RETROSPECTIVA DA ALMA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Nesta época é comum ouvir comentários sobre o ano que está indo embora. Cada um de nós passou por sentimentos, ou já conhecidos, ou que ainda não havíamos experimentado. A finalidade é observarmos bem nossos erros e acertos e tentar não repetir os que nos deixaram estacionar como espíritos que buscam a ascensão.

Ninguém está livre de se surpreender com atitudes, palavras e situações inesperadas, vindas desde pessoas estranhas, até daqueles que amamos. O que importa é como resolvemos, o que dizemos e as mudanças que temos.

Acontece que nem tudo é tão fácil quanto gostaríamos ou pensamos. Quando as mudanças sobre nosso comportamento vêm, normalmente afetamos e incomodamos pessoas. Principalmente aquelas que têm muitos rancores a resolver. Elas projetam suas desconfianças, sua raiva por sentir que o mundo consegue fluir, mas elas não e acabamos no foco de suas flechadas amargas. Alguns saboreiam o sofrimento de outros, se nutrem do desequilíbrio para poderem ter paz de espírito. 

É triste perceber que o mundo não progride em igualdade, mas o livre arbítrio deve ser respeitado. Cada um desperta segundo sua vontade e querer. Podemos aconselhar, orientar ou mostrar um caminho mais consciente (se é que o que é certo para nós, é certo para os outros), mas não podemos viver a vida de ninguém. Queremos proteger os que amamos abrindo o guarda-chuva na tempestade, mas se quiserem sair na borrasca e enfrentar ventos e granizos, difícil será convencê-los, se a teimosia for companheira. Eles mesmos precisarão experimentar a dor, o frio e o medo para concluírem algo sobre suas atitudes na vida.

O mundo sempre foi assim. E dores são mais fortes em pessoas sensíveis e amorosas. Corações de pedra parecem não sofrer tanto. Parecem! Mas esses corações só não demonstram seus sentimentos, porém como são endurecidos, fica mais difícil dissolver na energia do amor suas raivas, invejas e maldades. E concretam coisas ruins com as quais terão que lidar com mais dificuldade.

Enfim, com a introspeção natural da época,  onde analisamos se o ano poderia ter sido mais fácil, com menos violência e mais amoroso, nos damos conta de que não perdemos tempo em tentar evoluir, ou apenas existimos estacionados em orgulhos e desrespeitos com as vidas ao redor e nossa própria vida. E, se houver oportunidade de ainda vivermos mais um ano, precisamos buscar o que seria um verdadeiro despertar de consciência, sabendo que mesmo assim enfrentaremos os lobos famintos pelo desequilíbrio da energia. Nessa hora, a melhor companhia é Deus!

NAMASTÊ