Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Hoje tocaram meu coração e me pediram para escrever sobre a importância dos avós. Quem já é avô, também é pai. E sabe muito bem a diferença de um para outro. Os filhos, pais dos netos, muitas vezes se enraivessem com as atitudes e acolhidas dos avós.
Mas, sendo a natureza sábia, os avós existem para abraçar o que no momento não consegue ser abraçado. Pais tem a função da criação, da responsabilidade e da educação. Isto pesa sobre seus ombros e, muitas vezes, eles perdem a paciência, o senso de justiça e se irritam com muita facilidade. Acabam por não perceberem o que causam no emocional de uma criança.
Nesta hora entram os avós, que longe do estresse raciocinam com mais clareza e conseguem ouvir os lamentos e desabafos dos netos. Acolhem em seus braços alguém que está precisando deste amor e que ainda não entende ao certo como funciona a vida.
Os avós são criticados por isso, mas jamais deixarão de enlaçar os pequeninos na sua rede amorosa. Obviamente, os avós ouvem frases como: - era assim que você me tratava ou estou agindo como você! Mas os filhos se esquecem que entre o ontem e o hoje, muitas águas rolaram, muito aprendizado foi adquirido e muita dor e culpa se esconde nos corações envelhecidos.
É uma pena que só o tempo mostre os erros do passado, mas em contrapartida, a sabedoria adquirida é um néctar para enebriar a vida que brota atrás dos avós. Todos passarão por isso e terão tempo de pensar em como poderiam ter feito melhor, se tivessem um pouquinho mais de paciência e até amor.
Quando abraçamos e ouvimos um filho, queremos que ele aprenda alguma coisa e de alguma forma, isso acaba bloqueando a fluidez de compreensão e amor que deveria existir no momento. Quando se abraça e ouve-se um neto, transformamo-nos num recipiente acolhedor, que parece abrir as portas do coração e lançar amor sem responsabilidade. Nossas palavras são ouvidas, os olhinhos se conectam e tudo aquilo faz parte de nossas vidas para sempre.
Amar um filho é diferente de amar um neto. Ambos são intensamente luz, mas o segundo é só leveza, enquanto o primeiro carrega o medo de errar. Os avós se tornam um pouco infantis e talvez isso acabe criando essa conexão, que nem todos os pais entendem e aceitam. Uns tem ciúmes, outros medo. Mas podemos ficar sossegados, pois cada papel que exercemos é gratificado com as bênçãos de Deus, se Ele fizer parte dos ensinamentos entre pais, filhos e avós. Pois a árvore da família pode ter galhinhos quebrados, folhas defeituosas ou flores sem cheiro. Porém, o alicerce, o grande tronco, sempre estará sustentando a vida que percorre nas veias toda a árvore familiar. E a conexão entre presente, passado e futuro nunca deixará de existir, mesmo que alguns já tenham partido. Isso é a grande lição espiritual que devemos aprender.
NAMASTÊ
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