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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sábado, 31 de dezembro de 2022

O NOVO AMANHECER

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Faça de conta que está numa nave e viajou um ano para chegar no mundo que queria. Hoje está vendo pela janela que este mundo está a apenas algumas horas. Logo estará abrindo as portas e poderá pisar nele. Contudo, não há forma de voltar para a nave. Não na mesma! Ela agora será peça melancólica, onde poderá entender e rever seus atos. Não deixe ela abandonada, visitando vez ou outra suas lembranças.

Faça de conta que está correndo uma maratona e consegue visualizar a faixa de chegada. Não a visualize próximo, mas no mais alto cume ou talvez no horizonte. Apesar de parecer cansativo, distraia-se admirando a paisagem, cumprimentando as pessoas e cuidando de seu caminho com tenacidade, sem negligência. 

Faça de conta que está prestes a pular de paraquedas, treinando para cair exatamente no circulo escrito sonhos. Examine com cautela o equipamento e analise o vento. Não se jogue de cabeça, tenha consciência do que pode acontecer durante seu vôo. E, mesmo que cair poucos centímetros ou até longe do centro da meta, lembre-se de que conseguiu pousar. E isto é uma grande conquista.

Faça de conta que a Terra é um grande cesto de frutas e você é uma delas. Apertado, mas ainda disposto a enfeitar e brilhar, acolha as que não se ajeitam, dê um pouco de espaço para as maduras demais e conceda ensinamentos às que estão por baixo buscando a luz. O cesto vai esvaziando e enchendo a todo momento e seu lugar vai sendo inovado. Se permita estar ainda como uma fruta sadia. Cuide de si física, emocional e espiritualmente! Não se deprecie. Todos estão no mesmo processo.

Faça de conta que está sentado na mata, abaixo de uma grande montanha, observando o céu azul, o canto dos pássaros e sentindo o cheiro da natureza. Esteja só, neste momento interior. Eleve suas mãos unidas na fronte, em seu chacra do terceiro olho e converse com Deus. Sinta a paz! Deixe que o orgone se manifeste em você. Expanda sua consciência, entregue-se ao universo. Em breve, as estrelas serão vistas e uma grande cachoeira de luzes coloridas cairá sobre a Terra, inundando os corações através de um trabalho dirigido para um novo ciclo. Penetre nesta cascata e forneça aos seus corpos renovação. Sua mente deve ser faxinada de teias, poeiras e gosmas. Abra-se para o amor. Limpe e fortaleça o espírito. Resete o coração do lixo e forneça espaço para o novo.

Agora, após ler este texto e ter "viajado", só flua... e até saudar o novo ano, sorria, ajude, compreenda, seja paciente e perdoe. Saia da nave, corra em sua jornada, busque seu sonho, tente se adaptar ao mundo e se prepare para descobrir o que vem pela frente. Seja lá o que estiver reservado, que tenhamos força, coragem e fé para enfrentar.

Um novo amanhecer para todos!

NAMASTÊ 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

A VERDADE SEJA DITA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Meu último texto do ano vai ser literalmente sincero. Talvez estúpido. Se você quer mudanças no próximo ano, comece a parar de querer agradar e seja sincero consigo mesmo. Estou irritada com as pessoas e suas opiniões supérfluas nas redes sociais, a fim de ganhar notoriedade. Brigas inúteis sobre política, religião, preconceito e relacionamentos têm me mostrado que o ser humano não percebe nada, continua sendo uma vaquinha de presépio.

Se quer deixar o passado para trás, aprenda primeiro a fechar a porta do próprio banheiro na sua casa. Aprenda a lavar suas roupas íntimas, a arrumar sua cama ou lavar sua louça. Pare de tanto mostrar a superficialidade para o mundo com fotos lindas, quando não faz nada que ajude o seu mundo ficar melhor. Pare de usar alguém como bengala, de tirar proveito e energia das pessoas e de se fazer de cansado ou coitado para dar desculpas por que não faz isso ou aquilo.

