Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Chorar...
Um mistério da alma!
Chorar sozinho é se curar. Curar a tristeza, a dor, a ansiedade.
Chorar para alguém é expor a aflição, buscar um consolo, uma atenção.
Chorar para um grupo é desaguar o que não conseguimos conter, desde a raiva, até o desespero.
Que interessante esse processo incrível do corpo, entregando ao universo através da água, o que não podemos mais suportar.
Cada lágrima leva consigo uma história, tanto de alegria, quanto de sofrimento. Ela cai e a terra absorve. Talvez surja dela uma plantinha.
Mas elas podem ser guardadas em travesseiros, lenços e até nos aventais. E contarão histórias até que sejam levadas pelo tempo.
Fato é que são mágicas, pois aliviam o peito, podendo salvar vidas.
Quando sufocadas, asfixiam, desorientam e atordoam a mente e o coração. Melhor chorar e simplesmente limpar o que tá doendo ou confundindo o pensamento.
O choro pode ser silencioso, tímido, insinuando certa solitude.
Pode ser escandaloso pedindo socorro e abraços de aconchego.
Nas lágrimas se escondem o que não podemos contar e sentimentos conflitantes.
Tudo deságua, mas a vida vai renovando a água da represa interna. E, dependendo do que vêm pela frente, pode ter mais ou menos informações, emoções e abundância.
O mais triste das lágrimas é quando as compartilhamos com pessoas sensíveis demais para suportá-las ou entendê-las e, egoisticamente, não sabem recebê-las, respeitá-las ou compreendê-las.
O respeito pelas lágrimas de qualquer pessoa é uma virtude. Principalmente, as que sabemos que vêm da alma genuinamente.
Deixemos as lágrimas rolarem! Não imponha que alguém as segure, porque o que se passa naquele espírito precisa ser eliminado como as comportas de uma usina pronta a transbordar. Caso contrário, seremos responsáveis pelos rompimentos dessas comportas e as consequências, muitas vezes, assustadoras.
Assim como após a chuva e o sol volta a brilhar, sempre existe um sorriso depois das lágrimas, nem que seja fraco ou forçado. É tão fácil ser amável e empático. Busquemos amar, acolhendo as lágrimas de alguém.
NAMASTÊ
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