Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
O tempo todo ouvimos e vemos o horror que causa uma guerra. Violência física e emocional, destruição de uma vida de luta, de sonhos, de famílias. Separação de amigos, do trabalho, da rotina, antes considerada chata.
O ser humano é um bicho irritante! Inventa regras para tudo, se coloca em passeatas para defender ideais e inicia atirando a primeira pedra. Basta estar propenso a defender seu orgulho, seu ego, suas verdades. Daí, as regras criadas vão por água abaixo, rapidinho.
O problema é que a guerra não se inicia somentre entre países, mas já dentro de casa. E o exemplo embarca navegando nas ruas, escolas, bares e em todos os lugares onde alguém resolva impor o que acha que é certo, ou seja, sua própria verdade.
Somos feitos de material inflamável. Se alguém riscar um fósforo próximo de um humor já apodrecido, tudo explode, detonando relacionamentos, amizades e esperanças. O que sobra são as coisas desarrumadas, o incerto, a desconfiança e o medo. A tarefa de ajeitar tudo no lugar é árdua e complicada. Pode ser feito, mas nada será igual.
Como julgar os que explodem bombas, se nós as jogamos justamente nos que amamos? Destroçamos corações! Mas, porque não sai nas mídias, estaremos certos? Mísseis arrebentam casas e paredes, como palavras vão minando o psicológico dos pais, filhos, amigos ou qualquer um que pegamos para jogar nossa incapacidade de conversar, compreender e amar, resolvendo através de entendimento e abrindo espaço para nos sujeitarmos à imperfeição.
Os feridos olham ao redor e vêem a destruição em qualquer tipo de guerra. A diferença dos algozes está na intensidade da ambição, do orgulho e da maldade. A guerra nos lares, escolas e até nas empresas é silenciosa, fantasmagórica. Inicia com uma bala de festim até terminar em castigos, extorsões ou até morte. Muitos desistem da vida, pois não aguentam o peso da falta de amor e injustiças.
Guerreamos o tempo todo. Atiramos flechadas, pedradas, mexemos com o psicológico de alguém, matamos o amor, a vida e a integridade dos que respiram na Terra. Enquanto houver esta falta de brilho, não sei se podemos falar em evolução. Nossas entranhas estão marcadas com a violência e a falta de respeito com o limite de cada um.
Portanto, desde que façamos o possível e impossível para nos contentarmos com o que nos é de direito, sem querer atropelar ninguém, abrirmos mão de exageros, de maldades e atrocidades, não seremos mais do que almas umbralísticas. Precisamos libertar pessoas, animais e plantas do cárcere para conviverem e viverem em uníssono, ensinando amor. Educar sim, abrir os olhos, mostrar atitudes, delinear limites e ser exemplos. Caso contrário, de nada adianta levantar bandeiras se não sabe refletir seus próprios parâmetros.
NAMASTÊ
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