É tão fácil influenciar as pessoas! Elas vivem de sonhos e imagens fúteis, não importando quem ou o que precisam atropelar para conseguir o que querem. Os que sabem disso, sobem no palanque e mexem os pauzinhos, balançando as cordinhas das marionetes. Nossa, e como funciona! Acordem! Sejamos nós e o que viemos ser e fazer. Parem de lamber sapatos e comecem a sair de trás daqueles que manipulam seus cérebros. Os anos passam, mas o ser humano não.  Não interessa tecnologia ou desenvolvimento externo, continuamos animais domesticados.

Homens continuam com suas testosteronas psicóticas e mulheres desesperadas por agradar, não só as testosteronas, mas aos seus próprios hormônios descontrolados. Às vezes me canso disso tudo! Pareço não fazer parte dessa bagunça, de gente que nem pensa ou estuda para falar ou dar uma opinião,  que não se importa em pesquisar ou entender a veracidade do ser humano, que ergue bandeiras e grita alto, achando que isto é evoluir.

A realidade é assustadora! De suas bocas saem flores, do coração espadas. Se nossas costas falassem, diriam o quanto deveríamos abrir os olhos para falsos sorrisos ou abraços. Quando balançamos a cabeça concordando, somos agradáveis, benvindos e próprios para amizades. Se batemos o pé e temos opinião contrária, estamos em perigo. Somos taxados de rebeldes, rudes e inoportunos.

Pior são os que não conseguem se resolver, mas querem resolver a vida dos outros. Têm vidas ruins, desastrosas, estressantes e querem mostrar que são tranquilos, passivos e perfeitos. Essa energia da mentira e falsidade cansa, frustra e destrói qualquer esperança num novo ano. Não se iluda, tudo vai continuar a ser igual! Vamos empurrando com a barriga, chorando no travesseiro ou descontando em alguém que tenta ser feliz e que naquele dia acordou sorrindo, mas o destruímos. Pequenas atitudes vão matar a fome de alguém ou criar expectativas de uma vida melhor. Mas é como se estivéssemos presos no curral e a porteira abrisse sem querer, libertando a todos que buscam um lugar melhor e mais decente para sobreviver. E o desespero toma conta.

Quer mudar em 2023, 24, 25...? Comece sendo sincero e limpando sua sujeira. É belo dizer que gosta de tudo limpo, se não põe a mão num simples paninho, se não abre uma torneira ou se não quebra as unhas enfiando o lençol embaixo do colchão. Não nasceu para isso? Ótimo, se anule então em qualquer opinião falsa, pois sua capacidade é inventada, e não nata. Mudanças só acontecem de verdade, quando mudarmos dentro de nós,  depois nossa casa, nossa vida. E, finalmente aprendermos a aceitar verdades. Não as com intenção pré-formadas de alguém que quer se sobressair e ganhar pontos, mas a verdade que mantém nosso foco na realidade, que ajuda nosso coração a tirar o véu da ilusão e sermos seres do universo. A verdade de um verdadeiro amigo ou do verdadeiro Eu.

NAMASTÊ 

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

OS ESCOLHIDOS

 Autora: Josianne Luise Amend  (JosiLuA)



Por que será que algumas pessoas viram foco de chacotas, comentários e todo tipo de zombaria? A resposta está longe de ser porque é maltrapilho ou desconjuntado, tem aparência estranha ou engraçada, ou tem ideais diferentes. Algumas pessoas têm missões da Luz. E, mesmo sem saber bem por quê,  atraem as mariposas.

E não é com essas pessoas escolhidas como alvos que precisamos nos preocupar, porque apesar de serem afetadas pelas palavras e atitudes de alguns, elas não deixam de ser o espírito que são. Elas são incômodo para alguns, desequilibrando a cadeia da luz. Estes, por sua vez, são os abutres que se servem dos sentimentos reprimidos, são as mariposas que precisam da claridade, são os vermes que infestam a aura dos escolhidos.

Não é à toa que boas pessoas estão sempre cansadas, esgotadas e sem vida, se não sabem como agir ou se proteger perante as pragas tenebrais. Elas precisam estarem atentas e despertas para não cair nestas redes de malícia e maldade. Os escolhidos escutam desaforos, deboches e, se não estiverem preparados, acabam adoecendo e até tirando suas vidas.

