Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Fiquei muito feliz em saber que algumas pessoas ainda queriam receber meus textos. Sei que não ocupamos o coração de algumas, tanto quanto elas estejam no nosso. O por que disso envolve tantas coisas, que acabamos nos conformando ou deixando de lado, pois caso contrário vivemos em função de perguntas sem respostas.
Creio que temos ligações mais intensas com uns do que com outros, os admiramos e os queremos como amigos mais íntimos. E, se nos decepcionamos com estes, a dor é realmente um rasgo no coração. Os momentos que passamos juntos com as pessoas que amamos são sempre inesquecíveis. Estas lembranças nos fazem suspirar ou chorar, dependendo dos acontecimentos.
Se algo for ruim, logo aparece o sentimento de raiva ou desprezo. Queremos justificar culpando ou pior, nos culpando sem saber como voltar atrás. Relações são sempre delicadas. Temos que aprender limites e respeito e pisar em ovos muitas vezes, pois nem sempre entendemos o humor da pessoa.
O que complica é justamente a falta de equilíbrio. Ou damos muito e recebemos pouco, ou não estamos na mesma vibe para tanto apreço. Alguns compreendem e esperam, outros cobram e acabam complicando mais ainda as relações. Mas, até quando devemos esperar pelo retorno?
Se cada pessoa que se ofender ou for ignorada deixar de tentar manter a ligação, logo estaremos vivendo um mundo egoisticamente solitário e desumano. Porém, se apesar de tentativas vãs nada funcionar, melhor entender que o livro fechou, a história acabou e tentar dar o desfecho necessário e sadio para aquilo que já não acrescenta mais nada.
Parece que cada um encontra pessoas nesta vida a fim de ensinar algo, aprender, ajudar e ser ajudado. Podemos fazer isso com eficácia ou apenas nos sentindo obrigados. Neste último caso, não haverá aquela alegria interior que tanto nos impulsiona para ver a vida florir. Nada é por acaso e se temos oportunidade de criar laços, sejam eles curtos ou longos, fortes ou fracos, é bom desfrutar disso. Algo interessante e instrutivo sairá do processo, com certeza.
Infelizmente, nem sempre recebemos exatamente o que imaginamos, porque as pessoas não são iguais. Uns são mais secos, outros mais emotivos, uns não ligam para o que o outro possa estar sentindo e passando, outros até se intrometem demais. E somos bombardeados por diferentes atuações, tendo que lidar com nossos próprios sentimentos de exigir demais ou aceitar a extrema passividade.
Seguiremos tentando, mas também definindo quem vale a pena e quem precisamos descartar sutilmente de nossas vidas. Não é pecado algum deixar de seguir o mesmo caminho daqueles que um dia nos acompanharam. Acontece que histórias acabam e só precisamos que os personagens saibam que cada um poderá escrever um novo conto, agora com novos personagens.
NAMASTÊ
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