Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
É difícil entender o sentimento de algumas pessoas e me pergunto se temos mesmo que entender ou simplesmente deletar. Muitas vezes erramos ao ultrapassar limites que para nós são apenas uma forma de ajudar, de querer bem ou até facilitar a vida dos outros. Precisamos realmente ter consciência de que nem sempre estamos agindo como vemos, porque é o outro que enxerga da forma como quer.
O problema está nas relações em diversos graus de consciência. Onde vejo borboletas, alguém vê mariposas. Onde enxergo bondade, alguém vê invasão. E ninguém está certo ou errado, pois dependendo do que se carrega no coração podemos ser incômodo ou libertação.
Fato é que o melhor mesmo é cuidar do próprio nariz e mesmo assim estar sujeito a ouvir que nós nunca estamos disponíveis quando precisam de nós. Cabe definirmos com o que queremos conviver, já que sempre terá alguém nos criticando ou abusando da nossa disponibilidade em ajudar. Impor limites às vezes é difícil, quando se trata de quem amamos. E já dizia Freud: " Estar apaixonado é estar mais próximo da insanidade, do que dá razão"!
E as marteladas que levamos vão lapidando a alma. Sim, merecemos isso e devemos ser gratos aos ferreiros que só conseguem ter paz quando sacrificam o ferro. Porque o ferro se moldará e terá a oportunidade de evoluir da ferrugem ou dos defeitos para uma bela peça. Mas, com todo suor a cair-lhe pela face, os ferreiros ainda serão ferreiros, a não ser que possam abrir-se e enxergar a si mesmos e o quanta aspereza, ferrugem e falta de brilho têm dentro de si. "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento."
Todos têm problemas, mas alguns enxergam com lente de aumento o que na verdade é algo fácil de resolver. E isto vai acumulando raiva e definhando relações. E ainda tem os que só tem compartimento dentro de si para guardar coisas que incomodam. Se irritam com tudo, irritando a vida de todos ao redor. E tornam a vida um quadro de reclamações e horrores. O que se faz de bom por eles, deletam. São pessoas que não aprenderam a beleza de ter quem se importe.
Então, mais uma vez Freud deixou algo para se pensar: " Há duas maneiras de ser feliz nesta vida: uma é fazer-se de idiota, a outra é sê-lo"! Cabe a nós escolher de que lado queremos ficar. Manter a sanidade tem sido um ato heróico. O importante mesmo é aprender a não ultrapassar o limite, nem das atitudes, nem das palavras. Isso talvez ajude a ter paz.
NAMASTÊ
Verdade 👏 👏 👏 👏
ResponderExcluirO difícil é até a gente tomar consciência não é?