Existe uma missão muito poderosa por trás deles, então o despertar é necessário e urgente. O que sai da boca dos trevosos é energia puramente deles, cujos corações se consomem em inveja. E não é inveja da classe social, dos bens materiais, da beleza do escolhido, mas da luz que emanam e que aqueles não conseguem espargir, pois precisam trabalhar muito sua evolução. 

Então, se você se sente ferido ou "escolhido" para ser o centro das maldades ou brincadeiras, saiba que seu poder é bem maior do que o daqueles que sentem prazer em te ver constrangido. O caminho deles ainda é bem longo. Tudo que se consegue de bens materiais e posição social nesta vida vai ser deixado de lado, fora da bagagem na hora da partida. Só a luz nos acompanhará. Portanto, os escolhidos, mesmo descartados ou humilhados durante sua jornada na Terra, terão seu lugar reservado num plano maior. E os outros precisarão trabalhar sua alma e libertar arrogância, soberba e apego para conseguirem se elevar.

Aos escolhidos, o Conselho é de introspecção cada vez maior, a fim de entender e lembrar da sua jornada e missão. Entenda que, o que sai da boca de alguns, é o veneno que pouco a pouco os fará sucumbir em seu pobre cárcere. O livre arbítrio ainda persiste.

Este texto veio sugerido através da meditação de hoje  e o que foi escrito é fruto da intuição e ajuda dos seres trabalhadores de Luz. Portanto, tocará os escolhidos, mas afetará profundamente aqueles que sabem de que lado estão. O Conselho dado a eles é que tomem cuidado com seus pensamentos, palavras e atitudes. As mudanças planetárias estão acontecendo e ninguém está sendo deixado de lado.

NAMASTÊ 


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

CORAGEM E MEDO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



"Não é coragem, se não tiver medo", diz Ben Affleck em "Mais que o Acaso". Quando ouvi isso percebi que boicotamos nossa coragem. Não deixamos ela vencer nosso medo. Daí, deixamos de viver intensamente. Ou, damos muitas glórias a nós mesmos, achando que o que fazemos e somos supera tudo o que os outros fazem e vivem e nomeamo-nos corajosos. No fim das contas, estamos rodeados de medo, camuflando este sentimento através do ego inflado e da aparência de quem sabe fazer.

Que tipo de pessoa você acha que é: a primeira, a segunda ou uma mistura das duas? Bom, parece que não existe coragem sem medo e vice-versa. O que difere é a maneira de representar os sentimentos para a vida. Alguns tem muito mais coragem e se viciam na adrenalina. Se suas vidas são melhores? Julgar como cada um gosta e prefere viver é complicado, mas com certeza, muitos invejam a coragem deles. Talvez coragem demais possa ser uma forma de explorar nossa capacidade ou nossa insanidade. Talvez demonstre falta de sensatez ou credibilidade na vida.

Seja qual for o sentimento, sempre vem acompanhado do medo de perder, de errar e de morrer. Temos medo do ridículo, do desconhecido e da exclusão. Porém, enfrentá-lo e de que modo fazemos isso é exatamente o que distancia as pessoas, umas das outras.  Uns vão mais longe. Esse é um trabalho de alma, que cada um de nós tem que se ocupar. Quanto às camuflagens, elas existem para nos adaptarmos aos acontecimentos e dar um jeitinho no ego que precisa acreditar numa vitória. Ter medo é uma forma de proteger a vida. Ter coragem significa desafiá-la.

O fato é que ter coragem parece encher a vida de situações positivas, mas o medo nos afasta das negativas. A coragem também pode nos colocar em risco e o medo nos deixa estacionados. Todo equilíbrio é necessário quando se trata da vida. Mas ter coragem de fazer, de dizer a verdade, de lutar pelo sonho ou simplesmente de ser quem somos é uma grande honra ao espírito que habita nosso corpo, cuja missão é nos transformar em seres melhores. E o medo seria somente um freio ao que extrapola o bom senso.

