PERCEBENDO AS PESSOAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Cuidado com decisões impetuosas e drásticas tomadas pelas emoções momentâneas. Normalmente, quando sofremos com algo vindo inesperadamente de pessoas que consideramos, ou quando queremos nos libertar de algo que vivemos sem sentir amor e compreensão, a tendência é buscarmos a libertação imediata, com soluções que possam mudar a vida radicalmente.

O erro não está em abandonar o que nos afeta, mas desistir totalmente das pessoas que amamos. Para nos sentirmos livres, deixamos para trás o que nos incomodava, talvez sem analisar também nossos próprios erros. Nos sentir "donos de si" é uma cura temporária, da qual podemos nos arrepender. A impetuosidade nos faz agir sem pensar e sem pesar todo tipo de consequência.

Com isso, abrimos novos capítulos e a esperança óbvia é de que acertaremos. Mas nem sempre isso acontece. É claro que precisamos tomar providências e sair do que já não faz mais parte de nós, buscando dias felizes e proteger mente e coração. Precisamos mesmo caminhar em busca da felicidade. Porém, algumas vezes vemos felicidade fantasiada de liberdade. Mas por dentro ainda não nos libertamos. Só haverá esse real sentimento, quando deixarmos sair de dentro de nós raivas, mágoas e o desejo de uma certa vingança.

Nem sempre o que imaginamos é a realidade, principalmente se não podemos fazer parte do contexto no dia a dia. Qualquer lugar é melhor do que o que nos sufoca. Mas, e se o lugar que escolhemos também nos sufocar ou se percebermos que o melhor seria resolver o que tínhamos? E como resolver? Com conversas e mudanças, tanto de um lado como de outro. Para isso tem que haver sabedoria e responsabilidade. Se algo não estava bom e a energia não fluía, é porque ambos os lados deixaram de perceber. E perceber é encantador, estimulante e satisfatório para relações sadias.

Perceba atitudes, o silêncio, as palavras, os cuidados com o corpo. Muito do que está em desequilíbrio se manifesta nestas coisas. E, quando a percepção floresce, temos tempo e ferramentas para salvar vidas. Portanto, prestemos mais atenção nas pessoas do que nas redes sociais. Tem muita gente pedindo socorro sem que mexa um único dedo ou fale uma única palavra. A solução, muitas vezes, não está nas mudanças externas, mas sim nas internas.

NAMASTÊ