Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
"Não é coragem, se não tiver medo", diz Ben Affleck em "Mais que o Acaso". Quando ouvi isso percebi que boicotamos nossa coragem. Não deixamos ela vencer nosso medo. Daí, deixamos de viver intensamente. Ou, damos muitas glórias a nós mesmos, achando que o que fazemos e somos supera tudo o que os outros fazem e vivem e nomeamo-nos corajosos. No fim das contas, estamos rodeados de medo, camuflando este sentimento através do ego inflado e da aparência de quem sabe fazer.
Que tipo de pessoa você acha que é: a primeira, a segunda ou uma mistura das duas? Bom, parece que não existe coragem sem medo e vice-versa. O que difere é a maneira de representar os sentimentos para a vida. Alguns tem muito mais coragem e se viciam na adrenalina. Se suas vidas são melhores? Julgar como cada um gosta e prefere viver é complicado, mas com certeza, muitos invejam a coragem deles. Talvez coragem demais possa ser uma forma de explorar nossa capacidade ou nossa insanidade. Talvez demonstre falta de sensatez ou credibilidade na vida.
Seja qual for o sentimento, sempre vem acompanhado do medo de perder, de errar e de morrer. Temos medo do ridículo, do desconhecido e da exclusão. Porém, enfrentá-lo e de que modo fazemos isso é exatamente o que distancia as pessoas, umas das outras. Uns vão mais longe. Esse é um trabalho de alma, que cada um de nós tem que se ocupar. Quanto às camuflagens, elas existem para nos adaptarmos aos acontecimentos e dar um jeitinho no ego que precisa acreditar numa vitória. Ter medo é uma forma de proteger a vida. Ter coragem significa desafiá-la.
O fato é que ter coragem parece encher a vida de situações positivas, mas o medo nos afasta das negativas. A coragem também pode nos colocar em risco e o medo nos deixa estacionados. Todo equilíbrio é necessário quando se trata da vida. Mas ter coragem de fazer, de dizer a verdade, de lutar pelo sonho ou simplesmente de ser quem somos é uma grande honra ao espírito que habita nosso corpo, cuja missão é nos transformar em seres melhores. E o medo seria somente um freio ao que extrapola o bom senso.
Esse medo que nos corrói precisa ser aos poucos compreendido e eliminado. Quando isso acontece, há uma libertação e enfrentamos a nós mesmos, reconstruindo formas de pensamentos e dando passos firmes e seguros. A confiança tomará uma posição de destaque nas nossas vidas e alargaremos o horizonte. E nele há mais para visualizar, descobrir e fazer.
NAMASTÊ
Fantástica reflexão!!!
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