Esse medo que nos corrói precisa ser aos poucos compreendido e eliminado. Quando isso acontece, há uma libertação e enfrentamos a nós mesmos, reconstruindo formas de pensamentos e dando passos firmes e seguros. A confiança tomará uma posição de destaque nas nossas vidas e alargaremos o horizonte. E nele há mais para visualizar, descobrir e fazer.

NAMASTÊ 

sábado, 24 de dezembro de 2022

É TUDO OU NADA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Nada muda,
Se não mudar a forma de pensar,
O jeito de fazer
E o que guarda no coração.

Nada muda,
Se não tomar uma atitude,
E insistir no rancor,
Querendo sempre dar o troco.

Nada muda,
Se não fazer brotar amor,
Haver um pouco mais de compreensão,
E até expor seus sentimentos.

Nada muda,
Se não se aventurar,
Buscar novas paisagens e pessoas,
Desvendar mistérios da vida.

Nada muda,
Se a rotina não  for quebrada,
O abraço não for dado,
E o tempo desperdiçado,

Nada muda,
Se insistirmos em não aprender,
Em não corrigir nossos erros
E achar que somos os melhores.

Tudo muda,
Quando conseguimos respeitar
E mudamos nossa arrogância
Em carinho e compreensão.

Tudo muda,
Quando acordamos e entendemos,
Que somos só uma simples peça
Mas que com grande sabedoria e observação,
Podemos mudar tudo e dar o cheque mate.

NAMASTÊ 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

O EGOÍSMO NO NATAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Para muitos, o Natal se resume em dar e receber presentes e comer muito bem. Achamos que todos festejam assim, mas isso é só uma parte de toda a história. A vida das pessoas é diferente e com situações, às vezes tristes, desesperadoras ou críticas.

Obviamente muitos se empenham para que outros possam sorrir no Natal, doando presentes. Infelizmente, não é isso que conserta a vida de ninguém. Faz sorrir na data, mas as preocupações continuam. Achamos que nossa parte está feita e nos outros 364 dias esquecemos da humanidade.

Alguns poderão dizer que sempre ajudam de alguma forma e sabemos que realmente existem estes seres especiais, que lembram de olhar para os lados e entenderem que não estão sozinhos e que há uma corrente espiritual ligando tudo. Graças a Deus!

Mas, de alguma forma o egoísmo faz parte de todos nós. Quem se lembra de passar uma mensagem para aquele amigo que, de alguma forma lembrou de nós durante o ano, daquele familiar que estendeu sua mão ou do vizinho que nos socorreu? Abençoada a pessoa que sabe agradecer e lembrar daqueles que foram personagens em nossas vidas, iluminando aquele capítulo.

Somos egoístas quando só queremos sair correndo de todos, sem ao menos desejar um feliz Natal aqueles que ficam. Somos egoístas quando esquecemos de acolher mais um ou de julgar que aquela pessoa não merece ser perdoada. Somos egoístas quando pensamos só no nosso bem estar, sem nos importarmos com o que significa realmente um Natal de Luz. Somos egoístas em achar que somos os únicos com problemas e que o dos outros não importa.

O tal espírito de natal nos ajuda a perceber como o mundo precisa de amor e caridade. Mas não dura muito essa vibração, infelizmente. E a natureza humana volta a ser egoisticamente exigente. Basta perceber nossos pedidos de virada de ano.

Meditando, percebi o quanto egoísta tenho sido por não abrir minha mente e entender melhor o significado das palavras amor, paciência e humildade. Então, deste Natal eu espero a libertação para que minha vida seja mais leve e que assim possa tornar a todos do meu caminho uma transformação e despertar espiritual. Precisamos de uma forte corrente de Luz inundando o planeta. Faça parte você também!

NAMASTÊ 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Hoje tocaram meu coração e me pediram para escrever sobre a importância dos avós. Quem já é avô, também é pai. E sabe muito bem a diferença de um para outro. Os filhos, pais dos netos, muitas vezes se enraivessem com as atitudes e acolhidas dos avós.

