Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
O que faz parte da vida, afinal?
Conversar, ouvir, entender...
Participar da história, ser o alvo ou simplesmente um personagem. Tudo é tão complicado! Não deveria, mas é.
Em um certo momento da vida somos e fazemos um papel. Depois, a página é virada e temos que reescrever a história para continuarmos acreditando que ainda temos utilidade.
Nos enganamos, aceitamos, fingimos. Nos tornamos a platéia de nossas próprias vidas. Ao olharmos a cena, podemos aplaudir, dirigir melhor ou nos retirar e fechar as cortinas.
Durante a vida, nossos papéis mudam. Nos tornamos ora protagonistas, ora coadjuvantes. E a importância que nos dão, depende do que está representando, do quanto os holofotes se viram para você. Caso contrário, não somos mais necessários, perdemos a graça e a peça não dá mais lucro.
Mesmo colecionando papéis, nosso currículo não serve para nada, pois as pessoas julgam como querem, criando idéias e recursos que acreditam serem corretas sobre a vida de alguém. É perigoso dizer verdades, pois estamos acostumados com afagos no ego e lambidas na alma. Ser verdadeiro está cada dia mais complicado. Por isso, as relações tornam-se cada vez mais tóxicas, mentirosas e interesseiras.
Este é nosso mundo! Prontos a chutarmos pessoas, porque precisamos de um papel para acreditar em nós mesmos. Estamos nos tornando experts em dramas e suspense, deixando o romantismo cair por terra.
O que não se enxerga ou talvez não se tenha interesse em enxergar é que as almas estão sofrendo caladas, sorrindo apenas em alguma oportunidade que a vida lhes dê. Isso significa a desilusão para qualquer coração.
NAMASTÊ