Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Não conseguimos evitar alguns sentimentos internos. Eles simplesmente estão ali, manifestando suas consequências. Temos todo tipo de ferramentas para nos tornarmos saudáveis emocionalmente, mas a vida em si insiste em nos testar.
As doenças silenciosas vão surgindo sem nos darmos conta de que tudo é desequilíbrio, afetando o mental, o emocional e o físico. Sabemos quando não estamos bem, sentindo o corpo apático, a mente confusa e o emocional desmotivado. As tristezas são diversas, algumas passageiras e outras inesquecíveis e profundas. Toda tristeza traz consigo a ansiedade e até uma certa inércia, nos fazendo prisioneiros na própria vida.
Alguns buscam terapias, outros acabam em remédios, tentando ajustar o organismo em busca da felicidade. Mas, onde está a felicidade, afinal? Precisamos realmente da química para um controle desses sentimentos ameaçadores ou temos em nós a capacidade de auto cura? Obviamente, este é um assunto polêmico e cheio de conjecturas. Num mundo cada vez mais fóbico com relação à imagem corporal, à longevidade e aos cuidados necessários para se conseguir tudo isso, vamos nos tornando cada vez mais ansiosos, tristes e frustrados.
Fingimos a satisfação, mas interiormente o pensamento gira em torno de comparações e necessidades de ser mais e melhor que o outro. Quem acha isso sadio não está percebendo o quanto tudo tem causado males. É como se vivêssemos competindo e nos desgastando num esforço sem fim, porque nunca estamos totalmente realizados e felizes com o que somos.
Além disso, pela não satisfação, geramos expectativas demais sobre nossos sonhos, colocando muitos pesos para atingi-los, sem ao menos apreciar o que está à nossa frente, como um simples passeio ao ar livre, belas árvores e flores e até uma conversa descontraída com alguém. Tem pessoas que deixam passar lições de conhecimento porque não reconhecem no outro uma aparência decente. Muitas e muitas são as formas de nos entristecer como desapegos, solidão ou abandonos. E disfarçamos tudo com sorrisos amarelos, maquiagens e roupas da moda ou ainda comprando coisas, não para nós, mas para que os outros nos admirem.
E a vida se torna cansativa e chata. Nem queremos nos relacionar para evitar as comparações ou ficar ouvindo falar de academias, comidas saudáveis e procedimentos estéticos, que é a cultura atual. Ninguém tem interesse em assuntos relevantes, caindo sempre na mesmice. Analisemos bem o que estamos fazendo com nossas vidas! A tal qualidade de vida de uns, não tem nada a ver com a real qualidade de vida, que deveria ser a manifestação da alegria em sua plenitude, contribuindo para que nosso corpo vibre nessa sintonia, elevando a harmonização de todo processo de cura. Infelizmente, seguimos com o que buscamos e achamos correto: a vida num patamar ocidental de ganância, gastos desnecessários e trabalho dobrado.
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.