Mas, sendo a natureza sábia, os avós existem para abraçar o que no momento não consegue ser abraçado. Pais tem a função da criação, da responsabilidade e da educação. Isto pesa sobre seus ombros e, muitas vezes, eles perdem a paciência, o senso de justiça e se irritam com muita facilidade. Acabam por não perceberem o que causam no emocional de uma criança. 

Nesta hora entram os avós, que longe do estresse raciocinam com mais clareza e conseguem ouvir os lamentos e desabafos dos netos. Acolhem em seus braços alguém que está precisando deste amor e que ainda não entende ao certo como funciona a vida.

Os avós são criticados por isso, mas jamais deixarão de enlaçar os pequeninos na sua rede amorosa. Obviamente, os avós ouvem frases como: - era assim que você me tratava ou estou agindo como você! Mas os filhos se esquecem que entre o ontem e o hoje, muitas águas rolaram, muito aprendizado foi adquirido e muita dor e culpa se esconde nos corações envelhecidos.

É uma pena que só o tempo mostre os erros do passado, mas em contrapartida, a sabedoria adquirida é um néctar para enebriar a vida que brota atrás dos avós. Todos passarão por isso e terão tempo de pensar em como poderiam ter feito melhor, se tivessem um pouquinho mais de paciência e até amor.

Quando abraçamos e ouvimos um filho, queremos que ele aprenda alguma coisa e de alguma forma, isso acaba bloqueando a fluidez de compreensão e amor que deveria existir no momento. Quando se abraça e ouve-se um neto,  transformamo-nos num recipiente acolhedor, que parece abrir as portas do coração e lançar amor sem responsabilidade. Nossas palavras são ouvidas, os olhinhos se conectam e tudo aquilo faz parte de nossas vidas para sempre.

Amar um filho é diferente de amar um neto. Ambos são intensamente luz, mas o segundo é só leveza, enquanto o primeiro carrega o medo de errar. Os avós se tornam um pouco infantis e talvez isso acabe criando essa conexão, que nem todos os pais entendem e aceitam. Uns tem ciúmes, outros medo. Mas podemos ficar sossegados, pois cada papel que exercemos é gratificado com as bênçãos de Deus, se Ele fizer parte dos ensinamentos entre pais, filhos e avós. Pois a árvore da família pode ter galhinhos quebrados, folhas defeituosas ou flores sem cheiro. Porém, o alicerce, o grande tronco, sempre estará sustentando a vida que percorre nas veias toda a árvore familiar. E a conexão entre presente, passado e futuro nunca deixará de existir, mesmo que alguns já tenham partido. Isso é a grande lição espiritual que devemos aprender. 

NAMASTÊ   

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

DESNECESSÁRIO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Final de mais um ciclo e festas chegando. Nestas horas o agito e as reflexões nos deixam tanto nervosos, quanto melancólicos. Mas, precisamos levar no bolso o respeito. Nestes encontros, sempre têm os engraçadinhos e os cheios de razão.

Desnecessárias são as piadas sem graça que sempre deixam alguém deslocado com vontade de reagir ou de fugir.

Desnecessário ser aquele que excede na bebida e que acaba incomodando e tirando da festa o brilho.

Desnecessário virar as costas e insistir na raiva, quando não gostamos de alguém. Talvez seja hora de perceber o que no outro há, que me afeta tanto, dar crédito a paz e tentar renovar relacionamentos.

Desnecessário importunar determinada pessoa,  relatando segredos ou episódios desconfortáveis de sua vida, pegando-o de surpresa e sem defesa.

Desnecessário é querer ordenar, ao invés de pedir com educação,  gritar, ao invés de regular o tom da voz ou responder asperamente, ao invés de perceber o que precisa ser arrumado na relação.

Desnecessário fazer da festa,  do encontro, a oportunidade para lavar roupa suja. Deixemos para outro dia, afinal, quem se utiliza de pessoas para ganhar algum crédito, é exatamente o medroso que não sabe conversar sozinho.

Desnecessário ser o centro das atenções, sem dar chance para que os outros falem, contem suas histórias ou tenham sua opinião.

