papel brilhante, mas estamos interessados mesmo é no que tem dentro da caixa. Então,  porque não somos assim com as pessoas?

As surpresas são muitas ao buscar só beleza, força,  músculos. Precisamos tratar o que tem dentro de nós,  caso contrário nos transformaremos em pessoas cheias de purpurinas, mas ocas ou deterioradas por dentro. E como a beleza interior transforma a imagem externa! Basta deixarmos de ser intragáveis, para começarmos a sorrir e acolher. Se amar, é um processo difícil num mundo tão cobrador e com julgamentos fúteis. Mas temos que honrar quem realmente somos.

NAMASTÊ 

A FORÇA DO CORAÇÃO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Que órgão maravilhoso é o coração! Já na quinta semana de gestação ele é formado e o bebê precisa da mãe para oxigenar seu corpo. Essa ligação perdurará, restando para ambos alimentar suas vidas com amor, já que estamos falando da energia do chakra coronário (https://youtu.be/NKLFVSJN8rA).

Mas não estamos só falando desta relação mãe-filho. Queremos que o coração da mãe Terra se conecte aos seus filhos para que o amor universal se fortaleça cada vez mais. Para isso, uma oração do amor pode ser feita em condições de ternura, vontade e fé.

" Meu coração querido, sinto você bater em mim. Sinto você querer me guiar, para que eu seja mais amor. Perdoe se muitas vezes não uso esta energia para resolver as questões da minha vida. E sei que isto nos faz chorar e o peito doer. Você adoece e fraqueja por minha culpa, minha irresponsabilidade. Mas isto acaba me consumindo, não sabendo lidar com a consciência.

Que tua força e energia tenham espaço para crescer em mim. Sei que isto acontece quando deixo as portas abertas para que me ame mais. Às vezes, me sinto só, perdido e desamparado perante as adversidades da vida. E tu ficas apertado, a energia se contrai e não consigo respirar direito. Meu medo é suficiente para te desequilibrar. Perdoe minha falta de bom senso em permitir que minha mente te ofusque e meus pensamentos sejam algozes para prender-me num mar de fúria, ao invés de me deixar levar pela onda fresca e amorosa da tua energia.

Coração querido, que tanta importância tem em minha vida! Quero aprender a te respeitar e te deixar trabalhar na perfeição, para que eu me conscientize desse poder de cura, de fortalecimento e de amor por mim, pela minha vida e as pessoas do meu caminho. Para tanto, vou colocar minhas mãos agora sobre ti, pedindo à força universal que me ajude a me relacionar melhor contigo. Através da luz divina Rosa e verde do amor, eu te abençôo para que daqui para frente eu inicie uma nova etapa, profetizando em mim a beleza de amar incondicionalmente. E  que eu aprenda a cuidar de você, para que você cuide sempre de mim".

Que assim seja, assim é,  assim será!

NAMASTÊ 

MÃES PELO MUNDO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Já pararam para pensar como são as mães em cada parte do mundo? Existem tantos tipos de mães, que fica complicado falar de todas. Mães de ricos e de pobres, de políticos e anarquistas, de assassinos e religiosos, de artistas e palhaços,  de empresários e de empregados, de adotados e andarilhos e por aí vai.

Em minhas viagens, normalmente para países exóticos,  encontrei algumas que me fizeram rir e chorar. Uma, em especial, foi na Índia, onde não pude segurar as lágrimas e, dentro de um trem a vi perto dos trilhos sentada, amamentando seu bebê nos braços e, ao seu redor, mais três crianças pequeninas, todas virando o lixo atrás de comida. A cena feriu meu coração, pois é muita injustiça e fome na Terra. Em contrapartida, vi também mães passeando com seus filhos em templos e brincando com os esquilos que são muito presentes nos locais. Isso me fez sorrir.

Já na Bolívia, vi as mães carregando seus filhinhos enrolados em panos coloridos nas costas, bem presos a elas, muitas vezes dormindo, enquanto elas trabalhavam nas feiras. Elas fazem tudo,  mas cuidam dos pequenos. E os bebês ficam seguros, sabendo que estão pertinho delas. É muito amor!

