Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Era uma vez, um povo que tinha abundância, mas não sabia ser grato.
Ao invés disso, só reclamava.
Reclamava que chovia demais, que era frio demais, que o calor era chato e que apesar de poder caminhar, reclamava do cansaço, das pernas e do tempo perdido. Não percebia que cada clima e tempo era importante para o alimento, o crescimento e desabrochar das plantas e para que a vida tivesse graça nas mudanças.
De repente, as coisas mudaram. Tudo começou a ficar sem equilíbrio, algumas árvores desapareceram, animais ficaram extintos e a saúde foi enfraquecendo. Mesmo assim, as reclamações continuaram. Aproveitar as oportunidades não era uma dádiva, mas uma chateação, muitas vezes uma obrigação.
Para se ter água era preciso esperar, para se ter luz era preciso ter consciência, para se ter alimento na mesa, tinham que depender do clima.
Continuaram a reclamar... queriam sempre mais...
Mais um carro,
Mais um sofá,
Mais um cobertor,
Mais uma mochila,
Mais bolsas, sapatos, joias e até mais uma casa.
E se não conseguiam, a culpa era de Deus que não estava olhando para a Terra.
Um dia, após perder grande parte da família para doenças, estresse, fome e surtos nervosos, alguém se deu conta de que ajoelhar e agradecer por ainda estar vivo seria o certo a fazer. Ajoelhou...e agradeceu. Neste momento, outra pessoa viu aquilo e se sentiu atraída pelo gesto. Fez o mesmo. E outra, e mais outra e mais outra.
Quando olharam ao redor, milhares tinham se ajoelhado e estavam agradecendo. Só se ouvia um murmúrio ressoando num belo obrigado. A energia foi tão intensa que as pessoas se deram conta do que estavam fazendo com a própria vida.
Passavam mais horas reclamando, do que olhando ao redor e arregaçando as mangas para trazer a felicidade em seus corações. De alguma forma, apesar de faltar chuva, sol, luz, água, alimento, elas entenderam que unidas conseguiriam a Força necessária para a sobrevivência.
A partir daí, ao acordar agradeciam pela chuva ou sol, desligavam o que não fosse de extrema necessidade, pararam de usar água por coisas que podiam aguardar, se alimentavam do necessário, sem jogar tanto alimento para o lixo e conseguiram algo inédito em suas vidas: ter esperança de deixar um mundo melhor para os que ainda não sabiam o que era agradecer. Iam ensinar isso, ao invés de entregar tudo de mãos beijadas. As mudanças foram aos poucos sendo conquistadas.
Percebeu-se que não se está sozinho e que colaborar é importante. De repente, o respeito pela vida, natureza e ambiente tomou proposições imensas. E este lugar tornou-se um exemplo para outros.
MORAL DA HISTORIA
Há um mundo bem melhor, todo feito pra vc, é um mundo que a ternura e a gratidão podem fazer. A utopia deste mundo está na mente dos preguiçosos, egoístas e inconsequentes.
NAMASTÊ
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