Desnecessário perceber que não fomos engraçados, nem gentis e encher o cérebro de vergonha e arrependimentos. 

Lembremos de colocar as mãos no bolso e segurar firme no respeito. A festa se tornará mais alegre e todos terão prazer em fazer parte dela. Cada um é uma lâmpada no cordão que enfeita a árvore da vida. Quando uma só apaga, queima, há um esforço imenso para que as outras continuem funcionando.

NAMASTÊ 

domingo, 18 de dezembro de 2022

UM DIA ACONTECE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Um dia acontece de acordarmos e enxergarmos a real importância de nossas vidas. Resolvemos deixar para trás empregos que nos causam dor, amigos que não valem a pena, relações desnecessárias e investir naquilo que nos faz feliz e melhores. Isso é despertar .

Um dia acontece uma sensação estranha, como se fosse um aviso de que o tempo está se encurtando, que os sapatos estão gastos e que se não nos prepararmos, seremos pegos de surpresa. A lição é olharmos melhor para o que sentimos e buscarmos o cuidado necessário para estarmos inteiros e prontos.

Um dia acontece um chamado interior, um beliscão na alma e acordamos para entender que esse não é o caminho, que estamos nos enganando e que agir para evoluir será necessário. Que tentar nunca foi errado, mas insistir num erro custa saúde,  tempo e dinheiro.

Um dia acontece de recebermos mensagens de todo tipo, vindas de lugares, pessoas e meios de comunicação. Elas não são o acaso, mas sim um trabalho árduo dos seres de luz para chamar nossa atenção,  tocar o coração e sacudir a mente. A teimosia nos faz passar pela vida sem evolução. Precisamos ouvir de verdade a voz interior.

Um dia acontece de querermos levar todo mundo para o nosso lugar, insistir para acreditarem no que acreditamos, fazê-los enxergar o que vemos e achar que estamos fazendo o bem. Mas esquecemos que eles precisam acordar seu próprio espírito, abrir as portas e desafiar seu mundo sozinhos. Escolhas são importantes para aprender que a vida é única e que o relógio está fazendo tic-tac.

Um dia acontece de nos depararmos com o cansaço,  a inquietação, a dor. E temos medo de deixar de conseguir ir adiante. A vida deu diversos sinais que ignoramos e agora o desespero toma conta. Resolvemos fazer tudo ao mesmo tempo, mas não há mais a profundidade da calma e força no corpo. Só certezas de que as pegadas não foram tão profundas e, ao olharmos para trás, outros estão vindo, fazendo exatamente o que não tivemos coragem de fazer. Se realmente não nos enganamos e tentamos, não há porque se entristecer.

Façamos hoje o que de bom pode ser feito, para que a vida valha a pena e o amanhã possa ser a página que alguém possa continuar a escrever com orgulho de termos sido seus precursores.

NAMASTÊ





sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O PESO DO FINAL DE UM CICLO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Interessante perceber como funciona nosso emocional e psicológico. O final de ano é o fechamento de um ciclo e por si só parece nos fazer acreditar que esse é o momento de relaxar, após termos feito de tudo para dar andamento em nossas vidas. Não sei se para todos, mas a maioria se mostra cansada e precisa das férias.

Se imaginarmos que a cada início de ano colocamos nas costas uma grande mochila e que ela vai acumulando tudo que fazemos, ouvimos, passamos, é quase óbvio entender por que nos sentimos exaustos no último mês, aguardando o momento de parar com a correria de horas e compromissos. Por pequenas mudanças no cotidiano, sejam pelas férias de trabalho, viagens e até no relaxar nos horários específicos para tudo, a mente acredita resfolegar. É a vez de recarregar energias.

Isso é muito importante para o corpo, que se dá ao desfrute de eliminar algumas cargas e mudar uma rotina estressante. Quem pode, deve buscar por lugares e momentos de paz, reflexão e inovação. Mas, como quase todo mundo se joga nos mesmos lugares, às vezes o descanso se torna estressante e o retorno não parece tão recompensador. 