E assim, vi em diversas partes do mundo, as maneiras que cada mãe cuida dos pequeninos. Também percebi filhos amorosos e já adultos, acolhendo suas mães, ajudando-as a caminhar. Esta união familiar é a maior missão que temos na Terra. Ela nos faz aprender a evolução espiritual, fisica e mental. Cuidar da mãe é uma troca de atribuição muito importante e que nos faz mais leves depois da partida delas.

Em cada lugar, as mães têm história, educações e oportunidades diferentes. Umas se tornam ríspidas, outras amorosas, algumas infelizes. Mas cabe aos filhos aconchegá-las de forma que todo seu passado possa ser modificado com suas presenças. Por isso, é uma missão, uma tarefa de todos.

E, ao terminar este texto, quero homenagear à mãe indiana e a boliviana que reresentam para mim as mães mais fortes que conheci, pois, apesar do desespero e da dor, do trabalho e do peso, não abandonaram seus filhos e sua missão, sendo um exemplo para todas e um símbolo da maternidade.

NAMASTÊ 

AS MÃES E O MEDO DE ERRAR

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

As mães vivem com um peso enorme em suas vidas. São as duras perguntas que ficam bombando na mente: " onde foi que que eu errei"? "será que estou certa"? Ninguém percebe, mas isso é causa de muita ansiedade perante a missão de mãe.

Todas as mães querem acertar, querem se orgulhar de seus filhos e de si mesmas. Infelizmente, nesta relação nem sempre tudo são flores. Existe muita intensidade, divergências de opiniões e o famoso despertar para as descobertas do mundo. Diferente de outrora, as crianças estão cada vez mais espertas, atentas e cheias de pontos de vista. A mídia facilita o amadurecimento precoce, as escolas estão mais liberais e tudo se resume em libertação.

Como no início os filhos são agarrados aos pais, fica difícil entender e aceitar a fase em que começam a voar. É como se o coração quisesse segurar e atar as mãos deles, evitando perigos e toda a maldade do mundo.  Mas as mães precisam se preparar para este momento, pois serão obrigadas a desatar os nós. E torcer para que seu amor, seu carinho e conselhos tenham sido ouvidos, entendidos e levados dentro deles para os momentos confusos, importantes e decisivos que forem enfrentar.

Não há como fugir desta sorte e, bendita será a vida da mãe que tiver a oportunidade de passar por tudo isto, vendo seus filhos desabrochar. Elas não devem se culpar se estiveram presentes, orientando, ajudando e ensinando. Acontece que no meio de tudo isto estão os amigos, a índole e a missão espiritual. Uns se saem muito bem, outros nem tanto.

As mães têm que lidar com seu próprio ego e o medo dos julgamentos. Entretanto, julgar a vida dos outros é fácil, quando não se vive toda a bagagem daquela vida. O que todos precisam entender é que as mães necessitam de um tempo para si, seja para se cuidarem, para se divertirem, viajarem ou qualquer coisa que as faça reestruturar suas forças e energia. E que os filhos aprendam a respeitá-las e seus momentos, pois elas também são seres humanos que precisam ser amadas. E se eles soubessem que é só isso que elas precisam, elas poderiam tirar dos seus ombros o peso das incertezas. 

As mães pecam por excesso e falta de cuidados. Mas onde estaria a régua que mede onde começar e até onde ir? Que papel difícil é o da mãe,  principalmente porque não tem manual de instrução, sendo a própria vida quem escreve os itens das normas a serem seguidas. E elas têm que saber aprender a ler, caso contrário seus frutos cairão da árvore antes do tempo.

NAMASTÊ 

MÃES DA VIDA E ESPIRITUAIS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Entendemos por mãe aquela que gera um filho no ventre. Mas, muitas vezes, apesar de parirem, não aceitam ou não podem criar a criança. Servem apenas como um instrumento, a fim de entregar seu filho para alguém que realmente queira adotar uma criança. Estas são as pessoas que se transformam em mães por missão divina. Recebem em suas vidas as crianças abandonadas por irresponsabilidade, morte ou incapacidade.

