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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

ROMPIMENTOS INESPERADOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Em algum momento, por mais breve que ele seja, podemos perder o vínculo. O vínculo que nos fazia tão próximos, que jamais pensaríamos que algo pudesse afetar. E é nessa hora que começamos a perceber o quão sensível são as relações, porque elas são feitas de sentimentos primitivos, que ainda não chegaram ao patamar da perfeição. Elas se equilibram em balanças que necessitam ser calibradas constantemente. Caso contrário, um dos lados acabará desgastado ou cansado.

E dói muito a perda destes laços,  principalmente quando apostamos intensamente na relação, criando expectativas que murcham com um ínfimo detalhe num dia qualquer. De repente, não se sabe por que,  um dos lados ultrapassa o limite e acabamos estilhaçando o vidro que protegia a relação. Um dos corações foi ferido e sucumbe apático, confuso e surpreso.

Subitamente, desconhecemos a pessoa. A mente transborda agitada em sugerir-nos respostas. Não é apenas uma discussão ou idéia contrária. É algo profundo, quase sem sentido, mas que abala toda a estrutura criada em um tempo considerável. Não há mais confiança, nem compreensão! É como se espinhos florescessem entre ambos, tolhendo o carinho e a vontade de dar vida a tudo aquilo. A balança não equilibra mais. Poderá haver tentativas e até se pensar numa restauração, mas não se sabe ao certo como essa energia se desintegrou, agora sem conserto.

Convive-se, porém sem o frescor da amizade, o brilho dos olhos e a pureza da fé. Levamos adiante talvez por necessidade, obrigação ou esperança. Mas agora, já ferido, o coração fica mais suscetível a julgamentos, entregando-se quase à desforra. E vamos sentindo aumentar distâncias e afrouxar o cordão que unia vidas, amores ou amizades.

Tudo pela insensibilidade de um dos lados, que talvez tenha cansado ou não observado melhor a fragilidade momentânea do outro. Culpa de quem não se sabe, já que todos somos, de certa forma, despidos de bom senso quando nos acostumamos demais com o cotidiano dos relacionamentos, desligando a chave que um dia deu a partida para esta aventura. Tarde demais! Será difícil reavivar a história quando há mudança no pensamento e comportamento. Precisamos seguir em frente, ligados ou não nessa história. Se houver sinceridade e coragem para ouvir e escutar, com paciência e compreensão, talvez haja conserto. Porém,  se pensarmos profundamente, quando algo é tirado do lugar onde sempre esteve, será dificil encaixá-lo perfeitamente sem que alguma rusga não identifique de onde saiu.

NAMASTÊ 

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