Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Estou com medo dessa geração mais nova. Não medo delas, medo por elas. Elas estão sendo bombardeadas com coisas de gente grande, esquecendo de quem realmente são e o que devem fazer na vida para ter seu processo completo. Não brincam com seus brinquedos, nem inventam suas histórias. Só imitam o que vêem nas redes sociais. Imitam adultos e o pior é que tem gente que acha isso tudo incrivelmente bonito.
Se perguntarmos sobre as brincadeiras entre amigos, as respostas são jogos on line. Estão tão desligadas de sua essência infantil, que agem como donos de si mesmos, causando brigas com adultos e desrespeitando os mais velhos. Não há mais uma hierarquia de idade. Tudo influência do progresso cibernético que tirou o foco das relações interpessoais.
Como lidar com a infância e a rebeldia que essas almas têm? Sentem-se fora do mundo se decidirem externar desejos de crianças, brigando com sua própria identidade. Para serem aceitas, precisam seguir o fluxo da falta de maturidade, exibindo comportamentos ainda não aprendidos, mas que as colocam em evidência. Pobres crianças! Mal sabem elas o que estão perdendo por não terem sua infância vivida.
Meninas que nem são adolescentes, se maquiam e andam com roupas estereotipadas. Meninos são estimulados a brigar e responder, seja lá quem os contrariar. Tudo isso está causando uma confusão no coração delas, pois querem ser amadas e aceitas por pais e amigos. Então, buscam a proteção através da própria revolta. Quando não conseguem, acabam se jogando num sub-mundo de perigos e falsários. Tudo isso está num descontrole de uma sociedade que esqueceu de olhar realmente para dentro da família, achando que tudo está sob controle quando o silêncio parece não dizer nada, mas é o grito não ouvido.
Crianças precisam ser crianças! Elas alegram o.mundo, são seres especiais, que fazem a energia de qualquer lugar melhor. Nossos olhos precisam vê-las, nossa intuição precisa estar atenta às suas atitudes, nossos ouvidos precisam ouvi-las. Elas existem num mundo louco, cheio de agitação, de perigos e de gente irracional e não sabem como lidar com isso. E o primeiro que parar para ouvi-las, para estender a mão, será a pessoa que elas darão ouvidos e atenção, pois querem fazer parte do mundo e se sentir amadas.
Então, se ama suas crianças, crie uma estrutura familiar com disciplina, atenção e tempo. Este último da maior importância. Nunca se perde tempo com um filho ou com uma criança, pois pode não parecer, mas cada palavra de conselho e amor, cada atitude de orientação sempre estará guardada em suas mentes. Esse acesso elas terão quando precisarem agir no mundo.
NAMASTÊ
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