Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Interessante perceber como funciona nosso emocional e psicológico. O final de ano é o fechamento de um ciclo e por si só parece nos fazer acreditar que esse é o momento de relaxar, após termos feito de tudo para dar andamento em nossas vidas. Não sei se para todos, mas a maioria se mostra cansada e precisa das férias.
Se imaginarmos que a cada início de ano colocamos nas costas uma grande mochila e que ela vai acumulando tudo que fazemos, ouvimos, passamos, é quase óbvio entender por que nos sentimos exaustos no último mês, aguardando o momento de parar com a correria de horas e compromissos. Por pequenas mudanças no cotidiano, sejam pelas férias de trabalho, viagens e até no relaxar nos horários específicos para tudo, a mente acredita resfolegar. É a vez de recarregar energias.
Isso é muito importante para o corpo, que se dá ao desfrute de eliminar algumas cargas e mudar uma rotina estressante. Quem pode, deve buscar por lugares e momentos de paz, reflexão e inovação. Mas, como quase todo mundo se joga nos mesmos lugares, às vezes o descanso se torna estressante e o retorno não parece tão recompensador.
É claro que a vida de um difere da do outro. Mas todos precisam daquele momento solidão, onde possam respirar, pensar e refazer seus sonhos, sem interferências. Planejar como e onde isso pode ser feito é importante. E ter ao nosso lado pessoas que compreendam e ajudem também. Precisamos dar um tempo para fazermos o que gostamos, comermos o que temos vontade e irmos a lugares que nos inspirem. Nem que seja por alguns minutos, isso tem que valer a pena para libertarmos de nós muitos sentimentos ruins que agregamos ao longo de um ano.
É muito difícil permanecer com a boa energia adquirida, já que as preocupações e o caos do mundo parecem nos perseguir. O segredo do equilíbrio é aumentar estes momentos de solidão e transformação. Cada vez mais eles se tornarão uma ferramenta para eliminar a vontade de gritar e sair correndo ou de chorar e destruir, que muitas vezes tomam conta de nós.
Conviver não é fácil, mas é um aprendizado ao espírito que busca um pouquinho de luz a cada dia. Sejamos pingos de luz, ao invés de deixar vazar pelos poros a sobrecarga que, os que estão ao nosso redor, na maior parte das vezes, não merecem e não conseguem assimilar, destruindo relações e nos tornando duros e pobres de coração.
NAMASTÊ
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