ATITUDES NA BALANÇA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

O mundo é tão grande e nossa visão dele é muito restrita. O que enxergamos é o que vivemos através de uma pequena faixa que engloba nossas vidas cotidianas e pessoas. Nem imaginamos o que acontece, por exemplo, a poucos quilômetros de nossas casas. Com isso, tudo fica proporcionalmente maior do que talvez seja, quando se trata de nós.

Se quisermos saber o que se passa pelo mundo, precisamos ler, viajar ou assistir documentários. E, ao fazer isto, notamos quantas pessoas fazem ou vêem coisas incríveis, ao mesmo tempo que nos deparamos com sofrimentos e dores de todo tipo. À direita na balança, esforços para salvar vidas humanas e da natureza, idéias geniais que possam trazer comodidade, facilidade e progresso e o altruísmo de muitos que se empenham para dar melhores condições de vida a tantos. Já à esquerda, o peso da ganância, do egoísmo e até do desespero roubam vidas, sem se importar com quem ou o que prejudicam.

A diferença cultural em cada canto do planeta também faz com que as atitudes sejam focadas em padrões arraizados nas mentes, acomodadas em apenas seguir em frente, sem se estimular num novo despertar. A Terra parece uma moeda de ouro, tamanho é o foco do objetivo maior: "ter"! Não o de ter atitude, disciplina ou vontade, mas o de abstrair ou destruir para conseguir mais e mais.

Porém, o que nos anima é saber que mesmo num raio pequeno, há pessoas que arregaçam as mangas e estão à direita da balança. E, com seus sonhos para realizar, ainda têm disponibilidade em fazer algo pelo bem comum. A informação é importante para nos darmos conta que o mundo vai além dos nossos muros, que pessoas agem, sofrem, são enganadas, mas acabam por encontrar forças misteriosas que as impulsionam para agir e fazer a diferença neste planeta.

Doenças estranhas fazem pais descobrirem possíveis curas ou amenizar dores, a fome e o descaso com a natureza unem ativistas e surpresas inesperadas modificam pessoas. Sempre haverá os dois lados da moeda e precisamos escolher onde queremos estar. Sabemos que o desespero e necessidades primárias fazem pessoas mudar de rumo e que alguns se beneficiam disto utilizando-os como escudo. 

Poderíamos falar sobre isso sem parar, mas a finalidade é despertar em cada pessoa sua essência divina, talvez ajudando a balança com maior peso à direita. Pode-se mudar o mundo se educarmos os filhos numa casa que valorize a consciência de sermos melhores e de buscar o conhecimento, se abrirmos os olhos ao invés de virar o rosto e se nos interessarmos por algo que podemos fazer e estiver ao nosso alcance. O que não podemos é ignorar tudo e dizer que estamos nos preservando. Porque como num tsunami, a onda poderá chegar bem onde estamos.

NAMASTÊ