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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 15 de março de 2021

DE QUEM É A CULPA?

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Resolvi escrever este texto, porque estou realmente cansada de ver as pessoas, nas redes sociais, culpando uns aos outros sobre tudo que está acontecendo, sem que simplesmente façam sua parte, que é a de não matar pessoas com sua irresponsabilidade social. Sim, matar! Já que carregamos para lá e para cá o maldito vírus. E, quem está no nosso caminho, nem pode se defender. A culpa cabe a cada um de nós, que só pensamos em nós,  durante longos anos...




O amor...
Ah, o amor...!
Esquecido pelo medo, pela mente poluída, pela falta de contato.

A lua...
Ah, o luar...!
Já não acolhe mais fogueiras e rituais. Agora só ilumina os quartos solitários.

O sol...
Ah, o sol...!
Cada vez mais quente, está deixando de ajudar na recuperação vitamínica. Nos escondemos dele, não sendo possível darmos os passeios de costume.

A palavra...
Ah, a palavra...!
De repente é sempre a mesma. Onde estão as que divertem, fazem rir e nos enchem de ânimo?

Os amigos...
Ah, os amigos...!
Ficaram tão distantes, não tem mais reuniões,  visitas, bate-papos olho a olho.

O toque...
Ah, o toque...!
Antes tão costumeiro, era mecânico. Agora as mãos,  o beijo, o abraço, o aconchego está cada vez mais raro. Quanto custará no futuro? Daremos a ele o justo valor?

A solidão...
Ah, a solidão...!
Aquela que buscamos para ter paz, ter sossego, livrar-nos do barulho, das tensões, agora nos acompanha, mesmo que tentemos deixá-la trancada. Virou uma etiqueta dentro do coração.

O homem, esse animal superior, agora é o único que vive enclausurado, sem poder correr pela mata, ou andar pelos caminhos que desenhou. Seria escárnio do destino , já que sempre preservamos a natureza, nos comportamos decentemente e amamos sobremaneira? Ou seria apenas obra das escolhas erradas?

Sinto culpa ao olhar para as gerações futuras. Demos a elas esperanças e puxamos o tapete sendo irresponsáveis. Só quero acordar novamente podendo amar intensamente, sentir a lua e o sol, tocar quem quero bem, falar sobre a vida e deixar a solidão descansar. E saber que, quando eu partir, a Terra estará entregue em mãos de anjos, com corações firmes e mentes iluminadas.Devemos isto aos netos, filhos e todos que estão chegando ...

NAMASTÊ 

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