Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Diversas são as maneiras que temos para agradar outras pessoas, manipular ou encutir no coração delas dúvidas. Quando queremos, sabemos muito bem usar o lado negro do nosso caráter, prejudicando relações e nos fazendo passar por compreensíveis, amorosos e amigos.
É difícil ficar sem dar uma opinião quando alguém vem nos contar um problema com outra pessoa. É neste momento que seremos maduros ou fofoqueiros. A pessoa madura, normalmente ouve, sem dizer muito, apenas orientando ou trazendo questões para o queixoso pensar e responder. O fofoqueiro adora ver "o circo pegar fogo" e alimenta a raiva, a mágoa e faz o outro se sentir ainda pior.
Quanto veneno temos no coração pronto a ser destilado? Saber distinguir quem realmente quer nosso bem, de quem apenas quer ganhar pontos é muito importante para a verdadeira amizade ou relação, seja ela familiar ou amorosa. Nossos pensamentos são muito rápidos quando queremos acusar ou desmoralizar. E, sem saber o que levou alguém a dizer ou fazer algo, ajudamos a minar ainda mais os relacionamentos.
Quem nos conta algo, quer apoio e adora quando concordamos e entramos na mesma energia, até porque está desequilibrado e há uma raiva para ser trabalhada. Seu erro é se manter nisso e ainda querer apoio. Algumas pessoas entram, parecendo compreensivas, mas podem levar nossos segredos adiante, com o intuito de serem o centro das atenções e se sentirem na posição de confidentes sabendo tudo sobre todos. Eis a diferença entre o verdadeiro amigo e o interesseiro.
Às vezes achamos graça ao envenenar, rimos de nossa própria maldade e até brincamos que devemos limpar o veneno escorrendo no canto da boca. O problema está na energia e nas palavras que viajam atingindo o ausente, sem direito à defesa.
Quanto de nós sente-se satisfeito com tal atitude? Ou o sentimento de instruir, construir e acalmar seria mais evoluído e ajudaria na violência do mundo?
O que uma pessoa nos conta pode não ser toda a verdade, nem exatamente o que esteja acontecendo. Então o melhor é se manter neutro, se o problema não é conosco, a não ser que seja tão intenso que precise de ajuda profissional. No que diz respeito à comentários desnecessários, precisamos aprender a nos calar. Se não for para ajudar a esclarecer, que seja para não acalorar a situação.
Para hoje, observe o quanto seus comentários podem ser mais construtivos e ajudar o próximo e até a si mesmo nas suas confusões. Sua posição será elevada de futriqueira para empática, equilibrada e comedida nos seus julgamentos. Comece pelo seu próprio pensamento, observando o veneno em sua alma, alimentando em você o lado negro, pois também somos cruéis conosco. Sejamos leves. Ajudar pode não ser bem o que você faz para justificar atos e palavras.
NAMASTÊ
Legal, Josiane. Importante lembrar que nem sempre nos damos conta de que nossas palavras e ações (ou até pensamentos) são venenosos para os outros e (se assim for para nós também). Por vezes nos sentimos verdadeiros santos(as) ao falar, fazer (pensar) coisas bem ruins. Criamos narrativas para justificar ou distorcer a realidade. Nós, humanos, somos experts em autoengano e também em enganar os outros, de fato os melhores de todas as espécies. Natural, nada de errado, rsrs. Mas, fica a dica, quando nos sentimos com muita certeza de que estamos certos, ou quando nos sentimos muito injustiçados / magoados, possivelmente estamos ocultando de nós nossas verdadeiras intenções, usualmente bem egoísticas e insensíveis ao contexto social (quem está mais próximo de nós)!
ResponderExcluirExcelente colocação meu amigo. Continue a participar com suas idéias e opiniões. As vezes nos ajudam a compreender outras posições também. NAMASTÊ
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