Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Tem um sentimento que pode nos transtornar por muito tempo: o arrependimento. Podemos achar que algumas atitudes nos fazem vitoriosos e que nos protegem, de certa forma, do menosprezo. Para "nos darmos bem", fazemos o mesmo. Menosprezamos, ignoramos e deixamos de interagir.
Vivemos num círculo vicioso, dando trocos a quem nos fere e sendo amáveis a quem nos trata bem. A dificuldade que temos em relevar algumas situações nas relações, nos mostra o quanto despreparados estamos para evoluir mental e espiritualmente. A desculpa é sempre a mesma: nos proteger e não sermos tratados como capachos.
Porém, às vezes exageramos e causamos mais dor do que sentimos. Conforme nosso equilíbrio esteja ameaçado por cansaço, irritabilidade ou impaciência, provocamos mais turbulências do que alguém mereça. Uma pergunta na hora errada, quebrar algo, machucar sem querer, são apenas algumas situações que nos fazem gritar, reagir e dizer coisas desrespeitosas. Alguém pode estar no lugar errado, na hora errada e receber de nós a energia acumulada de outras pessoas ou situações.
Depois de um tempo, o arrependimento vem e nos sentimos arrasados. Esse sentimento é doído e pode vir acompanhado de muita somatização como dor de cabeça, de estômago, ânsia e até dor muscular. Conforme a pessoa, podemos reverter pedindo desculpas, mas nem sempre o outro lado esquece completamente, ficando a mágoa.
Pensemos em quanto somos responsáveis pelo que fazemos e dizemos. Obviamente, precisamos externar nossas raivas, só que não na pessoa errada. E talvez, aprender a saber discutir, ouvir e respeitar outro ser humano. Guardamos muita carga e explodimos num momento que não seria tão merecedor. Por que temos tanto medo de falar na hora certa e depois a proporção de uma discussão se intensifica?
Pensemos em quanto arrependimento temos dentro de nós, não só sobre brigas, mas também de dizermos não ou sim, deixarmos a relação esfriar, não perdoarmos, não ajudarmos, não participarmos ou abandonarmos. O tempo passa, alguém vai deixar de existir e perderemos a oportunidade de limpar nosso caminho dos carmas.
Não deixaremos de sentir raiva, de nos afastar, de nos calar. Mas não podemos perder a chance de nos libertar de pequenos sentimentos, mesmo que as coisas mudem, que a vida modifique e que nosso coração busque outras paragens. O melhor remédio para não errar é se afastar, pensar e respirar. Pois tudo que é impulsivo, pode causar muito arrependimento.
NAMASTÊ
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