Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Quem sou eu? Quem nunca se perguntou isso à sua própria alma? Infelizmente, para nosso dissabor, esta resposta é uma incógnita ainda para nós, reles mortais. Uns, mais interessados e curiosos que outros, buscam de alguma forma desvendar, satisfazendo-se com estudos aprofundados sobre a vida, o passado, os povos e toda espécie de ornamentos que possam acalmar a ansiedade.
Se, pelo menos uma vez, saíssemos mentalmente fora do corpo e olhássemos para nós mesmos, talvez nos contentássemos em ver o que representamos, pelo menos em tese, para este mundo ou lugar. Poderíamos sentir nossa importância como um único ser, que por si só transforma a vida de pessoas, animais, plantas e todo um conjunto.
Cada um de nós nasce para alguém e irá transformar a vida desta ou destas pessoas em algum momento. Então, podemos dizer que somos responsáveis de alguma forma pela construção de uma teia de informações ligando toda uma estrutura surreal de átomos ao nosso redor. Parece que abalamos o universo com apenas um bocejo.
Se entendêssemos o quanto afetamos a vida de alguém com nossos sentimentos, sejam eles bons ou ruins, talvez buscássemos nos elevar em pensamentos e atitudes. O problema é que o egoísmo ainda faz muitas pessoas não se importarem com o que está ao seu redor e conseguem, com uma única palavra, destruir o dia de alguém.
Será que somos algum tipo de argamassa, que deveria unir, moldar e criar segurança ou será que estamos nos transformando na ferrugem que vai corroendo relações e criando buracos no que antes parecia sólido e durável? Somos um monte de células espremidas em formas desenhadas ao acaso. Umas saem mais perfeitas, outras parecem os bolos que esquecemos de adicionar algum ingrediente. Mas todos são importantes quando enxergamos que, aquela simples forma de vida, muda ou ajuda outra a crescer e se transformar, ou a descobrir novas maneiras de pensar e interagir.
Cada um de nós é tão especial, que o simples fato de um de nós desaparecer, modificará a realidade que antes declarávamos como única e estável.
Somos conectados por energia. Por isso, a tristeza ou alegria de outro nos afeta. Se vamos para algum lugar depois da vida, ou se simplesmente desaparecemos, pouco deveria importar. O que deveria existir é o aqui e agora, com uma vida suficientemente justa para nós e para todos.
Somos uma essência ínfima num universo incompreensível, angustiados com o turbilhão de dúvidas e amedrontados com o amanhã, deixando de oferecer, às nossas próprias existências, um significado que poderia ser considerado digno e exemplar, por simplesmente nos amarmos mais.
Quando nos olharmos no espelho e sentirmos orgulho, não da imagem que vemos, mas da alma iluminada e escondida, saberemos a resposta de quem sou eu...
NAMASTÊ
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