Benditas sejam as pessoas que acolhem os filhos da vida! Já é difícil criar alguém que tem nosso sangue nas veias, imaginem não ter idéia da árvore genealógica desta criança. Felizmente, essas pessoas de grande coração as acolhem como verdadeiros filhos e assim deve ser. Pois se responsabilizar em dar a um ser humano esperança e depois não cumprir é um grande problema.

Existem hoje tanto mulheres, quanto alguns casais gays, que se transformam em mães por ocasião,  vontade e amor. São mães colocadas no caminho de seres apenas gerados por um ventre, mas que serão criados, amados e educados pelas mães da vida.

Também existem mães espirituais, cuja ligação terrena é tão intensa que traz os traços de vidas passadas. Provavelmente, alguém que temos afinidade, carinho exacerbado e que nos sentimos bem e seguros ao seu lado. Precisamos destas pessoas, como das mães naturais. Uma nos educa, a outra é uma carta de Deus para a solução de algo que não esteja se resolvendo. Se elas existem, têm significado e sua importância.

O papel de mãe é muito questionado. Às vezes, elas simplesmente desistem, se perdem, desanimam ou enlouquecem. Um filho significa uma ligação muito intensa, que demanda tempo, paciência, energia e equilíbrio. A vida de ambos fica de tal maneira interligada, que acertar no excesso ou falta de zelo é algo que pode se tornar comprometedor para o desenvolvimento da vida.

Muitas mulheres "mães" contratam outras mulheres para ter o serviço que elas não querem ter. Usam apenas o título, mas seus filhos são criados por parentes e empregados. Estes também são mães da vida.

Portanto, em muitos casos as pessoas acabam com mais de uma mãe na Terra, seja ela a educadora, seja a que deu a luz ou ainda a que realmente criou. Cabe aos filhos designar quem realmente consideram como mãe, pois um dos principais itens para isso é o amor. Não tirando a possibilidade de alguém considerar a existência de mais de uma mãe e ser feliz com todas, caso não haja o ciúme entre todos.

NAMASTÊ 

A LIBERDADE MATERNA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quem decide ter um filho precisa ter em mente a transformação não só física, mas também mental, social e emocional que terá. Normalmente, não se dá conta, até segurar seu filho nos braços, do tamanho do amor e da responsabilidade que isto implica.

Excluindo as mulheres que dão à luz sem se dar conta disso ou que são obrigadas, e as que desdenham a criança, as mães conscientes de seu desejo têm diversos sentimentos que, muitas vezes, são confusos para elas. Quando sentem medo, podem ficar depressivas, sem saber como agir. É um bom momento para familiares as acolherem e ajudarem.

Quando se fala em maternidade, precisamos entender toda a extensão de mudanças que precisam ser avaliadas. A compreensão do companheiro, quando ele existe, é fundamental. Para ser mãe, precisamos estar preparadas para perder amigos, liberdade e a vida social, principalmente no início,  quando a criança necessita de toda a atenção.

A mãe é a mulher que fica a maior parte do tempo com os filhos e seu coração precisa estar pronto para receber tanto as alegrias, quanto as preocupações. Para isso, é muito importante ela buscar o equilíbrio emocional de alguma forma, como uma terapia, um hobbie ou praticando uma atividade fisica. Isto a fará existir no mundo e cuidar de si e da sua vida também, pois um filho absorve muita energia.

Mães precisam aprender a delegar tarefas e pedir ajuda das pessoas ao seu redor, principalmente quando precisam de um tempo para se refazerem. Não há como educar um filho quando não se tem o mínimo de forças, equilíbrio mental e muito menos paciência. Isto pode vir a causar sérios danos nas relações mãe-filhos.

Uma mãe feliz e que trata bem seus filhos, não é aquela que tem os filhos perfeitos, pois ela precisa ter consciência que isso não existe. Mas, pode ser aquela que sabe separar a vida profissional, financeira e amorosa da vida materna. Obviamente, quando os filhos vão crescendo e tendo mais maturidade, as mães podem incluí-los nos assuntos familiares, mas não devem transferir, nem sobrecarregá-los do que eles não podem consertar, pois cada idade já têm suas próprias crises para enfrentar.