É claro que a vida de um difere da do outro. Mas todos precisam daquele momento solidão, onde possam respirar,  pensar e refazer seus sonhos, sem interferências. Planejar como e onde isso pode ser feito é importante. E ter ao nosso lado pessoas que compreendam e ajudem também. Precisamos dar um tempo para fazermos o que gostamos, comermos o que temos vontade e irmos a lugares que nos inspirem. Nem que seja por alguns minutos, isso tem que valer a pena para libertarmos de nós muitos sentimentos ruins que agregamos ao longo de um ano.


É muito difícil permanecer com a boa energia adquirida, já que as preocupações e o caos do mundo parecem nos perseguir. O segredo do equilíbrio é aumentar estes momentos de solidão e transformação. Cada vez mais eles se tornarão uma ferramenta para eliminar a vontade de gritar e sair correndo ou de chorar e destruir, que muitas vezes tomam conta de nós. 

Conviver não é fácil, mas é um aprendizado ao espírito que busca um pouquinho de luz a cada dia. Sejamos pingos de luz, ao invés de deixar vazar pelos poros a sobrecarga que, os que estão ao nosso redor, na maior parte das vezes, não merecem e não conseguem assimilar, destruindo relações e nos tornando duros e pobres de coração. 


NAMASTÊ 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

A VEZ DOS FILTROS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



O mundo está cada vez mais mentiroso e artificial. Quando olho as fotos dos anos 60, 70, guardadas ainda num pequeno baú da minha mãe, já amareladas ou desbotadas pelo tempo, posso lembrar perfeitamente de como tudo era real. Pessoas, roupas, silhuetas, paisagens, tudo muito natural e incrivelmente interessante, talvez engraçado e até puro.

Hoje em dia, se conhecermos uma pessoa por foto nas mídias e a encontrarmos depois,  pessoalmente, talvez nos passe despercebida, devido à caracterização fantasiosa que se faz. A pergunta é: estariam as pessoas com vergonha de serem o que são? Na busca por mais e mais seguidores e a fim de ganhar popularidade, os filtros são, cada vez mais, a arma secreta dos inseguros.

A busca pela perfeição retira cinicamente rugas, queixos duplos, barriguinhas e outras identidades naturais, para dar espaço a longevidade, magreza, curvas, peles de pêssego e até tanquinhos masculinos. Cada vez mais os filtros se aperfeiçoam caçoando dos usuários que, ao se verem nas fotos, acreditam que são a imagem que contemplam. É a vaidade cada vez mais dominante absorvendo o apreciar de seu verdadeiro Eu, transformando pessoas em neuróticas e frustradas.

Estaria aquela imagem debochando da realidade, tornando o real, escravo do fictício? Sim, pois ao perceber que quem está na foto cheio de filtros não é quem aparece no espelho de casa, a mente entra em parafuso. Começa a loucura para mudar tudo em si e os mais desesperados se jogam em cirurgias e produtos a fim de conseguirem algo parecido com a foto de filtro.

Triste fim de mentes sãs em corpos naturais. Fazer o que se a identidade de cada um pode ser o charme da idade, da vida, do crescimento. Sorrisos tendem a murchar, olhares a deixar de brilhar. Mas o importante é aquela essência de gente bonita, alegre e cheia de luz que nenhum filtro ainda foi capaz de enaltecer, pura e simplesmente porque a alma ainda está com as características que veio ao corpo, eternizada muito mais com amor, do que com lifting, botox ou filtros fotográficos. Resta-nos aceitar que não somos inteiros, nem completos, mas especiais. E cada um tem seu ponto forte, seu atrativo e algo único que nem todos gostarão, mas que certamente alguém perspicaz e sábio apreciará. 

NAMASTÊ 

domingo, 11 de dezembro de 2022

MALHA DA VIDA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Cada dia é uma surpresa. Uns são melhores, outros nem tanto. Essa sensação de que temos e não temos controle sobre ela é um desconforto emocional. Só que por trás das coisas inesperadas pressentimos que pode haver bem mais do que o que acontece conosco.

