Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Apesar de querermos estar no controle das nossas vidas, do coração e da mente, nem sempre isso é possível. Momentos há que nos perdemos completamente. É como se estivéssemos viajando num trem e, de repente, ele descarrilasse, fazendo com que voássemos para fora do banco e não conseguíssemos nos segurar.
O problema são as dores que ficam, os hematomas causados pelas pancadas. Apesar de sobrevivermos, tudo dói. Até fazermos algo para a cura, ficamos doentes no coração e na mente.
Essa dor vem do arrependimento e decepção por termos perdido o rumo ou saído dos trilhos, literalmente. Até que façamos algo sensato e bom para esta cura, vamos criando marcas profundas, difíceis de esquecer ou nos livrar. Pior ainda quando ferimos alguém, que talvez nem merecesse isso, mas estava no caminho na hora errada.
Muitas vezes, dizemos palavras duras demais para um coração suportar, agimos impulsivamente, sem perceber os danos emocionais que podemos causar e depois nos sentimos péssimos, sem chão e sem saber como ajeitar as coisas.
O melhor seria sempre manter a mente sã e o coração amoroso. Mas a nossa perfeição está difícil de ser alcançada, que dirá a do outro, que não podemos ter controle. Para não sofrermos e não fazermos sofrer, devemos sempre respirar na hora da vontade de gritar. Talvez abrir os braços, fechar os olhos e pedir pela intercessão divina. Devemos relaxar, sair de perto, ficar no silêncio para podermos colocar as idéias em ordem.
Porque a dor que vem depois é esmagadora. Nossos pensamentos são algozes de culpa e decepção. E para curar este coração vamos precisar do perdão, tanto para nós, quanto de quem magoamos. Precisamos livrar este órgão do amor das feridas, o máximo que conseguirmos, para que volte a funcionar na luz e na paz.
Devemos falar com quem magoamos, pedir desculpas, sem que se inicie um jogo de verdades e ataques novamente. Apenas curemos o que nos incomoda, através do "sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato".
Elevemos nossas mentes para a auto-cura, libertemo-nos do mal que nos persegue e procuremos colocar um cinto de segurança espiritual para não cairmos do banco, caso o trem saia novamente dos trilhos. Tudo isso é obra para quem tem fé, busca equilíbrio e sabe reconhecer que o amor cura. Porque quando um coração sangra, a alma não tem paz. E todos queremos uma vida leve...
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.