As mães enfrentam a dura tarefa de libertar seus filhos para o mundo. Depois de tê-los como algo só seu, precisam aprender que eles necessitam de espaço, caso contrário não aprenderão a voar e elas prejudicarão esse aprendizado. Isto se inicia já dentro de casa, onde aprendem a se servir  quando têm fome, a se limpar, quando se sentem sujos, a ter um momento só seu, quando se fecham nos quartos. Aos poucos, se esta liberdade for aprendida, eles saberão se comportar no mundo. Precisamos observar a natureza e aprender com os animais.

E, para finalizar este texto, lembramos que todos têm direito à vida e aproveitá-la, direito a erros e às descobertas de como queremos conduzir nossas vidas. Bons conselhos, ambientes equilibrados e muito amor são ingredientes fundamentais para que as mães possam, um dia, observar seu trabalho e terem orgulho de si.  Caminhos são escolhidos. Mães podem orientar, mostrar e aconselhar, mas cada ser humano vêm para ter suas próprias aventuras, acertos ou erros, decepções e alegrias e não há muito mais o que se fazer, a não ser deixar voar...

NAMASTÊ

OS TIPOS DE MÃES

 Autora: Josianne Luise Amend ( JosiLuA)

Apesar das diversas mães terem as mesmas funções, dores e alegrias, existem diversos tipos delas. Não é à toa que a do vizinho sempre parece mais legal, ou não. Algumas se encaixam nestes tipos:

MÃE OBSESSIVA
Aquela que se empenha o tempo todo pelos filhos, tem medo de tudo, cerca-os, faz questão de fazer tudo, está sempre de olho livrando-os de brigas em colégios, de encrencas, defende-os sem questionar.

MÃE FERVOROSA
Aquela que vive rezando pelos filhos, acende velas e ensina sobre Deus. Apesar disso, não deixa que eles mesmos escolham sua religião, forçando-os a ir para sua igreja. Sua intenção é boa, mas esquece de ouvir a opinião deles. Mas ela os ajuda a buscar um caminho espiritual.

MÃE ALHEIA
Mãe que deixa a vida correr solta, não liga muito o que os filhos fazem e onde andam. Só lembra deles quando chega em casa e não os encontra.

MÃE RÍSPIDA
Mãe que briga por tudo, vive vendo erros e não enxerga o que de bom se fez. Não elogia, critica muito e sufoca. Tem problemas com sua própria vida e transfere para os filhos, criando clima tenso em casa.

MÃE FRUSTRADA
É a mãe que não quer envelhecer, então compete com os filhos em roupas e nos amigos deles. Veste-se como jovem, vai junto com os filhos em bares e os segue para todo lugar.

MÃE SUPERSTAR

É aquela que corre o tempo todo, se vira nos trinta. Cuida da casa, dos filhos, da comida, leva para médico, para os esportes e hobbies, está sempre pronta a participar do que precisa. Seus filhos vivem arrumados e acha tempo para tudo na vida.

MÃE POPULAR
A mãe que todo mundo gosta. É simpática, carinhosa, ouve a todos, serve sempre coisas boas, tem abraços e palavras de carinho e compaixão. Quer ver os filhos felizes e os leva sempre passear e conhecer coisas novas. É a mãe que faz sucesso, de bem com a vida.

MÃE OBSERVADORA
É a que não deixa os filhos saírem desarrumados,  sem pentear cabelo, com sapatos e tênis limpos. Vive olhando os dentes, leva no dentista. Como uma gata, anda pela casa vendo o que estão fazendo: estudo, trabalhos, comida. Gosta de observar e ajudar, mas não é crítica. Conversa e é cheia de amor e paciência.

MÃE LOUCA
Não sabe falar baixo, vive gritando. Parece uma alucinada, mais perdida que seus próprios filhos. Culpa a todos por sua vida, seu cansaço e atira coisas na parede. Com raiva, destrói,  machuca e traumatiza os filhos.

MÃE FORTE
É aquela que passa por grandes problemas com seus filhos, mas mantém-se sempre pronta a ajudá-los e a recomeçar. Mesmo cansada, magoada e incompreendida é um alicerce, um porto seguro, não deixando que as dores, palavras e atitudes encolham o seu amor.

