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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

CORAÇÃO DESILUDIDO

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



O que faz parte da vida, afinal?
Conversar, ouvir, entender...
Participar da história, ser o alvo ou simplesmente um personagem. Tudo é tão complicado! Não deveria, mas é.
Em um certo momento da vida somos e fazemos um papel. Depois, a página é virada e temos que reescrever a história para continuarmos acreditando que ainda temos utilidade.
Nos enganamos, aceitamos, fingimos. Nos tornamos a platéia de nossas próprias vidas. Ao olharmos a cena, podemos aplaudir, dirigir melhor ou nos retirar e fechar as cortinas.
Durante a vida, nossos papéis mudam. Nos tornamos ora protagonistas, ora coadjuvantes. E a importância que nos dão, depende do que está representando, do quanto os holofotes se viram para você.  Caso contrário, não somos mais necessários,  perdemos a graça e a peça não dá mais lucro.
Mesmo colecionando papéis, nosso currículo não serve para nada, pois as pessoas julgam como querem, criando idéias e recursos que acreditam serem corretas sobre a vida de alguém.  É perigoso dizer verdades, pois estamos acostumados com afagos no ego e lambidas na alma. Ser verdadeiro está cada dia mais complicado. Por isso, as relações tornam-se cada vez mais tóxicas, mentirosas e interesseiras.
Este é nosso mundo! Prontos a chutarmos pessoas, porque precisamos de um papel para acreditar em nós mesmos. Estamos nos tornando experts em dramas e suspense, deixando o romantismo cair por terra.
O que não se enxerga ou talvez não se tenha interesse em enxergar é que as almas estão sofrendo caladas, sorrindo apenas em alguma oportunidade que a vida lhes dê. Isso significa a desilusão para qualquer coração.

NAMASTÊ 

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