HONRA AOS ANTEPASSADOS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Minhas raízes são bem mais profundas do que eu imagino. Elas atravessam o tempo, gerações e dimensões. O que sou é uma mistura de toda seiva que corre nesta grande árvore da vida. Por isso, respeito a cada um que me deu bagagem para encontrar suporte suficiente na caminhada.

Eu os admiro pela época que viveram, ainda sem tantas facilidades, tecnologia, condições e, mesmo assim, deixaram seus legados. Eu os reverencio por se anteciparem e abrirem o caminho para minha alma. Eu os honro por prepararem o terreno, lavrarem a terra e terem sucumbido às guerras, políticas e ignorância da época. 

Com certeza, buscavam ser felizes, ter suas vidas tranquilas e imaginavam o futuro, assim como nós. Mas eles tiveram seus papéis, contribuindo para a dança cósmica. Sim, todos dançamos conforme a música, preparada e tocada para sincronizar o que somos e o que viemos fazer. Nossas entranhas são um receptáculo de personagens míticos, borbulhando sobre histórias mal acabadas, sofrimentos e abnegações. Carregamos, muitas vezes sem nos dar conta, os conteúdos inconscientes que ainda precisam de ajustes, consertos e perdões. Tudo faz parte desta grande teia biológica.

Quisera encontrá-los e aprender mais sobre sua força e resiliência. Colocá-los num lugar de destaque ou apenas abraçá-los, agradecendo sua existência. Talvez alguns possam nos surpreender com o que foram na Terra, porque eles também têm direito ao erro e às consequências. Suas energias ainda fazem parte das nossas energias e nossos dons, insights e trejeitos podem ser suas heranças.

Lembrar dos antepassados nos fortalece. É como saber de qual cais saiu nosso navio, navegando por mares tranquilos ou revoltos até encontrar ancoragem em nossas almas. Respeitar o processo é nos colocar nesta árvore, seguros de toda uma linhagem feita exclusivamente para nós, a fim de nos transformar em espíritos de luz. Só precisamos manter a chama acesa com dignidade e amor, celebrando a Grande verdade universal.

NAMASTÊ