MÃE ARTISTA
Dá um jeito em tudo, costura, pinta e borda. Mas às vezes quer reconhecimento e quando não tem, inventa doenças,  mal estar para que sintam pena e fiquem ao seu lado. É manipuladora para conseguir o que quer. Adora um drama.

Existem mães dentro de mães,  papéis diversos. Se escolhemos nossa mãe é por algum motivo, seja ele espiritual ou físico. Viver com regras, com responsabilidades, com compaixão e caridade não é fácil. Não há curso para ser mãe. Elas agem conforme seu coração, suas aflições, sempre com medo de julgamentos ou de perder seus filhos para a vida desregrada que está pelo mundo.

Mas as mães são diferentes, porque são pessoas e pessoas são diferentes. Assim como filhos também são. Erros existem e precisam ser corrigidos, aprendidos e servidos como lição de vida. Então, uma árvore pode dar frutos bons e ruins, atrair borboletas ou lagartas, mas a árvore sempre será uma árvore.  E Mãe sempre será mãe.

NAMASTÊ 

COMO SERIA A VIDA ?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

O que seria a vida se não existisse aquela que te quer bem vestida, andando em boas companhias, alimentando-te com o que consegue para jamais te ver passar fome?

O que seria a vida sem a mulher que pega no seu pé, te faz pensar, que tem medo de que você não ouça e veja os perigos da vida e cujo coração se encolhe ao te ver pisando em terrenos frágeis?

O que seria a vida sem aquela que te encosta na parede e olha nos seus olhos, sabendo exatamente que algo não vai bem? Que os segredos que tenta esconder são facilmente percebidos por ela?

Talvez sua vida fosse a liberdade que tanto deseja, fosse o alívio de não ter que dar satisfação e sua consciência poderia relaxar. Talvez você desse graças a Deus por ser realmente dono de si, sem pressão ou medo.

Mas, certamente chegaria o momento em que perceberia que só esse colo te acolhia de verdade, que só essa mulher torcia pela sua felicidade, sem inveja ou cobranças e que só o tempero dela te lembraria bons momentos da vida.

Se dará conta das mãos dela sobre sua testa nos dias de febre, do beijo dela cada vez que te encontra, das lágrimas dela quando te via interpretar o teatro na escola, se formar, se casar, ter seus próprios  filhos. Se lembrará dos vários convites para o lanche, o almoço, as confraternizações e de quantas vezes disse sim e não.

Talvez se recorde dos abraços,  das risadas na cama dela, da pipoca no cinema e dela sentada no parque te vendo brincar. Quem sabe ainda possa lembrar quando ela sentou ao seu lado e teve a paciência de te ensinar a matemática com palitos de fósforo, leu vários livros de história e te fez sonhar com um mundo melhor. Sonhar em ser um herói,  uma mulher de fibra, um homem digno e cheio de amor.

Como seria a vida sem tudo isso? Essa pessoa que tirou de si noites de sono, não comeu a carne para deixar para você, guardou o dinheiro para que você tivesse o brinquedo desejado. A mulher que muitas vezes é incompreendida, descartada ou desrespeitada, mas que jamais deixa de te amar.

Talvez você a idealize como mais bonita, mais chique, mais delicada, menos intrometida, menos alheia ou menos rude. Mas atrás daqueles olhos existe um ser divino, que Deus permitiu ser MÃE, porque sabia que poderia suportar o dia a dia, a correria, as dificuldades e contrariedades, sem destruir a sua própria criação. Ele sabe que existe lutas, tristezas, incertezas, decepções que ela enfrentará. E vai a fortalecendo conforme sua própria fé e força.

Quer saber como seria a vida sem ela? Não existiria, pois sem Mãe não haveria nascimento. O porto seguro não teria um cais, a doença não ficaria menos dolorida, a fome seria mortífera e o medo não teria um abraço alentador.

A mãe, apesar de psicologicamente difamada, é a  que se preocupa com teu desabrochar como ser humano. Ela erra, é chata, é impertinente e às vezes queremos que não existisse. Mas é ela que te fez ser o que é e que estará,  queira ou não,  por trás das cortinas, sussurrando para que não esqueça o texto no palco que construíres para tua vida.

NAMASTÊ