Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Morrer...
A morte pode ter muitos significados. E um deles é deixar pelo caminho algumas coisas, sejam elas sentimentos, pessoas ou o corpo físico.
Simbolizada por um ser escuro segurando um cajado, ela amedronta. Mas não deveria ser assim. Talvez haja egoísmo de nossa parte em querer existir para sempre. Como seria, então? Teríamos a capacidade de nos sustentar, de termos lugar na sociedade e realmente viver, ou seríamos um fardo aos que estão povoando a nova Terra? Certamente ninguém pensa na super população do planeta, no alimento, nas profissões.
O medo tem a ver com a dúvida sobre o mistério e mais uma vez, nosso ego grita para que não desistamos de nós como seres viventes. O que terá depois do nosso silêncio? Iremos existir em outro lugar, outra dimensão ou tudo isso que vivemos, passamos, será lenda? Parece que nossa energia apenas se transforma. Me imagino cortando o ar e delineando montanhas.
Mas podemos morrer também de outras formas ainda em vida. E renascer com outras pessoas, empregos e sentimentos. Nossas vidas são momentos de luto e renascimentos. Nestas horas precisamos nos respeitar e aos outros. Deixar que a energia acumulada de tensões, cargas, seja literalmente afastada da alma. E precisamos encontrar um caminho de renovação para continuar a missão de vida.
Muitos se deixam asfixiar por males, lugares e situações sufocantes , sem perceber que estão aos poucos ingerindo venenos, intoxicando-se com raiva, amargura, tristezas e outros sentimentos. Aos poucos, estamos nos matando.
Precisamos nos dar conta disso tudo para consertarmos tal situação, entrando para uma nova gestação, onde o tempo irá nos parir, renascendo a força novamente em nós. Muitos de nós se entregam a tal ponto à tristeza e frustração que antecipam seu silêncio eterno.
Falar de morte pode parecer fúnebre demais, mas é necessário. O amanhã pode não existir para alguns. Então, apenas vamos nos esforçar para nos dar gentilezas, amor e paz. E cada vez que precisarmos, voltemos ao útero da mãe terra e façamos o silêncio para ouvir nossos corações tocando a música, cujo batuque é o símbolo da vida.
NAMASTÊ
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