É como se fossem ligados alguns pontos ou desatados nós em uma malha universal da qual fazemos parte. Parecemos ter o tempo exato para pertencermos a um lugar e relacionamentos. Nem sempre entendemos ou aceitamos, mas se pudéssemos observar esta grande malha, entenderiamos por que o relógio dá badaladas, anunciando que a hora acabou.

Apesar de forçarmos o cérebro em busca de respostas para as tantas questões que surgem, elas não definem a magia que só o tempo poderá mostrar. Para os que têm mais paciência e não se colocam numa posição de culpa diminuindo a si mesmos, enxergar o maravilhoso trabalho cósmico fica cada vez mais perceptível.

As sensações que surgem vão desde o alívio até a manifestação do nosso incrível poder interior para virar o jogo. E logo percebemos que o que parecia o fim de tudo, a desgraça ou o medo do novo, se transforma no bem estar, na beleza de enxergar outras paisagens e encontrar os pontos perdidos para terminar nossa parte na malha.

Aqueles que ficaram para trás não são necessariamente ruins, maldosos ou ignorantes, conforme os julgamos. Eles são apenas alguns alinhavos, a fim de unir ou definir atitudes para nós, pois nos mostrávamos acomodados. Entre o desespero e o despertar, chuleamos responsavelmente a malha, desejando que não desfie, mas que se estabilize para encontrarmos a nossa felicidade e equilíbrio.

Talvez passemos pela vida sem aprendermos os pontos desta malha e até tricotemos algo meio fora do padrão. Mas, com certeza, o aprendizado se fará e deixaremos marcas no produto. Algumas boas, outras nem tanto, mas que darão aos demais a visão de erros e acertos. Só que daí, a história para a continuação desta costura não é mais da nossa alçada. Cada um de nós é responsável pelo que criamos. Uns deixam belos bordados, pontos perfeitos, embelezando e alimentando a malha. Outros, ainda aprendendo e sem tanta tenacidade, acabam deixando buracos e pontos soltos. Cabe buscarmos a humildade e deixar que outras mãos ensinem como terminar ou melhorar este trabalho. E esta união facilitará, sem egoísmo, a cura.

NAMASTÊ

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

COMPLEXIDADE HUMANA

 Autora: Josianne Luise Amend ( JosiLuA)



Tô aqui pensando quanta coisa passa pela nossa cabeça. Quantas opiniões,  julgamentos e idéias.  Quanta vontade de deixar sair algumas coisas, abrir gavetas e vomitar palavras que ninguém imaginaria sair de dentro de nós.

Quantos comentários desnecessários,  egoicos, buscando impor-se no mundo, nas relações e tentando ganhar admiração. Quanta bobagem literal!

Somos isso, seres estranhamente racionais que agem sem pensar. Durante apenas um dia somos a ignorância para uns e a sapiência para outros; o exemplo para uns e a repulsa para outros. E para ganharmos notoriedade, ou somos insanos ou intragáveis; ou mistificamos nossa imagem bajulando algo, alguém ou uma situação. 

E atrás do peixe, vem as focas batendo palmas, sem saber ainda se comem o peixe ou apenas usam de artimanha para se encostar nele e ir saboreando o que sobra.

Voltando ao assunto inicial, o cérebro se expande tanto, que os próprios pensamentos se confundem e alguns ganham máscaras,  personalidades e eus diferentes, bastando para isso  uma mistura insólita de encontros arranjados com outros cérebros. Confuso? Nem tanto... isso é a maneira fácil de explicar a complexidade humana.

Quem sabe alguns descobriram realmente a forma de acalmar as ondas e serenar o mar, apenas respirando e silenciando. Mas o que é a vida, afinal? Um maremoto ou a calmaria? Devemos transbordar ou incorporar? Como influenciamos vidas com nossa desinformação idolatrada e nosso conhecimento ignorado!

Neste momento, só precisamos mesmo esquecer o que não nos faz melhores, reconhecer o que nos ajuda e sermos gratos pelos poucos que falam e que trazem nas palavras o dom de nos elevar, seja na paz, seja no aprendizado real, seja no que possa dizer ao espírito que há uma razão para tudo isso.

NAMASTÊ